Há alguns meses, uma amiga, que está no segundo ano do ensino médio, perdeu de forma trágica um de seus melhores amigos. Ela contou parte de seu processo de luto no Instagram, publicando colagens de fotos, poemas que escreveu e até mesmo cantou a música predileta do amigo, no seu relato no Instagram. Durante esse processo, uma das coisas que ela sempre repetia era que nunca deixaria de sentir pesar pelo que aconteceu. O tempo passaria, a dor diminuiria, mas sempre estaria ali.
Embora eu compreendesse esse sentimento, algo dentro de mim se rebelou com a ideia de que a dor do luto tem de ser eterna. Tinha de haver algo melhor do que isso e senti que o encontrei no Sermão do Monte, de Jesus, na Bíblia. Dentre as oito “bênçãos”, conhecidas como Bem-aventuranças, Jesus incluiu a promessa: "Bem-aventurados os que choram porque serão consolados" (Mateus 5:4).
Se você leu essa bem-aventurança durante toda sua vida, como eu, talvez ela não chame muito sua atenção. Eu não a havia notado antes. Mas quando a li dessa vez, pensando na dor da minha amiga e nas vezes em que eu mesma lutei com uma tristeza profunda, fiquei sensibilizada com a promessa maravilhosa que é. Essa bem-aventurança não diz: “Bem-aventurados os que choram, pois eles acabarão superando grande parte de seu luto.” Essa bem-aventurança faz uma conexão direta entre o choro e o conforto. Ela diz que o resultado do choro é o conforto.
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