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Original para a Internet

Uma forma de superar a tristeza

Da edição de novembro de 2017 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 11 de setembro de 2017.


Quando perdemos um ente querido, superar a dor pode ser um desafio muito grande. No entanto, muitas pessoas constataram que, graças aos ensinamentos da Ciência Cristã, o pesar pode ser total e completamente curado, quer isso exija persistência na oração ou aconteça de uma forma muito rápida. Tive várias experiências que me ensinaram essa lição.

Há muitos anos, perdi uma grande amiga, e tive uma enorme necessidade de sentir a ternura amorosa de Deus. Passei várias noites em uma biblioteca pública lendo livros que descreviam o que podia acontecer com as pessoas depois que faleciam. Saí insatisfeita com essa leitura. Tudo parecia misterioso e confuso.

Foi então que uma amiga da igreja sugeriu que eu estudasse referências na Bíblia e nos escritos de Mary Baker Eddy, que incluíssem a palavra vida, e ponderasse o que esses escritos poderiam nos ensinar sobre a vida e a existência. Fiz a pesquisa e, especificamente, esforcei-me para compreender melhor o que é a divina Vida, o que é Deus. Além disso, li artigos e testemunhos nos periódicos da Ciência Cristã sobre a superação do pesar, os quais foram também uma grande ajuda.

Por meio desse estudo, comecei a perceber que eu podia mentalmente ver minha amiga envolvida no amor imparcial de Deus, ao invés de limitar, com sentimentos de dor e pesar, meus próprios pensamentos a respeito dela. Eu precisava compreender que minha amiga era uma ideia espiritual de Deus eternamente amada, para sempre viva na Vida. Mesmo agora, neste exato momento, ela existe, nosso Pai-Mãe Deus e ela sendo um só. 

Sempre que sentimentos de separação ou de solidão me vinham à mente, eu orava para vencê-los, afirmando a verdade absoluta de que ninguém pode jamais estar separado de Deus, porque cada um de nós é a reflexão, o reflexo de Deus.

Um dia, li a seguinte promessa de Cristo Jesus: “Não vos deixarei órfãos” (João 14:18), que também quer dizer desconsolados, desamparados. Passei algum tempo ponderando esse versículo e compreendi que Deus, nosso Pai-Mãe, não nos deixa privados de esposa, marido, mãe, pai ou amigos. O bem expresso nesses relacionamentos indica o amor que Deus tem por nós como Seus filhos, um amor que nos é dado constantemente aqui ou onde quer que estejamos, agora e eternamente, e que sempre encontra novas formas de expressão em nossa vida, à medida que as circunstâncias mudam.  

Essa nova maneira de ver a bondade de Deus tirou-me do desconsolo e do pesar, ou para usar a expressão bíblica, levantou dos meus olhos o pano de saco da tristeza. A partir daquele momento, meus dias foram preenchidos por uma compreensão ampliada da minha relação com Deus e do amor de Deus por mim e por todos. Gradualmente, a cura do pesar foi aparecendo.

Entretanto, mais recentemente, eu saí do escritório para almoçar, quando recebi um e-mail de uma amiga, informando que uma grande amiga nossa havia falecido. Caí em prantos, vencida por um profundo pesar. Logo, decidi ligar para o marido da amiga que falecera.

Deus, nosso Pai-Mãe, não nos deixa privados de esposa, marido, mãe, pai ou amigos.

Ele atendeu ao telefone, e quando eu estava prestes a oferecer minhas condolências, ele disse: “Minha esposa está muito bem hoje”. Em seguida, ele passou o telefone para ela e começamos a conversar! Nunca me esquecerei de como fiquei chocada e emocionada ao ouvir sua voz!

Logo fiquei sabendo que a amiga que me enviara o e-mail inicial havia confundido o sobrenome da pessoa que falecera e involuntariamente me havia mandaado uma informação errada. Quando eu soube que minha amiga estava viva, todo o pesar que havia sentido simplesmente se desvaneceu. Dei-me conta de que meu pesar fora o resultado direto de um mal-entendido e, portanto, a tristeza havia sido desnecessária.

Para mim, isso comprovou a verdade de uma passagem em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras em que Mary Baker Eddy explica como “Uma mensagem errada, que por engano anuncia a morte de um amigo, causa o mesmo pesar que a morte real do amigo causaria". Ela conclui: “Se, enquanto estavas sofrendo sob a influência da crença em pesar, um Cientista Cristão te tivesse dito: ‘Tua tristeza não tem razão de ser’, não o terias compreendido, embora o acerto dessa afirmação pudesse ser provado depois. Assim, quando nossos amigos desaparecem de nossa vista e nós nos lamentamos, essa tristeza é desnecessária e sem razão de ser. Perceberemos que isso é verdade, quando crescermos na nossa compreensão da Vida e soubermos que a morte não existe” (pp. 386–387). 

Logo depois de receber a falsa informação sobre o falecimento da minha amiga, fiquei sabendo que outros amigos queridos, pessoas que, durante muitos anos, tinham sido parte importante em minha vida, haviam de fato falecido. No entanto, dessa vez não fiquei com dor ou pesar, porque eu havia crescido espiritualmente e aprendido lições sobre a irrealidade da morte e a inutilidade do sofrimento. Havia aprendido que, se pudermos claramente compreender que aqueles que faleceram ainda continuam a desenvolver sua salvação com Deus, então, não há nenhuma razão para o sofrimento, muito embora não possamos nos comunicar com eles. 

Além disso, como a Sra. Eddy nos assegura em Miscellaneous Writings 1883–1896 [Escritos Diversos], podemos saber que nos encontraremos de novo com nossos entes queridos já falecidos. Ela escreve: “Quando tivermos passado pela provação chamada morte, e tivermos destruído esse derradeiro inimigo, e tivermos atingido o mesmo plano de existência consciente daqueles que se foram antes, então seremos capazes de comunicar-nos com eles e de reconhecê-los” (p. 42). [NT: a tradução desse trecho já consta dos arquivos do Arauto]. 

Estamos nos preparando para esse feliz reencontro? Essa preparação não tem nada a ver com esperar. Simplesmente significa crescer em compreensão espiritual agora. Essa pode ser uma ocasião para crescer e viver a compreensão da nossa própria natureza espiritual verdadeira, como também a de todos os demais, natureza essa eternamente intocada pela morte. À medida que oramos com afinco para nos embebermos da consciência da Vida divina todos os dias, podemos discernir cada vez mais claramente a inseparabilidade do homem com Deus. E não estamos trabalhando sozinhos nesse esforço. Deus nos envia Suas mensagens angelicais, ao mesmo tempo em que Ele continua a fazer o mesmo para os nossos entes queridos, onde quer que eles estejam. Nossa comunhão espiritual com Deus nos capacita a perceber essas mensagens angelicais e a sermos confortados e consolados, como também curados do pesar, exatamente agora.

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 11 de setembro de 2017.

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