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Redigir e editar: o Cristo guia

Da edição de junho de 2017 dO Arauto da Ciência Cristã

Tradução do original em inglês publicado na edição de março de 2017 do The Christian Science Journal.


O mundo está repleto de revistas impressas e on-line, desde títulos veneráveis que vêm sendo publicados há bem mais de cem anos, novas startups dinâmicas que têm suas bases na Internet, até publicações que impõem as chamadas notícias falsas ao público via mídia social. Mas há um grupo de revistas estabelecidas há muito tempo, que inclui esta revista, que têm um papel único entre os milhões de palavras que circulam. O assunto dessas publicações, tanto impressas como on-line, é a Ciência Cristã, e seus autores e editores estão atentos para ouvir e trazer à luz o Cristo que eleva e ilumina os corações receptivos, prontos para serem transformados e curados. 

Recentemente conversei com Barbara Vining, atual Redatora dessas revistas muito especiais, sobre o papel do Cristo na redação e edição dos periódicos da Ciência Cristã.

Bem, Barbara, em 2015 havia mais de 7.000 títulos de revistas publicados somente nos Estados Unidos e isso sem contar com o que está publicado on-line, que não foi impresso. Como você descreveria o que as revistas produzidas pela Sociedade Editora da Ciência Cristã têm a oferecer, que as põe em destaque em relação à multidão de outros artigos publicados? 

De fato elas se destacam, porque têm um propósito que não se assemelha ao de nenhuma outra publicação. Os artigos e os testemunhos nesses periódicos são escritos por pessoas do mundo inteiro, que estão ouvindo a voz do Cristo, a voz do Consolador, do Confortador, a Ciência Cristã. Essas pessoas se empenham tanto em seguir a verdade ensinada por Cristo Jesus, como para colocá-la em prática, ou seja, para que elas mesmas possam praticar a cura.

Quando Mary Baker Eddy descobriu as leis do Cristo, divinamente inspiradas, leis que curam, e escreveu sobre o que descobrira, ela disse que agira como “escriba sob ordens” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883–1896, p. 311). Isso é algo extraordinário! Ela sabia que a revelação tinha vindo de Deus, e que ela recebera a responsabilidade, dada por Deus, de registrar o que Deus estava dizendo a ela.

Portanto, ela estava escutando, orando, para entender mais exatamente o que havia recebido e ver como poderia transcrever essa mensagem de uma maneira que outras pessoas pudessem compreender seu significado e demonstrá-la na cura, como ela já estava fazendo. Quando escreveu o livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, e quando percorreu as diferentes etapas para estabelecer o movimento da Ciência Cristã, isto sempre foi o que guiou seu pensamento: que ela era uma escriba sob ordens. E quando deu início, um a um, aos periódicos da Ciência Cristã, orou para compreender o propósito de cada um deles.

Depois de lançar The Christian Science Monitor, o quarto e último periódico por ela estabelecido, incluiu em sua primeira edição um editorial intitulado: “Algo implícito no nome”, que mais tarde aparece em seu livro The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], na página 353. Esse editorial define o propósito de cada um dos periódicos. A Sra. Eddy disse que The Christian Science Journal “tem a finalidade de registrar a divina Ciência da Verdade”. Nenhuma outra revista tem esse propósito. O Sentinel, ela disse que “tem o propósito de montar guarda sobre o que diz respeito à Verdade, à Vida e ao Amor”; esses são sinônimos de Deus. Tenho refletido sobre isso. Como você monta guarda sobre Deus? Bem, em realidade, o Sentinel monta guarda sobre a clara apresentação da Verdade, da Vida e do Amor para mostrar como Deus traz cura à humanidade em todos os aspectos da necessidade humana. Em seguida vem O Arauto da Ciência Cristã, que é publicado em muitos idiomas, “para anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade”, e que amplia o alcance global dessa mensagem vinda de Deus, mostrando a Ciência Cristã como sendo universalmente prática e demonstrável. E para completar esse âmbito global sanador da Ciência Cristã para toda a humanidade, o propósito do Monitor é “propagar, sem dividir, a Ciência que opera sem se desgastar”. O objetivo do Monitor, em sua cobertura diária das notícias do mundo, é “não prejudicar ninguém, mas abençoar toda a humanidade”. Portanto, os periódicos têm todas essas missões muito singulares e todos que trabalham para eles têm o mandato de promover essas missões. 

É realmente notável que os artigos religiosos que lemos no Journal, no Sentinel e nO Arauto, como também na coluna “A perspectiva da Ciência Cristã”, no Monitor, não vêm de escritores profissionais, mas de pessoas do mundo inteiro que estudam e põem em prática o significado do Cristo, a Verdade, em sua vida diária. Elas estão simplesmente compartilhando sua inspiração e experiência para ajudar os outros em sua busca por compreensão espiritual e cura. 

Um dos pontos que achei muito especial é uma citação da Sra. Eddy em Ciência e Saúde, que me orientou na maneira de pensar sobre os periódicos, como também na maneira de escrever para eles. Diz assim: “O Espírito, Deus, reúne em canais apropriados os pensamentos ainda não formados e desdobra esses pensamentos, assim como Ele faz abrir as pétalas de um propósito sagrado, para que esse propósito possa aparecer” (p. 506). Os periódicos são canais para que os pensamentos de Deus alcancem os leitores. Portanto, cada colaborador desses periódicos está ouvindo o Cristo, o espírito de Deus, ouvindo atento os pensamentos que Deus está transmitindo a ele para que os compreenda, os coloque em prática e os compartilhe com os outros nessas publicações. 

Cada autor, assim como cada um dos filhos de Deus, é um representante ou uma testemunha de Deus e Sua verdade. E cada um de nós tem uma voz única, uma maneira única de expressar as ideias que recebemos de Deus.  Assim, não há ninguém, que queira colaborar para os periódicos da Ciência Cristã, que não tenha uma voz única, uma compreensão que lhe chegou como resultado do seu amor pela Ciência Cristã, pelo seu estudo e pela sua prática dessa Ciência. Por isso, cada um deles tem algo muito especial para compartilhar. É um presente que cada um está ofertando. Não é uma coisa pessoal, não se trata de pensar: “Será que eles vão gostar do meu artigo?” Não é isso. É o amor de Deus para cada um de nós, amor suficiente para nos dar a oportunidade de ver algo claramente, de compreender e de aprender a compartilhar isso por escrito com os outros, de uma forma que eles possam compreender.  Esse é um lindo presente para se ofertar.

Gosto dessa expressão que você citou de Ciência e Saúde a respeito de Deus, que reúne “em canais apropriados os pensamentos ainda não formados”. De certo modo, como você disse, os periódicos nos foram proporcionados pela visão que Mary Baker Eddy tinha para sua Igreja, ao descrever as atividades como “canais apropriados” para alcançar a humanidade com a mensagem sanadora da Ciência Cristã. 

É verdade. À medida que recebemos ideias e compreensão, à medida que ouvimos a Deus e deixamos que Ele reúna em nossa consciência esses pensamentos ainda não formados, então podemos trazer essas ideias para os “canais apropriados” dos periódicos. 

Isso é maravilhoso. Quando entregamos, por assim dizer, nosso tesouro de ideias aos periódicos, temos os estatutos regulamentadores no Manual dA Igreja Mãe, de Mary Baker Eddy, o qual estabelece A Sociedade Editora da Ciência Cristã para muitos propósitos, incluindo os periódicos. Ele estabelece que a Diretoria da Ciência Cristã assegure que os periódicos da Igreja sejam “redigidos de forma competente e atualizada, de acordo com a época” (p. 44). Portanto, quando as pessoas entregam suas ideias aos periódicos, como se aplicam as palavras: “que elas serão redigidas ‘de forma competente’ ”? 

Gosto de pensar que todos nós, autores e editores, estamos dispostos a ser corrigidos por Deus, dispostos a conformar nossa consciência com o amor de Deus, Sua verdade, Sua bondade, em nossa vida e em nossa redação e edição também. Todos estamos aprendendo juntos.

Eu estive lendo as reminiscências de Adam Dickey sobre Mary Baker Eddy. Ele foi secretário dela durante vários anos e ela costumava fazer muitas alterações, inclusive nas cartas que ele escrevia em nome dela. O tempo todo ela continuava a chamá-lo de volta ao estúdio, dizendo que tinha de reescrever uma carta, acrescentar algo ou corrigir algo. Ele escreve que, certa vez, depois de uma determinada carta “estar pronta e até mesmo assinada por ela, ela o chamou de volta e disse: ‘Sr. Dickey, devo pedir desculpas por chamá-lo com tanta frequência e incomodá-lo tanto, mas poderia me trazer aquela carta de novo?’ ” Depois de fazer uma última correção, ela escreveu isto no topo da carta: “Lembre-se de que a chamada mente humana tem de aumentar em sabedoria até desaparecer, até que se possa ver que a Mente Divina é a única Mente” (Memoirs of Mary Baker Eddy [Reminiscências de Mary Baker Eddy], p. 85, © The Mary Baker Eddy Collection). Gosto dessa frase, porque ela retira e elimina todo esse senso pessoal que diz: “Sou capaz de fazer isso? Vai ser aceitável”? Trata-se apenas de ouvir a Deus e deixá-Lo aumentar em nós a sabedoria e a compreensão, e assim, de certa forma, poderíamos dizer que nós também somos escribas sob a orientação de Deus.

Eu me lembro de que, como colaborador, houve uma época em que, quando enviava um artigo e recebia algumas sugestões de volta, eu meio que me recusava a aceitá-las e meu processo, ao orar, era exatamente como você está me dizendo. Era mais ou menos assim: “Bem, vou aguentar. Como Cientista Cristão, minha vida inteira é permitir que meu pensamento seja editado por Deus para que eu fique cada vez mais alinhado com o Cristo, a verdadeira ideia do homem de Deus”. E, de repente, parecia tão natural aceitar esse processo de trabalhar com os redatores e dizer: “Sabe, podemos encontrar a coisa certa que deve ser dita aqui e podemos trabalhar juntos”. Isso trouxe à luz a humildade e eu fiquei muito grato por isso.  

Muito bom. O que estamos realmente descrevendo aqui é nossa abordagem e atitude para colaborar com artigos ou testemunhos para os periódicos. Refere-se a ouvir a Deus, deixar que o Cristo corrija nosso pensamento a fim de trazer à luz a verdade metafísica clara, juntamente com o Cristianismo da Ciência Cristã.  Foi isso o que a Sra. Eddy fez.

Portanto, queremos com certeza reservar tempo para escrever. Eu faço isso há muitos, muitos anos e isso não significa escrever sem parar, mas sim reservar tempo para ouvir as ideias e como elas se relacionam às necessidades humanas e à cura.

Trata-se apenas de ouvir a Deus e deixá-Lo aumentar em nós a sabedoria e a compreensão, e assim, de certa forma, poderíamos dizer que nós também somos escribas sob a orientação de Deus.

A Sra. Eddy escreveu Ciência e Saúde, e disse que o livro era a explanação completa da Ciência Cristã, seu Princípio divino e as regras para a prática, mas no Prefácio ela diz algo no sentido de que não poderia incluir nesse livro todas as maneiras de aplicar o que ele ensina. Ela disse: “A autora não fez concessões para se acomodar à tendência geral do pensamento, mas deu direta e honestamente o texto da Verdade. Não fez nenhum esforço para embelezar, elaborar ou tratar, em todos os pormenores, um tema tão infinito” (p. x).

Portanto, é para essa finalidade que existem os periódicos, para mostrar como os estudantes do livro-texto da Ciência Cristã estão provando que a Ciência do Cristo se aplica a toda a vasta multidão das necessidades humanas. É um presente que recebemos de Deus, que podemos compartilhar por meio dos periódicos. E sim, temos de representar e expressar corretamente a letra, as verdades da Ciência Cristã. Isso é vitalmente importante, essencial. Mas é o Espírito que cura. É esse propósito altruísta, a humildade, que deixa evidente a voz do Cristo na maneira especial em que nossa voz pode expressar essas ideias, ou seja, nossa própria experiência e compreensão, nossa prática e comprovação da Ciência Cristã. Levamos em conta os diversos contextos culturais de onde viemos, porque todos nós temos diferentes tipos de experiências humanas.

É uma riqueza poder compartilhar nossas diferentes vozes. Ao fazê-lo, o objetivo é uma clara apresentação da verdade espiritual sobre o tópico em questão, escrevendo de tal maneira que todos possam compreendê-lo, quer tenham tido algum conhecimento prévio dos ensinamentos da Ciência Cristã, quer não. O objetivo é apenas escrever de forma bem clara. E o que acontece quando você faz isso, é que você mesmo recebe esclarecimento.

Quando você começa a escrever, não com o pensamento que diz: “Eu sei sobre o que quero escrever”, mas com o pensamento que diz: “Eu tenho uma ideia sobre algo que necessita de cura, ou um ponto metafísico que ajudará os leitores. Vou ouvir a Deus e deixá-Lo esclarecer meu pensamento, deixar que o Cristo, a Verdade, torne meu pensamento pronto para a cura e para escrever” — é dessa maneira que o autor, o redator, os leitores, aqueles em busca de cura, todos eles ficam inspirados pelo Cristo. O leitor talvez possa pensar: “Desejo ler algo mais que esse autor tenha escrito”. Mas o que eles estão realmente dizendo é que eles amam a voz do Cristo que foi expressada.

Isso me faz lembrar de algo na página 504 de Ciência e Saúde, que me tem orientado quando escrevo. A Sra. Eddy diz: “Os raios da Verdade infinita, quando convergem para um foco de ideias, produzem luz instantaneamente...”

Muito bom — e não está isso dizendo que, embora não escrevamos para obter uma recompensa, a incrível recompensa por escrever é,  na verdade, que o autor é a primeira pessoa que recebe o presente dessa clareza de pensamento? É porque ele se voltou para Deus e, por meio do Cristo, sua compreensão, em realidade sua própria experiência se torna melhor porque ele está começando a compreender mais sobre o ímpeto espiritual que está por trás do tema. E o autor  está compartilhando algo que é o que ele deseja fazer, mas ele é o primeiro que, de certa maneira, recebe os benefícios.

É verdade. Independentemente de quão experiente você seja ou não seja como autor, o ato de compartilhar as ideias é o que importa. A cura ocorre com o autor, e alcança todos a quem o pensamento dele chega, porque a consciência do autor foi elevada para deixar o Cristo brilhar através dele e o amor de Deus se faz sentir. E os editores também o sentem.

Tive uma experiência maravilhosa sobre isso quando uma vez escrevi um artigo e ele passou pelo processo de editoração, e foi publicado. Quando o Sentinel me foi entregue pelo correio, eu estava sofrendo com um problema. Quando abri o Sentinel, lá estava meu artigo e os editores haviam utilizado algumas palavras do texto para anunciar o tema  do artigo. E fui curado ao ler aquela frase.

Que lindo, e isso mostra que não se trata de algo pessoal, mas sim o Cristo, e isso satisfaz a necessidade humana, não é?

Exatamente! Foi essa exatamente a situação. Procurei o seu nome, Barbara, no site JSH-Online.com, onde se pode pesquisar nos arquivos a coleção de artigos que vêm sendo escritos há mais de cem anos. Você tem várias centenas de artigos publicados, portanto, pode muito bem ser chamada de “experiente”. Diante disso, como você aborda o processo de escrever um artigo e levá-lo até o ponto de ser redigido de forma competente? 

Escrevi um pequeno artigo sobre minha abordagem a respeito de como colaborar nas publicações.  Foi publicado na edição de agosto de 1992 do Journal, e pode ser encontrado no JSH-Online. O título é: “Escrever: tornar-se disponível para Deus”. O humilde interesse pelo processo de escrever eleva nosso pensamento e o transforma em um inspirador processo de aprendizagem.

Naturalmente, cada um tem um método diferente, mas aqui estão alguns dos elementos que acho sempre úteis: escolho um tópico e pesquiso na Bíblia e nos escritos da Sra. Eddy para ver o que posso encontrar com relação a ele. Escrevo uma frase com a ideia principal, para desenvolver o artigo e dar-lhe foco. O artigo pode incluir um exemplo, uma cura, ou uma história da Bíblia para ilustrar um ponto. Para que fique claro que se trata de um artigo sobre a Ciência Cristã, ele precisa fazer referência a Cristo Jesus e a Mary Baker Eddy, e incluir explicações metafísicas que deem clareza à mensagem. Isso ajuda a alcançar o senso espiritual que cada leitor já tem e lhe permite compreender as ideias espirituais. 

Muito frequentemente, preciso colocar tudo de lado por algum tempo, para, em espírito de oração, confiar no fato de que Deus me dará uma nova inspiração, algo sobre o qual eu ainda não tenha pensado. Quando isso acontece, sei que Deus está orientando a escrita e me sinto muito contente com essa nova compreensão. Então a escrita começa a fluir. Eu gosto muito dessa disciplina espiritual.

O  importante é que a mensagem de Deus chegue aos leitores de uma maneira que eles possam compreender.

Quando um colaborador chega ao estágio em que sabe que tem um artigo concluído, e deseja enviá-lo, nós, no Journal, Sentinel e Arauto, somos incumbidos de redigi-lo de forma competente. Você pode explicar esse processo?

Quando o colaborador já deu muita atenção ao artigo, orou sobre ele, e acha que a ideia do artigo veio por meio de inspiração, é o momento de desejar pensar nisto: “eu gosto que corrijam o que eu escrevo”.

Muito bem explicado!

Sim, isso é melhor do que pensar: “Espero que ao menos gostem disso”. Porque agora alguém mais vai ler o artigo, e talvez um redator diga: “Bem, o que você quis dizer com isso?” Então, o autor precisa dessa ajuda de um Redator da Equipe, um Redator Adjunto, e, finalmente do Chefe da Redação. E haverá comunicação entre os redatores e o autor.

Nós amamos nossos autores. Nós os valorizamos, porque sem eles não teríamos nada para publicar. Portanto, nos esforçamos para encorajá-los de todas as maneiras possíveis.

Geralmente, há uma troca de ideias entre os redatores e o autor, e é importante compreender que nada é realmente final até que o artigo esteja pronto para ser publicado, seja numa das revistas impressas, seja na Internet. Alguns dias antes dessa etapa, o Redator examina a edição em páginas impressas e, às vezes encontra pequenas correções que ainda têm de ser feitas. Ocasionalmente, algo mais importante pode surgir e, por essa razão, os autores têm de compreender que não podemos prometer que o artigo será publicado, mesmo quando o estamos editando e o agendamos para uma edição de um periódico. Temos a responsabilidade de assegurar-nos de que cada artigo cumpra a missão que se pretende para os periódicos e que estamos deixando Deus nos editar, isto é, corrigir nossa compreensão, ao longo do processo. Tudo isso é o que nos permite ter a certeza de que os periódicos sejam “redigidos de forma competente”.

Bem, Barbara, por último, mas não menos importante, a segunda parte das nossas atribuições no Manual da Igreja é que mantenhamos os periódicos de forma atualizada, “de acordo com a época”, e essa é uma instrução muito específica. Portanto, hoje, naturalmente, isso envolve não somente o conteúdo, mas novos meios de publicação: publicações on-line, mídia social, aplicativos. Como encaramos esse desenvolvimento para os periódicos da Ciência Cristã?

Realmente, isso é importante, mas precisamos avançar, dispostos a ouvir nova orientação, em espírito de oração. É algo que estamos estudando. Temos utilizado a Internet até certo ponto, mas desejamos fazer mais, também com a mídia social, e assim por diante. Mas, da mesma maneira que quando se escreve um artigo, você não pode simplesmente correr para escrevê-lo e deixá-lo ser apenas um tipo de fluxo de consciência. Temos de ouvir o que o Pai diz, temos de ouvir o Cristo, e estar humildemente dispostos para saber que direções seguir com essas novas oportunidades. Além disso, as sugestões dos nossos leitores são bem-vindas à medida que progredimos.

Certamente, e aqui faço apenas uma pequena observação. Existe hoje algo chamado “fontes diversas”, onde as pessoas reúnem voluntariamente ideias de outras pessoas, para que consigam o máximo do bem e, de certa maneira, os periódicos vêm fazendo isso já há um longo tempo. Isso sempre foi escrito pelos leitores, não? 

Sim. De fato, você sabe, a Sra. Eddy certa vez disse que ela estava reunindo todas essas cartas maravilhosas dos membros de sua Igreja e que, a partir daquele momento, as iria encaminhar para os periódicos (ver Miscellaneous Writings, p. 155). Esse é o canal básico, não é?

É, e trata-se de um canal maravilhoso. É tudo sobre o Cristo, é o Cristo atuando por meio de cada um de nós para que colaboremos e trabalhemos juntos.

É maravilhoso e, como você sabe, um ponto que não mencionei é que não gostamos de usar a palavra rejeição. Nós nunca rejeitamos um autor quando um artigo não funciona para publicação. Valorizamos profundamente a colaboração de todos e estamos à procura de oportunidades para aprender e crescer juntos. Mesmo que um artigo ou testemunho não seja escolhido para publicação, ele contém cura, contém inspiração que penetra a atmosfera mental, e quando o lemos ficamos curados.

Sim, um dos meus colegas redatores disse muito recentemente que estava diante de um desses artigos que não foi publicado, mas ele foi curado por um pensamento compartilhado no artigo.

Sim, isso acontece o tempo todo.

Que maravilha! Somos uma grande equipe de escritores, redatores e leitores, não somos?

Somos, sim. Não existe no mundo nenhuma outra atividade editorial como esta.

Tradução do original em inglês publicado na edição de março de 2017 do The Christian Science Journal.

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