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Original para a Internet

A saúde que você nunca pode perder

Da edição de dezembro de 2018 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 29 de outubro de 2018.


Pode parecer perfeitamente lógico dizer que a saúde reside em nosso corpo físico e que ela é uma espécie de posse pessoal, como também que estaremos propensos a perder a saúde ou a prejudicá-la, se não tivermos cuidado com essa propriedade. É como ser proprietário de uma máquina complexa, mas nem sempre saber como fazê-la funcionar, nem como dar-lhe a manutenção adequada. Há muito medo e falsa responsabilidade vinculados a esse ponto de vista. Mas, e se considerássemos a saúde a partir de uma perspectiva espiritual e metafísica? E se víssemos a saúde como permanentemente estabelecida na própria Mente que é Deus, que nos concebeu como Suas ideias espirituais?

Recentemente, tive um vislumbre mais claro a respeito desses conceitos, enquanto contemplava um pôr do sol. O céu estava radiante, com luminosos matizes vermelhos, roxos e dourados. Alguns momentos depois, observei todas aquelas cores vivas desaparecerem, à medida que o sol se punha no horizonte. Os brilhantes matizes no céu empalideceram, substituídos por sombrios tons de cinza e branco. Foi então que me ocorreu: “A cor nunca esteve nas nuvens ou no céu. Toda cor vem do sol e dos seus raios, a fonte de luz. A beleza do pôr do sol está no reflexo”. Naquele mesmo momento, alguns problemas de saúde pelos quais eu estava orando, de repente pareceram diferentes para mim. Compreendi o quão incorreto era acreditar que a saúde residia no meu corpo ou no corpo de qualquer outra pessoa. Ou que um órgão do corpo pudesse ser responsável pela nossa saúde e bem-estar. A saúde não é uma possessão pessoal, mas é puro reflexo, que emana de sua fonte, a Mente divina, Deus.

“A saúde não é um estado da matéria, mas da Mente; e os sentidos materiais não podem dar testemunho confiável no tocante à saúde”, escreve Mary Baker Eddy em sua obra fundamental sobre cura espiritual, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras (p. 120). A partir de seu estudo sobre as Escrituras e de sua vibrante obra de cura, ela comprovou que a Mente infinita, o Espírito divino, contém o conceito perfeito de cada uma de suas ideias. Isso significa que a saúde reside unicamente em nosso Criador, Deus, e é refletida por nós e por toda a criação. 

A Sra. Eddy também escreve em Ciência e Saúde: “Uma diretriz importante na Ciência da Alma é que o Princípio não está contido na sua ideia” (p. 467), trecho esse que consta do capítulo “Recapitulação”. Houve uma época em que esse capítulo era um livro, e ela o usava para ensinar a Ciência Cristã. 

Durante milênios, o ensinamento tradicional de muitas teologias e filosofias tem sido o de que o corpo físico abriga uma alma pessoal. Com lógica semelhante, os cientistas e médicos consideram em primeira instância, que a saúde reside no corpo, se é que não pensam que ela se localiza exclusivamente no corpo. Ciência e Saúde destaca que eles “Examinam os pulmões, a língua e o pulso para averiguar quanta harmonia, ou saúde, a matéria está concedendo à matéria ― quanta dor ou quanto prazer, ação ou estagnação, uma forma de matéria está concedendo a outra forma de matéria” (p. 159). Como resultado dessa abordagem, a saúde permanente parece difícil de encontrar, incerta. Não admira que Cristo Jesus tenha fundamentado sua prática de cura em uma abordagem puramente espiritual. Ele não olhava para o corpo físico, e sim olhava rumo ao Espírito, Deus, para ver a única fonte confiável de saúde e bem-estar.

O que eu percebo agora é que a vida e a saúde nunca estão alojadas em um corpo ou em órgãos corporais.

Pense, por um momento, no extenso registro do Novo Testamento sobre a obra de cura de Jesus. Entre os milhares que ele curou, havia casos de cegueira, surdez, paralisia, lepra, epilepsia, febre, doenças crônicas e agudas de todos os tipos. Seu trabalho de cura era rápido e completo. Aliás, era tão imediato que só poderia ter sido realizado mentalmente. Sua individualidade espiritual, o Cristo, proporcionava-lhe uma perspectiva a respeito dos outros, que era puramente espiritual, bela e imune a doenças. “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste”, ensinou Jesus (Mateus 5:48). Em outras palavras, veja, ou reconheça, que você tem saúde, porque sua saúde é o reflexo da perfeição total de Deus.

Jesus sabia que a capacidade de enxergar estava estabelecida na Mente, não na matéria, portanto, o cego passou a enxergar. Ele sabia que a força estava no Espírito, não nos músculos e nos ossos, por conseguinte, o coxo saltou e caminhou. Ele sabia que a vida era eterna, sempre segura em Deus, portanto, até mesmo aqueles que haviam morrido foram ressuscitados. Seus ensinamentos e sua prática apontam para uma visão radicalmente nova em relação à da saúde, uma visão espiritualmente iluminada, que mostra que a saúde tem origem somente no Espírito, em Deus, não no corpo físico.

No início da minha carreira, investi uma quantidade enorme de tempo, energia e dinheiro no projeto de um filme. Quando todo o empreendimento inesperadamente se desfez, também vi que minha saúde estava titubeante. Comecei a ter batidas irregulares do coração e eu sentia uma dor aguda no peito.

Como Cientista Cristão, tive o impulso de fazer uma pausa e orar sobre os fatores mentais subjacentes àquela situação. Devido à minha experiência de muito tempo, eu havia chegado à conclusão de que o corpo nunca age independentemente, mas sim como manifestação do pensamento. Nesse meu caso, eu sabia que não estava lidando com um problema cardíaco, mas com um problema de desânimo. A palavra desanimado significa literalmente “desacorçoado”, cuja origem etimológica vem da palavra desacoraçoar = des + coração + ar. Meu fracasso nos negócios havia me deixado triste e incerto sobre o propósito de minha vida, e meu corpo estava expressando essa incerteza. Mas eu também sabia que havia uma maneira melhor de ver meu coração e minha saúde, ou seja, como realidades espirituais, fluindo de Deus.

Certa manhã, li as seguintes palavras da Sra. Eddy: “O coração que bate principalmente por si mesmo rara vez é iluminado com amor” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany[A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], p. 160). Foi como se uma nota adesiva em luz de neon tivesse brilhado de forma intermitente naquela página. Instantaneamente, compreendi algo importante. Meu coração estava batendo por mim, por minhas ambições, desejos e interesses profissionais. Meus afetos e motivos precisavam deixar de ser de apego ao ego e passar a ser de amor a Deus. Quanto mais eu pensava e orava sobre isso, mais eu compreendia que a verdadeira função do coração é bater por Deus, refletir “o grande coração do Amor”, como a Sra. Eddy caracterizou a natureza infinitamente amorosa de Deus (ver Ciência e Saúde, p. 448).

Logo após essa percepção, veio-me à mente outra ideia, feita sob medida para mim, e essa era uma daquelas ideias que eu realmente não queria ouvir naquela ocasião: “igreja”. A mensagem, ainda mais específica, foi: “Esteja disposto a dedicar seus talentos à igreja!” Eu amava a Ciência Cristã, mas a igreja, às vezes, era uma luta para mim. Ela nem sempre parecia estar em sintonia com o progresso. No entanto, eu não estava em condições de discutir. Com humildade, assumi o compromisso de entregar meu coração a Deus e estar disposto a servir a igreja de qualquer maneira que o Amor orientasse. Olhando para trás, vejo que isso foi para mim como um renascer. Deus estava me dando um novo coração, novos afetos, um novo senso de propósito.

Nas semanas, meses e anos que se seguiram, encontrei alegria em esquecer-me de mim mesmo, e em refletir o amor de Deus, vivendo uma vida de desprendimento e disposição de prestar serviços. Um monte de apego ao ego pessoal desapareceu e comecei a me sentir mais leve e mais livre em todos os aspectos da minha vida.

Deparei-me com esta frase no Manual da Igreja Mãe: “Deus exige toda a nossa dedicação...” (Mary Baker Eddy, p. 44). Quando dei a Deus todo o meu coração, percebi que meu coração estava realmente são. Tive um senso mais pleno de vida, propósito e, até mesmo de criatividade, que jamais havia sentido antes, e o problema com meu coração desapareceu e não senti mais nada desde aquela época. Compreendi a verdadeira natureza do coração como o reflexo do grande coração do Amor.

O que eu percebo agora, mais do que nunca, é que a vida e a saúde nunca estão alojadas em um corpo ou em órgãos corporais. Que perspectiva limitante seria essa! A saúde está para sempre fundamentada no Espírito, no Amor divino, e cada um de nós é o reflexo perfeito da total perfeição do nosso Criador. Como a Sra. Eddy escreve em sua autobiografia, Retrospecção e Introspecção: “O homem brilha com luz emprestada. Ele reflete a Deus, porque Deus é a Mente do homem, e esse reflexo é substância ― a substância do bem. A matéria é substância segundo o erro; o Espírito é a substância na Verdade” (p. 57). 

A luz divina nunca diminui, nunca se põe. A saúde é o reflexo radiante de um Deus radiante que criou você, criou o universo e criou a mim de Seu próprio bem indestrutível. Jesus expressou essa verdade desta forma: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5:16). A verdadeira saúde, então, é a glória refletida de Deus e não pode ser perdida.

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