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Original para a Internet

A solução divinamente científica para as mudanças climáticas

Da edição de junho de 2018 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 23 de abril de 2018.


As mudanças climáticas se tornaram uma questão acalorada devido às divergências e controvérsias a respeito da natureza do problema e das possíveis soluções. Portanto, ao abordar esse assunto, eu sabia que tinha de examiná-lo não somente como a professora de engenharia que sou, mas muito mais como Cientista Cristã. A Ciência Cristã mostra que nunca falta uma solução bem definida; na verdade, ela indica soluções verdadeiramente científicas. Ela oferece a perspectiva cristãmente científica, pois está apoiada na ordem de toda a criação, conforme estabelecida e mantida por Deus, que é o próprio Amor divino, e na lei da divina harmonia universal.

O livro-texto da Ciência Cristã, escrito por Mary Baker Eddy, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, explica que a existência material é completamente mental. Muito embora haja, particularmente no campo da física quântica, cada vez mais evidências empíricas sobre a importância das causas mentais, a Sra. Eddy descobriu, através da Bíblia e da revelação divina, que a matéria é simplesmente uma construção falsa da consciência mortal. Ela deixa esse ponto muito claro em Ciência e Saúde, como nesta declaração: “A matéria, ou seja, o corpo, é apenas um conceito errôneo da mente mortal. Essa mente, assim chamada, constrói sua própria superestrutura da qual o corpo material é a parte mais densa; mas em todos os aspectos o corpo é um conceito humano, sensório” (p. 177).

O naturalismo, que permeia o atual ponto de vista científico, é a suposição filosófica de que os efeitos físicos devem ser o resultado de uma causa física, geralmente excluindo toda e qualquer causa mental e, em especial, qualquer causa espiritual. Portanto, no caso do nosso clima, a ciência natural alega que todo efeito negativo deve ser o resultado de uma causa física negativa. Mas a Ciência Cristã explica que um efeito físico negativo é mais bem explicado por uma causa mental negativa. Ainda mais importante é a compreensão de que a influência saudável da Mente divina, Deus — a causa espiritual una e única, real e perfeita — quando compreendida e aceita, tem efeito harmonizador sobre nosso corpo e sobre nosso planeta. Essa é a oração científica por meio da qual o Cristo, a Verdade, espiritualiza o pensamento e assim destrói o efeito do pensamento baseado na matéria, ou seja, o pecado, o medo e, até mesmo, a morte.

A Sra. Eddy, falando sobre a Mente divina, escreve em Ciência e Saúde: “É a Mente, não a matéria, que regula o estado do estômago, do intestino e do alimento, bem como a temperatura das crianças e dos adultos” (p. 413). Se “É a Mente, não a matéria, que regula ... a temperatura das crianças e dos adultos”, então, para sermos coerentes em nossa metafísica, a Mente também deve regular a temperatura da terra. Como Ciência e Saúde explica, isso se chama: “A naturalidade deífica”, que resulta em um método de cura científico, divino, “método infinitamente superior ao da invenção humana” (p. 44, incluindo o título marginal).  

Desde minha juventude, eu sofria regularmente de gripes e resfriados sazonais. Ao recorrer à influência onipotente da Mente divina, eu sabia que podia encontrar a cura. Na faculdade, tive uma cura instantânea daquilo que parecia ser uma gastroenterite e o resultado foi alívio permanente (ver testemunho publicado na edição de setembro de 1999 do The Christian Science Journal), e meus filhos também foram rapidamente curados desse problema por meio da oração. Também tive curas de resfriados, à medida que a compreensão espiritual substituía o medo infundado de contágio físico. Além disso, durante mais de um século, os Cientistas Cristãos têm vivenciado a eficácia e a confiabilidade desse método mental científico de cura, descoberto pela Sra. Eddy.

Assim como o corpo humano melhora, quando o Princípio divino governa a consciência individual, da mesma forma, por indução científica, devemos aceitar que a influência benéfica desse Princípio sobre a consciência individual e coletiva se manifesta em melhorias no meio ambiente da terra. Apelar para essa solução divinamente científica envolve corrigir a crença material por meio da Verdade. No caso da mudança climática, podemos corrigir a suposição errônea de que causas físicas estejam governando a terra, podemos reconhecer a verdade de que o governo é de Deus, ou seja, é do amor onipotente que o nosso Pai-Mãe tem por toda a criação, no esplendor da Alma. Tal oração científica tem de levar a experiência humana a coincidir com a lei divina da Vida eterna.

Nossa experiência humana é fundamentalmente mental.

A Ciência Cristã nos proporciona a compreensão de que as medições materiais do meio ambiente são apenas os reverenciados veredictos da crença mortal. Em outras palavras, aceitar a validade das medições mortais, ou de qualquer diagnóstico humano, leva somente a profetizar suposições errôneas que acabam se cumprindo justamente por serem geralmente aceitas. Em vez disso, devemos permanecer firmes na verdade, a saber, na única realidade da existência, declarada pelo Salmista: “...a terra está cheia da bondade do Senhor” (Salmos 33:5). Aqui não se trata de negar ou de apoiar a evidência material da mudança climática, mas trata-se de nos recusarmos a até mesmo entrar nesse debate; em vez disso, devemos recorrer a uma verdade mais elevada sobre a qual basear nossas conclusões. Isso significa entregar completamente o cuidado da terra, bem como a espiritualização da consciência humana, à dinâmica onipresente da Mente divina. A verdadeira solução é deixar de tomar partido nas opiniões humanas conflitantes, inclusive opiniões políticas, e concordar inteiramente com o Espírito, Deus.

Adam Dickey narra, em suas reminiscências, uma ocasião em que a Sra. Eddy ensinou a pessoas próximas a maneira correta de orar sobre o clima. Primeiro, ela perguntou aos presentes se um Cientista Cristão podia ou não controlar o clima. Todos responderam: “Sim”. Ela então replicou que não, mas que Deus, sim, pode controlar e o controla.

Ela continuou dizendo: “Um Cientista Cristão não deve tentar controlar ou governar o clima assim como não tem o direito de tentar controlar ou governar a doença, contudo ele realmente sabe, e é seu dever saber, que Deus governa o clima e nenhuma outra influência pode ser exercida nesse campo. Quando destruirmos a crença da mente mortal de que ela seja criadora e que produza todo tipo de clima, tanto o bom como o mau, compreenderemos então o clima perfeito de Deus e receberemos Sua generosidade em relação a essa questão.

“O clima de Deus é sempre certo. É natural e normal uma certa quantidade de chuva e sol e não temos nenhum direito de interferir nas atuações majestosas da sabedoria divina ao regular as condições meteorológicas... Quero que vos lembreis de que o clima pertence a Deus e quando destruirmos as operações da mente mortal e deixarmos para Deus a questão de regular o clima, teremos as condições climáticas como devem ser”.

Durante os três anos em que o Sr. Dickey trabalhou para a Sra. Eddy, e por vários anos após o falecimento dela, em 1910, sua lembrança com relação ao resultado das orações da Sra. Eddy e das de seus colaboradores foi: “cada vez menos tempestades, até que elas quase cessaram” (We Knew Mary Baker Eddy, Edição Ampliada, Volume II [Reminiscências de pessoas que conheceram Mary Baker Eddy], pp. 411–414).

Na Ciência Cristã, a oração sempre começa com Deus perfeito e homem perfeito — com nosso perfeito Pai-Mãe Deus, que criou uma terra eternamente perfeita, a qual, em realidade, é uma ideia espiritual composta que existe na consciência divina (ver Ciência e Saúde, p. 585). Isso me libertou da crença de que o lar perfeito que Deus criou para nós, o qual é em realidade a consciência da Verdade e do Amor, habitado por ideias espirituais, pudesse ser ocupado e negativamente afetado por habitantes pecaminosos e nocivos. Compreendi também que o progresso humano divinamente impelido não faria com que uma ideia correta (como por exemplo o atendimento a uma necessidade humana por transporte mais rápido e mais eficiente) interferisse com outra ideia correta (a pureza da atmosfera da terra). Na ordem da criação espiritual, Deus criou o homem para ser fecundo, para se desenvolver eternamente como a ideia mais elevada de Deus, a saber, Sua manifestação, e assim abençoar e povoar a terra (ver Gênesis 1:28).

Se estamos preocupados com o futuro do nosso planeta, precisamos admitir que as crenças materiais que mesmerizam precisam ser dissipadas pelo perfeito Amor que lança fora o medo (ver João 4:18). Ao sentir a abençoada segurança do Amor divino, eu posso dizer com toda honestidade que não sinto nenhum “espírito de temor” pelo planeta Terra, mas somente o espírito “de poder e de amor” que contribui para a solução perfeita (ver 2 Timóteo 1:7).

Se realmente quisermos curar o mundo, há um único ponto de partida para fazer isso: mudar nosso próprio pensamento. Cristo Jesus tinha o pensamento e o coração mais puros, e isso o capacitava a curar e a mudar nosso mundo; ele comprovou isso cientificamente em condições climáticas destrutivas, mais do que qualquer outra pessoa na história humana. Quando estamos dispostos a lançar fora do nosso pensamento o pecado, o medo, até mesmo as opiniões mortais do mundo, junto com as condenações e profecias, então nossa consciência, refletindo a Mente divina, pode conseguir uma mudança real no meio ambiente, por meio das nossas orações fortalecidas por nosso amor pela humanidade e pelo planeta. Devemos permanecer firmes na eterna retidão de Deus, em oposição à presunção de uma retidão pessoal.

Ficar do lado do Espírito não significa esconder a cabeça na areia. Existem soluções reais a serem encontradas, quando nos elevamos acima das alegações da crença mortal, até uma compreensão mais elevada, espiritualmente científica, e até um amor mais puro pela humanidade e pela terra. A opção a ser feita é clara. Ou deixamos que as opiniões humanas atuem como fator decisivo, ou cedemos ao governo perfeito do Amor, sabendo que “...a Mente divina cria a perfeição, ... que ela atua sobre a chamada mente humana por meio da verdade, e leva essa mente a abandonar todo o erro e a constatar que a Mente divina é a Mente única... Esse processo de compreensão espiritual mais elevada melhora o gênero humano até o erro desaparecer, sem nada sobrar que mereça perecer ou ser punido” (Ciência e Saúde, p. 251).

Esta nossa experiência humana é fundamentalmente mental, não material, e requer uma solução espiritual para cada problema. “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam” (Salmos 24:1). O cuidado e o controle da Mente sobre nosso corpo e sobre a terra são mandatos permanentes de bem-estar e, portanto, uma Ciência demonstrável, um método metafísico científico verdadeiramente eficaz, porque ele está eternamente estabelecido no único Princípio divino, a Verdade.

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