Durante vários anos, meu seio esquerdo era sensível ao toque e a qualquer pressão, e havia um endurecimento que parecia sumir e voltar. Às vezes ficava dolorido, especialmente quando me deitava sobre o lado esquerdo. Nunca orei de verdade a respeito do problema, nem lhe dei muita atenção nem me preocupei. Eu atribuía isso à menopausa, apesar de essa fase já ter passado na minha vida. Eu havia decidido que, desde que não piorasse nem interferisse no meu dia a dia, eu não iria ficar pensando nisso.
Um dia, enquanto estava visitando minha mãe, comecei a sentir o incômodo e sensibilidade novamente. De repente fiquei bastante ansiosa e preocupada. Depois que saí da casa de minha mãe e comecei a andar em direção ao carro, humildemente recorri a Deus e perguntei: “Pai, o que é que preciso saber sobre esse problema?” Ao entrar no carro, este verso me veio ao pensamento: “Deus te curou, Seu afeto governa” (Hinário da Ciência Cristã, 278, adapt. e trad. da letra em inglês © CSBD). Então perguntei, como se estivesse falando com alguém: “O que tem isso a ver com esta situação?” A resposta que recebi foi: “Porque você ama a sua mãe”.
Ao longo dos anos meu relacionamento com minha mãe havia sido difícil e cheio de conflitos. Mas agora que ela estava em seus oitenta anos, e com alguns problemas de saúde, eu queria mostrar a ela o quanto realmente eu a amava, proporcionando-lhe conforto, encorajamento, apoio e cuidados, em sua própria casa. Embora ela algumas vezes ficasse irritada ou se sentisse frustrada, notei também que ela demonstrava paciência e consideração para comigo. Ela agradecia por tudo o que eu fazia por ela e até insistia em me pagar pela ajuda que recebia.
No livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy escreveu: “O Cristo é a ideia verdadeira que proclama o bem, a mensagem divina de Deus aos homens, a qual fala à consciência humana” (p. 332). Depois daquela mensagem angelical vinda do Cristo, a respeito do amor para com minha mãe, eu sabia sem a menor dúvida que o orgulho endurecido ou rigidez de pensamento que eu havia carregado por tanto tempo havia se dissolvido por meio do desejo profundo de mudar o rumo dos meus sentimentos, de perdoar incondicionalmente as falhas, tanto as minhas como as de minha mãe, e de cobri-la de amor e afeto.
Após essa revelação, eu sabia que todos os erros do passado, as recriminações, ou “pensamentos enrijecidos” de minha parte haviam se dissolvido. Eu podia ver e sentir apenas o suave amor de Mãe, que vinha de Deus, a se expressar em nós duas. Eu soube naquele momento que também o endurecimento físico no seio havia se dissolvido. E assim foi. Não houve mais sinal do problema. Essa cura aconteceu há mais de dez anos, e é permanente. E nos últimos anos de vida de mamãe, embora nosso relacionamento não tenha sido um mar de rosas, sempre pude sentir o amor e o respeito que tínhamos uma pela outra; e tivemos uma camaradagem que era muitas vezes pontilhada de grandes risadas.
Aprendi que, independentemente das circunstâncias, ou de há quanto tempo estamos tendo uma dificuldade, não podemos deixar esses problemas em segundo plano e achar que desaparecerão por si. Isso seria o mesmo que ceder a eles. Mary Baker Eddy diz em The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], que “Tudo o que o erro quer é que o deixem em paz; como quando no tempo de Jesus os espíritos imundos gritaram: ‘Não nos atormentes; que temos nós contigo?’ ” (p. 211).
Nos quarenta anos em que venho estudando e praticando a Ciência Cristã, nem todas as curas foram tão rápidas ou instantâneas, mas todas trouxeram um entendimento mais profundo a respeito de Deus e da minha inseparável relação com Ele. Serei sempre agradecida pelas curas físicas. Mais grata ainda me sinto por entender que Deus, o bem, é a única verdadeira causa, e pelo fato de que confiar nEle é o remédio eficaz para todos os problemas.
Linda Ashton
Rochester, Kent, Inglaterra
