Há dois anos, eu estava namorando e o relacionamento era um dos mais significativos que já tivera. Tudo parecia perfeito. O único problema era que eu estava muito presa ao pensamento de que “só ele poderia me fazer feliz e nada mais”.
Aconteceu então de ele terminar o namoro. Eu estava sozinha no meu quarto, chorando na cama e me perguntando: “O que eu fiz de errado?” E, “Por que não poderíamos tentar com que desse certo?”
O pensamento de que ele não estava mais na minha vida me deixou muito triste, porque achava que nunca mais encontraria alguém como ele. Era como se o amor, a compaixão, a integridade e a humildade que ele expressava despertassem o melhor em mim; e perder esse “pedaço” de mim era dolorido. Perguntava-me quanto tempo demoraria para esquecê-lo e por quanto tempo eu seria infeliz.
No início, pensei que poderia superar esse sofrimento encontrando alguém que pudesse preencher esse enorme vazio que sentia dentro de mim. Ainda acreditava que o amor era algo que eu tivesse de receber de outra pessoa.
Entretanto, um dia, na Escola Dominical da Ciência Cristã, começou uma conversa sobre relacionamentos e decidi abrir meu coração, contei o que estava sentindo. À medida que eu falava mais e mais sobre como estava atormentada com o término do namoro, a professora gentilmente sugeriu que olhássemos a página 266 de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy. Esta passagem me chamou a atenção: “Os amigos te trairão e os inimigos te caluniarão, até que a lição seja suficiente para te elevar; pois ‘a extrema necessidade do homem é a oportunidade de Deus’ ”. O trecho terminava dizendo: “O Amor universal é o caminho divino na Ciência Cristã”. Amei essa ideia mas ao mesmo tempo, de início, ela me pareceu simplista demais. Como poderia um pensamento tão simples me ajudar a superar uma situação tão difícil? Contudo, a professora da Escola Dominical me encorajou a parar de fazer tanto esforço na tentativa de consertar as coisas, de prever o que iria acontecer, e me disse para entregar a situação a Deus — confiar plenamente em Seu amor e cuidado por mim e deixar que Ele me guiasse.
Para mim, isso significava deixar atrás todas as emoções negativas e, calmamente, ouvir a voz de Deus. Percebi que eu tinha completo domínio sobre a maneira como vinha pensando a respeito dessa situação e que, em vez de remoer todas as mágoas e medos, eu realmente poderia pensar somente no bem. Escolhi prestar atenção apenas às mensagens reconfortantes de Deus sobre como eu era amada por Ele e não precisava de uma determinada pessoa ou relacionamento para me sentir completa. Eu sou amada porque Deus é o Amor e é Tudo; e eu só posso ser a filha amada de Deus.
Mentalmente, eu disse algo do tipo: “Deus, agora é com Você. Ouvirei a Sua voz”.
A mudança foi radical. Quando confiei plenamente em Deus, deixei de sentir aquele enorme peso. Foi como se uma onda de amor tivesse passado sobre mim e levado embora todo o medo e a tristeza. Instantaneamente, senti que voltara a ser a mesma de antes, e feliz.
Depois disso, eu realmente fiquei em paz com relação ao término do namoro. Pude ver que Deus estava me guiando, dando um rumo diferente à minha vida; e as experiências que tenho tido depois disso têm sido cheias de alegria e afeto.
Não foi fácil passar por essa situação, mas graças a essa cura tenho mais certeza de que posso confiar em Deus para me ajudar a superar problemas de qualquer tipo e ser forte. Eu finalmente aprofundei minha compreensão de que o amor de Deus por mim é suficiente, e sempre vai estar ao meu lado.
