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Original para a Internet

Gratidão — a porta aberta para o bem, Deus

Da edição de novembro de 2020 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 25 de novembro de 2019.


Os estudantes da Ciência Cristã em todo o mundo estão se preparando para estudar a Lição Bíblica de Ação de Graças, que consta do Livrete Trimestral da Ciência Cristã deste mês, e participar dos respectivos cultos da igreja. Ao celebrar essa data, damos ação ao ato de agradecer, abrindo assim a porta do pensamento ao bem, isto é, a reconhecer que o bem é Deus.

Recentemente, aprendi uma lição sobre gratidão, quando os planos de me mudar de casa foram inesperadamente alterados no último momento. Eu estava com tudo pronto para me mudar, quando, duas semanas antes do Natal, o processo de compra não foi aprovado, e eu tive só quatro semanas para encontrar outro lugar para morar.

Meu filho mais velho e sua esposa generosamente me ofereceram um espaço em sua casa. Embora eu estivesse muito agradecida por ter recebido essa carinhosa solução para minha premente necessidade, no meu primeiro dia na casa deles eu me senti muito aborrecida e deslocada. Eu saíra de uma casa espaçosa e tranquila para morar em um apartamento minúsculo no andar de baixo de uma casa maior, com uma estação de trem operando nas proximidades. Felizmente, esse meu triste estado de pensamento não durou muito!

Morei naquele pequeno apartamento durante sete meses, mas depois dos primeiros dias já não lutei com o problema do barulho e com a escassez de espaço. Sempre apareciam soluções que me permitiam superar as limitações. O tempo que ali passei foi realmente cheio de alegria, e compreendi que esse arranjo me deu liberdade para trabalhar em minha nova função como Professora da Ciência Cristã. Minhas despesas diárias foram substancialmente reduzidas, o que me ajudou a me preparar para a mudança que fiz depois. No geral, foi um período cheio de bênçãos.

Poucos dias após me mudar para esse lugar, fui divinamente impelida a ser grata. Dessa vez não foi apenas um simples agradecimento por ter um lar, mas uma exortação para realmente reconhecer que Deus sempre nos direciona ao lugar certo. Eu estava me questionando por que razão haviam fracassado todos os arranjos feitos anteriormente com relação à compra da casa para a qual eu planejara me mudar. Compreendi que eu precisava ser grata pelo fato de que Deus, que é inteiramente bom e é o próprio bem, governa todos os aspectos de nossa vida e que, consequentemente, o bem tem de estar presente.

A gratidão é o completo reconhecimento da eterna presença de Deus e da generosa e imparcial dádiva do bem que Deus sempre nos concede, apesar da percepção humana em contrário. Expressar gratidão é um reconhecimento consciente da presença do bem; é uma atitude receptiva que abre o caminho para ainda mais bênçãos. A ingratidão, por outro lado, não reconhece o que Deus já está concedendo. A infelicidade, a dúvida e o medo não prestam atenção à onipresença e à onipotência de Deus e, portanto, nos impedem de sentir alegria e ver as soluções que vêm do Amor divino.

A ingratidão não reconhece o que Deus já está concedendo.

Eu não podia nem sequer ter imaginado tanto amor como o que eu estava recebendo daqueles que tão generosamente abriram a casa para me acolher, e, no entanto, lá estava eu com pena de mim mesma. Se eu não tivesse desafiado esse estado mental, eu teria continuado a ver somente limitações (o espaço apertado, o barulho), ao invés de ver a abundância do bem que estava ali à minha mão (o uso eficiente do espaço, do tempo e de ter lugar para o trabalho na prática da cura). Quando me mudei novamente meses depois, ficou comprovado que o local para o qual fui me servia perfeitamente, muito melhor do que eu havia originalmente planejado.

Obviamente, é fácil dar graças quando tudo está bem. Mas, em tempos difíceis, é de muita ajuda ter uma compreensão mais profunda de que Deus — a Vida, a Verdade e o Amor — é a fonte de todo o bem. Quando reconhecemos isso de forma total e plena, somos capazes de dar graças do fundo do coração, mesmo quando as coisas não pareçam tão favoráveis. Permanecer firmes em nossos agradecimentos a Deus por Suas bênçãos, sejam quais forem as circunstâncias que enfrentamos, desafia a noção de que possa haver um poder que se oponha a Deus. Essa atitude firme silencia a crença de que possa haver qualquer outra coisa que não seja Deus, o bem, e essa reorientação do pensamento traz ajuste e cura. Admitir a verdadeira fonte do bem sempre presente e expressar paz e alegria em tempos difíceis é o que constitui a definição de se pôr em prática o hábito de agradecer!

Cristo Jesus deu graças a Deus e em seguida alimentou mais de cinco mil pessoas com apenas alguns pães e peixes. A situação indicava uma insuficiência de alimentos em grande escala, mas, mesmo depois que a multidão havia se saciado, muitos cestos de comida foram recolhidos. Certamente a clara compreensão de Jesus a respeito do abundante amor de nosso Pai estava presente antes que essa grande quantidade de suprimento se tornasse evidente para as pessoas ao seu redor. Como seguidores de Jesus, somos capazes de imitá-lo e de sermos menos incrédulos quanto às bênçãos divinas que já estão presentes.

Ao ensinar seus discípulos a orar e obter resultados, Jesus falou da necessidade de reconhecer a suprema prontidão de Deus para conceder o bem liberalmente (ver Mateus 7:11). E no capítulo intitulado “A oração” no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy escreve: “Somos realmente gratos pelo bem já recebido? Então faremos uso das bênçãos que temos e assim estaremos preparados para receber mais” (p. 3). Na mesma página e na seguinte, ela continua, explicando que a gratidão deve ser expressa em ação e que dar graças quando não nos sentimos gratos é hipocrisia, cujo resultado é um senso de insatisfação.

O apóstolo Paulo, enquanto estava em prisão domiciliar em Roma, sem saber se seria executado ou libertado, expressou este padrão de gratidão em uma carta aos filipenses: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Filipenses 4:6, 7).

Deus é o Amor infalível, imutável, imparcial, universal e eterno. Esse entendimento supera a compreensão mortal do que é o amor e proporciona um fundamento sólido que nos permite permanecer em plena calma quando confrontados com desarmonia, limitação ou carência. Por conhecermos a Deus como o doador de todo o bem, estamos “preparados” para receber bênçãos abundantes. Nossa oração de gratidão então flui livremente, e somos capazes de reconhecer melhor a harmonia do nosso verdadeiro existir por sermos o reflexo de Deus, o bem.

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