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Original para a Internet

Vença o medo com a confiança

Da edição de novembro de 2020 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 10 de setembro de 2020.


Os tempos em que vivemos estão repletos de mudanças. Mas às vezes é difícil avaliar se as mudanças são boas ou más, pois pode levar meses ou até mesmo anos para avaliar os resultados dessas mudanças.

Isso se aplica não só às nações, mas também à vida de cada um de nós. Aliás, viver com incerteza muitas vezes leva à ansiedade, especialmente a respeito do futuro. Às vezes duvidamos da continuidade da harmonia e do progresso, e tememos influências negativas e destrutivas que possam nos afetar.

Superar o medo não é tarefa fácil, pois o medo parece estar apoiado em fatos. O que os sentidos físicos percebem, ou o que os vários meios de comunicação social apresentam, parece prova tangível do poder do mal. Mas a Ciência Cristã mostra que o mal não é um fato; o mal é uma sugestão mental falsa que vem ao nosso pensamento. A forma como reagimos a essa sugestão tem um efeito profundo em nosso estado de espírito e em nossa experiência.

A base do medo está descrita em Ciência e Saúde com Chave das Escrituras, onde Mary Baker Eddy escreve: “O medo foi a primeira manifestação do erro do senso material” (p. 532). Como a Sra. Eddy explica, o senso material tende a procurar causa e efeito na matéria, ou seja, naquilo que é aparente aos cinco sentidos físicos. Mas essa percepção não é confiável, uma vez que podemos tirar conclusões erradas baseadas em ilusões muito comuns, como por exemplo miragens, ou a aparência de que a terra seja plana, e assim por diante.

Com os sentidos materiais vemos coisas que aparentam ser reais, mas que na realidade são simplesmente sugestões interpretadas de várias maneiras pelos diferentes ângulos pelos quais as pessoas veem as coisas e pelos seus diferentes processos de pensamento. O que talvez possa parecer ruim para uma pessoa é percebido como bom para outra. Assim, o senso material é variável, pois tem como base sua natureza ilusória. Essa faculdade de perceber objetos externos por meio de impressões transmitidas aos órgãos sensoriais do corpo é, portanto, uma delusão.

A Ciência Cristã mostra que o mal não é um fato; o mal é uma sugestão mental falsa que vem ao nosso pensamento.

Mas existe um senso no qual podemos confiar para nos dar informações verdadeiras: o senso espiritual. “Senso espiritual”, conforme Ciência e Saúde explica, “é a capacidade consciente e constante de compreender a Deus” (p. 209). O Glossário desse livro define a Deus como: “O grandioso Eu Sou; Aquele que tudo sabe, que tudo vê, que é todo-atuante, todo-sábio, todo-amoroso e eterno; o Princípio; a Mente; a Alma; o Espírito; a Vida; a Verdade; o Amor; toda a substância, inteligência” (p. 587).

Poder distinguir aquilo que é espiritualmente real, ou seja, a substância perfeita e imutável que emana de Deus, nos permite exercer domínio sobre o medo. Como está escrito em 1 João: “No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo…” (4:18).

Como é que isso funciona? O medo surge da sugestão ilusória de que a matéria imperfeita — limitada, mutável e destrutível — seja a verdadeira substância de uma pessoa, lugar, ou coisa. Mas o senso espiritual traduz essa impressão, mostrando-nos o que Deus vê: toda a Sua criação eterna, imutável, e ideias espirituais infinitas que se movem juntas em harmonia. Cristo Jesus nos explica esse ponto: “Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça” (João 7:24).

Julgar corretamente significa ver as coisas da forma como Deus as criou — incluindo o homem (todos nós) à Sua semelhança, espiritual e perfeito. Afirmar essa semelhança espiritual é reivindicar o fato de que somos um com Deus. Esse ser um com Deus é uma confirmação da nossa inseparabilidade quanto ao bem. Nunca podemos estar distanciados, divorciados, afastados nem separados de Deus, pois Ele nos mantém na nossa verdadeira identidade e natureza espiritual.

Essa identidade é invulnerável a qualquer alegação de que haja uma mente separada de Deus. Se acreditarmos que o homem tenha uma mente pessoal separada, exposta a forças negativas do pensamento, como o medo, temos o antídoto ao compreender a infinidade e a total abrangência da Mente divina. Essa é a maneira de ver e de julgar corretamente, que revela a verdadeira condição espiritual do homem, destruindo assim na consciência e experiência humana a crença de que exista qualquer origem real, exceto Deus.

Cristo Jesus nos mostrou como superar o medo quando estava no Mar da Galileia, com os discípulos, em meio a um grande temporal, e as ondas se arremessavam contra o barco. Jesus estava dormindo na popa. Os discípulos o acordaram e apelaram para sua ajuda. Então ele repreendeu o vento. Na grande calma que se seguiu, Jesus lhes perguntou: “…Por que sois assim tímidos?! Como é que não tendes fé?” (Marcos 4:40).

Nesse exemplo, Jesus mostra que para vencer o medo precisamos ter confiança, precisamos ter fé em Deus e no fato de que Ele mantém harmoniosa a Sua criação. Nossa fé reside na verdade de que a única substância real é a do Espírito, que não está sujeita a nenhuma condição discordante. A Ciência Cristã ensina que as coisas materiais não têm substância real, portanto, o único efeito que podemos realmente vivenciar é uma representação da Vida, da Verdade e do Amor. O medo de qualquer outro efeito se dissipa à medida que compreendemos a onipresença de Deus, o bem.

Um meio pelo qual o medo se infiltra no pensamento é a mídia. Na medida em que as impressões transmitidas pela TV, filmes e internet se baseiam em um senso material de vida, são enganadoras e frequentemente produzem o medo. Mas podemos desalojar essas falsas imagens do nosso pensamento, por meio da compreensão de que a imagem e semelhança de Deus é a única imagem verdadeira. Deus Se expressa em ideias puras e perfeitas, não em doença, pecado ou morte.

Visto que Deus, a Mente, criou todas as coisas espiritualmente, não devemos ficar intimidados por nenhuma aparente condição material. A Mente infinita, conhecendo somente sua própria criação, exclui a possibilidade de outro poder. O medo nunca pode parar a atividade inteligente da Mente, e nós refletimos essa Mente.

Ao pôr em prática a Ciência Cristã, de maneira fiel, os efeitos do medo — a crença na ausência de Deus — podem ser destruídos. Podemos nos regozijar na atividade sanadora de Deus, o contínuo desdobramento do bem.

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