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Original para a Internet

Um novo “normal”?

Da edição de novembro de 2020 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 24 de agosto de 2020.


Durante este período de mudanças nos regulamentos e protocolos sociais, muitas pessoas se perguntam: “Quando poderemos voltar ao normal?” É natural querermos voltar à rotina e aos hábitos de sempre, sem medo nem trauma, e é importante que assim aconteça. Mas talvez a questão ainda mais importante seja: Queremos realmente voltar ao antigo conceito do que é “normal”? Ou poderíamos aprimorá-lo, cultivando em nós os melhores traços de caráter e, ao mesmo tempo, deixando de lado os que são menos desejáveis?   

Como seria se, de agora em diante, todos nos comprometêssemos a ser mais voltados para as coisas do Espírito (ver Romanos 8:6), o que inevitavelmente acarreta mais honestidade, compaixão e alegria, e menos julgamento crítico, condenação ou ódio? Coletivamente, isso geraria mais cooperação e harmonia entre familiares, vizinhos, órgãos públicos, empresas e até partidos políticos opostos. Claro que teríamos de abandonar algumas normas que nos são caras — antigas formas de pensar e de agir que se revelariam pouco satisfatórias.

Há inúmeros exemplos, na Bíblia, nos quais indivíduos encontraram uma vida mais gratificante. Lembro-me de quando os discípulos, depois da crucificação e ressurreição de Jesus, decidiram voltar ao antigo “normal” deles, a pesca. Havendo passado toda a noite sem conseguir apanhar nada, ouviram uma voz vinda da praia a dizer-lhes para lançar as redes “à direita do barco”; assim fizeram, e “já não podiam puxar a rede, tão grande era a quantidade de peixes” (João 21:6).

Era a voz de Jesus. Quando eles perceberam, rapidamente desembarcaram e viram que Jesus havia preparado uma refeição matinal sobre brasas.

Mary Baker Eddy escreveu a respeito desse relato em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Que contraste entre a última ceia de nosso Senhor e seu último desjejum espiritual com os discípulos…! A tristeza de Jesus se transformara em glória, e o pesar dos discípulos em arrependimento — o coração havia sido purificado, e o orgulho, repreendido. Convencidos da infrutuosidade de seu trabalho nas trevas e despertados pela voz do Mestre, eles mudaram de método, deixaram para trás as coisas materiais, e lançaram a rede para o lado direito” (pp. 34–35).

A ordem de Jesus de lançar a rede “à direita do barco” não estava sugerindo uma mera técnica melhor de pescaria; as palavras dele tinham um profundo significado espiritual. Ele os estava estimulando a serem melhores — a se afastarem dos pontos de vista costumeiros e materialistas e a perceberem uma realidade diferente, na qual Deus é o Espírito e todos são filhos espirituais de Deus, e a viverem partindo dessa perspectiva espiritual. Esse modo de pensar, agir e curar mais centrado em Deus, haveria de se tornar o novo “normal” para eles. E pode ser o nosso, também!

Em Efésios, há esta orientação: “…no sentido de que quanto ao trato passado… vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (4:2224). A oração nos sustenta nesse esforço para espiritualizarmos o pensamento. A oração não tem de ser complicada; pode ser simplesmente um voltar-se para Deus, o Amor divino, com humildade e então prestar atenção à resposta divina. É cultivar nossa receptividade ao bem que procede de Deus.

Por meio da oração, reconhecemos nossa união com o Pai-Mãe Deus, cujo incondicional e poderoso amor sanador não conhece limites, e cuja eterna presença nos protege do medo e da doença, e de hábitos ou acontecimentos prejudiciais. Somos filhos e filhas de Deus, puros e amados; essa é a nossa condição normal, portanto, não podemos ser vítimas do mal nem privados do bem, muito menos manifestar anormalidade no corpo ou no comportamento. Quando reivindicamos, por meio da oração, a nossa herança de filhos de Deus, e vivemos em conformidade com essa herança, a humanidade é abençoada e nós podemos expressar na vida diária um “normal” novo e aprimorado. E fica mais forte nossa dedicação pessoal ao perdão, à generosidade e ao amor fraternal.   

Uma importante orientação a esse respeito se encontra na “Oração diária” que Mary Baker Eddy incluiu no Manual dA Igreja Mãe: “ ‘Venha o Teu reino’; estabeleça-se em mim o reino da Verdade, da Vida e do Amor divinos, eliminando de mim todo o pecado; e que a Tua Palavra enriqueça os afetos de toda a humanidade, e a governe!” (p. 41). 

Quando consentimos em ser transformados do modo mostrado por essa oração inspirada, estaremos fazendo a nossa parte em apoio a que um novo e mais aprimorado “normal” surja para a humanidade como um todo, demonstrando o que significa ser cada vez mais governado por Deus.

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