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Original para a Internet

A ‘maldição’ da feitiçaria não resiste ao poder de Deus

Da edição de fevereiro de 2020 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 21 de outubro de 2019.


Uma vez falou Deus, duas vezes ouvi isto: Que o poder pertence a Deus...” — Salmos 62:11 

Glody Mupepe, entusiasta jogador de futebol, e seu pai, Nicolas Mupepe, Praticista da Ciência Cristã, de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, testemunharam esse poder divino em ação quando um feiticeiro foi chamado para intervir durante uma importante partida de futebol em que Glody jogava como goleiro. Na época, Glody tinha vinte e poucos anos.

O relato dos acontecimentos daquele dia foi adaptado para impressão e publicação, gravado durante uma entrevista de rádio ocorrida em abril de 2016 para o “Spiritual Healing Today” [A cura espiritual hoje], um programa sobre a cura pela Ciência Cristã, produzido pelo grupo Radio-Kinshasa e transmitido para os países de língua francesa da África.

Nicolas Mupepe: Na África, se bem que a feitiçaria ainda seja uma prática comum em muitas partes do continente, como Cientistas Cristãos estamos alertas para proteger nosso pensamento contra suas alegações de poder. A expressão “magnetismo animal” na Ciência Cristã, é como se denomina aquilo que se refere a qualquer crença, seja qual for o nome, que atribui poder a algo ou a alguém que não seja Deus. Mas, quando compreendemos que o homem é o reflexo de Deus, inseparável de Deus, o bem, essa crença não nos pode causar dano. Aliás, aprendemos na Ciência Cristã que o homem é espiritual, feito à imagem e semelhança de Deus, e que nenhum dano pode sobrevir a nenhum filho de Deus. Estar ciente dessas verdades é a melhor proteção que podemos ter. Isso é o que foi demonstrado na maravilhosa cura do meu filho.

Glody Mupepe: Era domingo e eu estava escalado para jogar uma partida de futebol na disputa pelo título do campeonato em Kinshasa. Nossa equipe realmente precisava vencer para assumir o primeiro lugar.

Antes dos meus jogos, costumo me preparar espiritualmente, como aprendi na Escola Dominical da Ciência Cristã. Com isso, quero dizer que oro para compreender a supremacia e o poder de Deus. Frequentemente, me ajuda muito ler a Bíblia, que tem muitas referências ao poder e à proteção de Deus. Por exemplo, estes versículos no Salmo 91: “O que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente diz ao Senhor: Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem confio. Pois ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa. Cobrir-te-á com as suas penas, e, sob suas asas, estarás seguro; a sua verdade é pavês e escudo” (versículos 1–4).

Também no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, gosto de estudar os capítulos “A Ciência Cristã frente ao espiritualismo” e “Desmascarado o magnetismo animal”, que enfatizam a Deus como o Tudo-em-tudo, e também a irrealidade e a ausência de poder no mal.

Preparar-me espiritualmente, sobretudo para esses grandes jogos, é importante porque as equipes técnicas dos times de futebol tomam todas as medidas possíveis para garantir que seus times vençam os jogos, o que pode significar que tenham de apelar a um feiticeiro, para que este venha ao campo de futebol e comece a cantar durante o jogo. Um feiticeiro é alguém que se consulta quando se precisa de ajuda. As pessoas o reconhecem pelo colar e pelo objeto que segura na mão. Às vezes, ele usa um longo manto branco. Seus pacientes utilizam um amuleto ou o popular “gris-gris” que, de acordo com algumas crenças, protege seu portador contra todos os males, e acredita-se também que, por meio do amuleto, o paciente consiga o que deseja.

No domingo do meu grande jogo, cheguei atrasado e fui imediatamente para o campo. Assim que o jogo começou, eu me senti desconfortável. Não conseguia fazer boas defesas para o meu time. Durante o segundo tempo, deixei passar três gols. Foi então que a equipe técnica do nosso time chamou um feiticeiro. Quando ele viu que estávamos perdendo de 3 a 0 e que também estávamos perdendo a chance de promover nosso time à liga de honra, ele sugeriu que um jogador do nosso time fosse sacrificado. A maioria da equipe técnica concordou. O feiticeiro então declarou que eu tinha “o sangue da vitória”. Em outras palavras, que eu poderia trazer a vitória para a nossa equipe, se eu fosse sacrificado. Naturalmente, estando em campo, eu não sabia que isso estava acontecendo.

Um membro da nossa equipe técnica me trouxe uma água para beber, que o feiticeiro havia “preparado”. Assim que a bebi, senti um calor percorrer todo o meu corpo, pois provavelmente essa água estava envenenada. Enquanto eu gritava de dor, meus colegas começaram a marcar gols. Caí no chão quando o terceiro gol foi marcado. Então, perdi a consciência, mas eu ainda podia ouvir as pessoas falando ao meu redor, mas suas vozes soavam muito distantes e indistintas.

Meu irmão mais velho também viera assistir ao jogo. Muitos, incluindo o vice-presidente da equipe técnica, queriam me levar ao hospital, mas meu irmão, que também é estudante da Ciência Cristã, garantiu a todos que ele conhecia outro método que rapidamente me restauraria a saúde. Em seguida, ele me levou para fora do campo.

Meu irmão estava orando, e eu podia ouvi-lo a dizer-me que eu era filho de Deus e que Deus estava me protegendo e me governando. Ele me disse que há apenas um poder — Deus — e que Deus é o bem. Portanto, não há nenhum poder oposto a Deus capaz de me hipnotizar, fazendo-me acreditar que eu poderia ser vítima de influências maléficas.

Deus é o único poder ou influência, a única inteligência, a única presença.

Meu irmão me pediu para repetir com ele a Oração do Senhor, mas eu não tinha forças para falar. Ele disse em voz alta “a declaração científica sobre o existir” do livro-texto da Ciência Cristã, que começa assim: “Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria. Tudo é a Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo” (Ciência e Saúde, p. 468).

Quando meu irmão terminou, ele me chamou de novo pelo meu nome, e dessa vez eu abri os olhos. Como não conseguia me levantar, ele decidiu ligar para o nosso pai, Praticista da Ciência Cristã, para que orasse por mim. Meu pai pediu que o telefone fosse colocado perto do meu ouvido para que eu pudesse ouvir o que ele ia me dizer. Ele me deu um tratamento pela Ciência Cristã por alguns minutos e depois desligou.

Naquele momento, senti que minhas forças estavam voltando e comecei a ver claramente as coisas ao meu redor. Levantei-me, troquei de roupa (eu ainda estava com meu uniforme de futebol) e fui para casa com meu irmão. Os membros da equipe técnica ficaram surpresos, porque não acreditavam que eu pudesse me recuperar. Quando cheguei em casa, eu estava completamente curado. O jogo terminou empatado em 3 a 3. Voltei a treinar no dia seguinte e até hoje ainda jogo futebol. Agradeço ao nosso Pai-Mãe Deus por essa grande prova de proteção divina.

Nicolas Mupepe: No domingo em que recebi o telefonema do meu filho mais velho sobre o problema do Glody, o primeiro pensamento que me ocorreu foi saber que ele nunca está fora da presença de Deus, porque Deus é Tudo. Assegurei ao Glody que tudo estava bem, que Deus é a Vida — sua una e única vida — e que na Vida divina há somente harmonia. Nada existe separado de Deus, portanto, não há nenhum poder maligno com capacidade de causar dano ou de influenciar alguém. Compreendi que precisávamos demonstrar que a única influência atuando naquele momento — e em todos os momentos — era a influência de Deus, o bem.

Na Bíblia lemos: “Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura” (Isaías 42:8). Essa passagem realmente me ajuda a compreender que Deus não compartilha Seu poder com ninguém nem com coisa alguma. Ele é o único poder ou influência, a única inteligência, a única presença.

Enquanto pensava sobre esse versículo com relação ao Glody, raciocinei da seguinte maneira: Como Deus é supremo — o único poder — os amuletos não têm nenhum poder. Eles são sem inteligência e incapazes de agir. Meu filho só pode sentir os efeitos harmoniosos do poder de Deus. Não existe um poder oposto que possa interferir na manifestação da Vida divina no homem, expressa em saúde, nem destruir essa manifestação. Visto que Deus é a única Mente e meu filho reflete essa Mente, ele tem a inteligência da Mente e a capacidade de pensar com clareza. Portanto, esse garoto está capacitado para vencer o desafio que está enfrentando. Visto que Deus é a única presença, ele não pode sentir nada além da proteção e da influência do Amor agora e sempre.

Há uma frase em Ciência e Saúde da qual eu gosto muito. Ela declara: “Deus é ao mesmo tempo o centro e a circunferência do existir” (pp. 203–
204). Eu realmente compreendi que Deus é o centro da vida do meu filho e nada mais é esse centro. Na frente, atrás, à direita e à esquerda, existe apenas Deus. Onde quer que ele vá, ele está envolvido no amor de Deus.

Essas foram algumas das coisas que eu disse ao Glody ao telefone. No final do nosso telefonema, chamei-o pelo nome e disse-lhe: “Seus irmãos precisam de você, seu time precisa de você, o mundo precisa de você; eles precisam da sua espiritualidade e de todas as suas inúmeras outras boas qualidades”. Então concluí o telefonema, pedindo ao meu outro filho que me mantivesse informado sobre o progresso do irmão.

Uma hora depois, eles me ligaram para dizer que o Glody havia se recuperado e já estava em casa. Quando eu o vi mais tarde naquele dia, estava completamente restabelecido, com suas faculdades intactas.

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