Certa noite, eu estava colocando a louça na máquina de lavar, e pensei: “Se ao menos não precisasse gastar dinheiro com a comida da babá, eu poderia quitar minhas dívidas mais rapidamente”.
Sei que isso parece um tanto estranho. Falando seriamente, quanto dinheiro eu poderia economizar não pagando a comida da babá? Mas era assim que eu me sentia na época.
Então, tive o que chamo de pensamento divino. Não veio de mim, veio de Deus. Eu estava em pânico, tentando encontrar maneiras de economizar e ganhar dinheiro vendendo alguns dos meus pertences. Mas a mensagem que me veio estava cheia de paz e era tranquilizadora: “Não se preocupe. Você não está gastando ‘seu’ dinheiro com a babá. Você está compartilhando com ela Meu suprimento [com M maiúsculo, porque Deus é quem estava falando]. O suprimento não vai acabar”.
Uau! Isso era algo sobre o qual refletir.
Lembrei-me imediatamente deste versículo da Bíblia: “...de graça recebestes, de graça dai” (Mateus 10:8). E, de repente, tive um senso totalmente novo do que isso significava. Se o bem vem constantemente de Deus — e já tive inúmeras provas na minha vida que confirmam isso — eu não precisava tentar “segurar” o bem dessa maneira.
Parei de pensar que eu precisava garantir o bem para minha filha e para mim, e comecei a ver como era muito melhor compartilhar com todos o bem que Deus dá a mim e a todos, a todo momento.
Essa mudança de pensamento teve grande significado em minha vida. Primeiro, deixei de ser mentalmente mesquinha e parei de sentir medo. Sumiu a dor de estômago que sentia todas as vezes em que pagava a conta no supermercado! Ganhei um senso mais amplo do verdadeiro suprimento — o suprimento espiritual. Comecei a ver que, quanto mais eu expressava o Amor divino, mais rica eu me sentia. Eu sabia que o propósito de minha vida não poderia vir a faltar no final do mês, e que minha capacidade de refletir a inteligência de Deus sempre seria ampla.
Nessa mesma época, o pai de uma das amigas da minha filha perguntou à meninada: “Vocês são ricos, ou são muito ricos?” Ele disse que as pessoas acham que é o dinheiro que nos torna ricos, mas o que realmente nos torna ricos é a família, são os amigos e é o fato de sermos pessoas boas.
Mary Baker Eddy, a Descobridora da Ciência Cristã, foi mais longe em seu argumento. Ela escreveu: “Deus te dá Suas ideais espirituais, e elas, por sua vez, te dão o suprimento diário” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883–1896,p. 307).
Senti mais gratidão por todo o bem que tinha na minha vida, e, quanto mais eu agradecia, mais o bem se multiplicava. Esse foi um momento muito decisivo para mim. Algumas semanas depois, um belo apartamento, pelo qual eu estivera por anos em lista de espera, ficou disponível. Ele tinha uma vista linda — e o custo mensal era consideravelmente menor. Depois, consegui um emprego melhor, com um salário muito melhor. Embora eu tivesse calculado que ainda levaria uns dois anos para me recuperar financeiramente, consegui saldar todas as dívidas em nove meses e, depois disso, minha situação financeira tem sido estável.
Algo importante é que tenho compartilhado a abundância que Deus me dá — sem me preocupar — e isso desde aquele momento em que Deus me alertou de que há o suficiente para todos. As ideias espirituais vindas de Deus e que nos chegam continuamente, enriquecem de verdade nossa vida e o fazem da maneira correta.
Mas ainda tem mais. Há alguns anos, tive de abrir mão daquele apartamento para me mudar para outro estado, devido ao meu trabalho. Minhas despesas duplicaram, mas o salário não mudou. No início, fiquei nervosa com a mudança e achei que meu padrão de vida poderia ficar comprometido.
Lembrei-me, então, da promessa de Deus de que o suprimento não acaba. Eu sabia que podia confiar nesta afirmação de Miscellaneous Writings: “Nunca peças para amanhã: é suficiente o fato de que o Amor divino é uma ajuda sempre presente; e se esperares, jamais duvidando, terás todo o necessário, a cada momento” (p. 307). Não somente eu podia confiar nessa afirmação, mas também poderia ver o resultado na prática. E de fato vi.
Gosto muito do meu belo apartamento; minhas economias não diminuíram e minha vida está mais rica do que nunca.
