Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer
Original para a Internet

Como tomar decisões de caráter moral

Da edição de fevereiro de 2020 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 2 de dezembro de 2019.


As decisões morais têm consequências. Às vezes, são consequências graves, como demonstrado há muito tempo por um conhecido que, ao honrar uma promessa solene diante de uma forte tentação de fazer o contrário, foi salvo de viajar no Titanic. Embora nem sempre as consequências sejam tão dramáticas, o resultado de se tomar decisões morais é sempre nos aproximar de Deus e nos isentar dos efeitos desagradáveis da desobediência.

Muitos adolescentes e jovens adultos — como também muitos outros — têm de enfrentar a escolha moral de viver ou não um estilo de vida mais permissivo. Especialmente, se devem ou não beber, fumar ou se envolver em sexo pré-marital ou extramarital.

Quando se trata de tentação, é sempre melhor optar pela abstinência do que pela indulgência. Mas a questão real a ser considerada, ou seja, a questão que coloca nossa obediência à lei moral sobre o fundamento mais firme, é o motivo que está por trás da abstinência. Não se trata apenas daquilo de que estamos abdicando, mas também da razão pela qual estamos nos esforçando para abster-nos. O que importa não é apenas abster-se de tomar um trago. É também o que essa renúncia representa. E o que essa renúncia deve representar é uma determinação de remover qualquer obstáculo, qualquer dependência que diminua nossa confiança em Deus ou nossa dedicação ao crescimento espiritual. Aquilo a que temos de renunciar deve ser toda e qualquer tentação de apoiar-nos na matéria como meio de conseguir sermos aceitos na sociedade ou para compensar quaisquer sentimentos de inadequação. É nisso que a publicidade sobre produtos derivados do tabaco, cigarros eletrônicos e bebidas alcoólicas procura capitalizar.

O fascínio das tentações do mundo é a crença de que elas nos tornarão mais atraentes, mais aceitáveis, ainda mais másculos no caso dos homens ou mais femininas no caso das mulheres. Mas será que Deus exige que adotemos hábitos destrutivos para melhorar a nós mesmos ou para nos sentir mais amados? A verdade é que temos tudo o de que necessitamos exatamente agora: a beleza imperecível, a segurança do grande amor que Deus tem por nós, o valor e a grandeza confiáveis da nossa individualidade espiritual. A identidade e a individualidade espirituais do homem são formadas e mantidas por Deus, e estão seguras sob Sua guarda em todos os momentos.

Só uma única influência governa o homem, que é o reflexo espiritual de Deus. Como Mary Baker Eddy escreve em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, há “uma influência divina sempre presente na consciência humana” (p. xi). Não há outra influência — o que significa que não há nenhuma outra (tal como a teosofia, que postula a verdade como inteiramente relativa) que tenha autoridade ou poder para usar, confundir, enganar, ludibriar ou desorientar alguém, sem o seu consentimento.

Na proporção em que tivermos uma noção clara sobre isso, não sentiremos as dores de um desejo humano não satisfeito; não nos sentiremos tentados a basear nossa felicidade no que é prejudicial e perecível; não nos deixaremos julgar pelo conteúdo de um copo que estamos segurando em uma festa. Cada um de nós, como filhos e filhas de Deus, está, nas palavras de um hino favorito: “satisfeito, belo, são e bom” (Susan F. Campbell, Hinário da Ciência Cristã, 149, trad. © CSBD). E somos capazes de vivenciar essa realidade.

Só uma única influência governa o homem, que é o reflexo espiritual de Deus.

Às vezes, argumenta-se que é necessário experimentar o pecado para se ter certeza de que o pecado é errado. Mas o pecado não é inevitável, assim como não é necessário tirar um peixe da água de vez em quando e cobri-lo de terra para que ele se desenvolva com maior vigor em seu próprio ambiente, como explica Ciência e Saúde (ver p. 413). Esse não é um processo necessário nem para peixes nem para homens e mulheres.

Sobre esses assuntos, a Sra. Eddy é inconfundivelmente clara. “A Ciência Cristã ensina: ...abstém-te do álcool e do tabaco; ...”, escreve ela em The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany[A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], p. 114). Aliás, em Ciência e Saúde ela diz: “...o uso do fumo ou de bebidas alcoólicas não está em harmonia com a Ciência Cristã” (p. 454). Ela é igualmente clara sobre a questão do sexo pré-marital e extraconjugal. Fora do contexto de um compromisso permanente, as relações sexuais podem ser um substituto, em vez de um complemento, à verdadeira intimidade, obscurecendo assim nosso julgamento ao tomarmos a decisão crucial com relação a se devemos casar ou com quem casar. Quanto ao que realmente significa a verdadeira intimidade, está enumerado pela Sra. Eddy no capítulo sobre o matrimônio em Ciência e Saúde, e inclui ternura, bondade, virtude, pureza, ambição isenta de ego e nobres motivos de vida.

Nesse capítulo, também lemos sobre a castidade, que leva ao padrão moral de confinar as relações sexuais à aliança do casamento, o que difere do padrão espiritual da abstinência total. “A castidade”, declara a Sra. Eddy em uma poderosa frase, “é o cimento da civilização e do progresso”, e define as consequências da ausência de castidade. A implicação coletiva é: “Sem ela não há estabilidade na sociedade...”; a implicação individual é: “...sem ela não se pode alcançar a Ciência da Vida” (p. 57). A ausência de castidade, ela deixa bem claro, é um empecilho ao crescimento espiritual. Mas é exatamente esse o crescimento necessário para alcançar os níveis mais elevados da nossa possibilidade de estar ao serviço da humanidade. 

Nunca é tarde demais para cumprir com esse padrão moral e alcançar as bênçãos que a obediência confere, conforme maravilhosamente exemplificado pela mulher chamada Maria Madalena, no relato na Bíblia, da qual Jesus expulsara “sete demônios”, o que depois a levou a ser primeira a ver o Cristo ressuscitado (ver Marcos 16:9).

Podemos nos perguntar: “Se a Sra. Eddy soubesse naquela época o que sabemos agora, nesta nossa época de tolerância e de não emitir críticas, teria ela escrito algumas partes de Ciência e Saúde de maneira diferente?” Ou: “Poderia o que ela escreveu representar meramente os pontos de vista pessoais e fora de moda de uma mulher da era vitoriana?”

Mas a Sra. Eddy não inventou esses ideais. Eles foram extraídos da mensagem espiritual contida na Bíblia, vinda de Deus, a qual foi endossada por Cristo Jesus. Como tal, a sabedoria escrita nas páginas de Ciência e Saúde possui uma vida útil eterna, não apenas de meras décadas. “Eu me ruborizaria por escrever a respeito de ‘Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras’ da maneira como o fiz, se ele fosse de origem humana, e se eu, sua autora, estivesse separada de Deus” (Miscellany, p. 115).  

A Sra. Eddy, no entanto, não esperava que as pessoas seguissem esse conselho por meio de uma fé cega. Ciência e Saúde desafia seus leitores a discernir as verdades espirituais e morais nele contidas e colocá-las em prática, provando assim para si mesmas a Ciência do Cristianismo. Dessa maneira, aprendemos como a obediência estimula nosso progresso espiritual e nos isenta das tristes consequências de fazer o contrário. Tudo isso faz parte daquilo que Ciência e Saúde descreve como o processo de assimilar mais do caráter divino (ver p. 4), tornando possível iluminar um mundo envolto na escuridão do relativismo moral.

Quando se trata de tomar decisões morais inteligentes, Paulo, o grande evangelista cristão, foi o que melhor indicou os desafios envolvidos: “Não sabeis”, pergunta ele, “que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça?” (Romanos 6:16).

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / fevereiro de 2020

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.