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Original para a Internet

Harmonia na sala de aula

Da edição de abril de 2020 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 15 de outubro de 2020.


Quando ingressei na faculdade, mudei bastante meu modo de ser: deixei de ser uma pessoa triste e infeliz, e tornei-me muito mais alegre e amorosa. Não foi fácil, mas a mudança ocorreu naturalmente, por meio do que eu havia começado a aprender na Ciência Cristã. Compreendi que Deus é o Amor, que criou cada um de nós à Sua própria imagem. Com essa compreensão, passei a amar de forma mais plena, tanto a Deus e ao meu semelhante, quanto a mim mesma.

Esse desejo de expressar o amor de Deus para com os outros, me motivou mais tarde a tornar-me professora de crianças especiais. Nem sempre era fácil manter a turma harmoniosa e feliz, mas eu tivera a oportunidade de constatar, nos tempos de faculdade, como a compreensão da verdadeira natureza de Deus e do homem pode fazer uma diferença significativa.

Por isso, todos os dias eu entrava na sala de aula com a compreensão de que meus alunos eram dotados de uma individualidade mais profunda do que aquela que aparecia à primeira vista, e eu me recusava a aceitar um mau comportamento como uma característica real da identidade dos alunos. Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy, a Descobridora da Ciência Cristã, explica: “Jesus reconhecia na Ciência o homem perfeito, que lhe era visível ali mesmo onde os mortais veem o homem mortal e pecador. Nesse homem perfeito o Salvador via a própria semelhança de Deus, e esse modo correto de ver o homem curava os doentes” (pp. 476–477). Já que todos são, em sua verdadeira identidade, feitos à imagem e semelhança de Deus, um comportamento anormal e inapropriado não faz parte da verdadeira natureza espiritual de ninguém.  

Manter em mente o modo como Deus vê esses estudantes me ajudou de maneiras tangíveis. Por exemplo, um dia um aluno (digamos que seu nome seja André), entrou furioso na sala de aula e jogou no chão um copo de refrigerante. Eu sabia que o que era mais necessário, naquele momento, era amor, compreensão e orientação, e não condenação. Imediatamente, pensei na verdadeira natureza espiritual de André, não a de um adolescente furioso, mas a de uma ideia de Deus, calma, contente, amorosa, pacífica e produtiva (não destrutiva), um filho amado de Deus.

Assim, abrandaram-se meu medo e espanto por aquele acontecimento inesperado. André se acalmou e até conseguiu terminar as tarefas da aula. E, durante todo o período em que foi meu aluno, demonstrou mais e mais alegria e domínio sobre o comportamento nervoso e agressivo. As pessoas que o haviam conhecido antes falavam do grande progresso que estavam vendo. Tempos depois, quando ele foi transferido para outra escola, voltou para me visitar e agradecer pelo ambiente pleno de amor e incentivo que ele havia encontrado em nossa sala de aula.

Quer sejamos professores, quer não, cada um de nós pode escolher a atitude a ser tomada frente a qualquer acontecimento. Podemos reagir com raiva e impulsividade, ou podemos nos ater à verdade sobre a natureza espiritual de cada indivíduo. Vezes sem conta tenho visto que a segunda opção traz os melhores resultados para o cenário humano.

É importante que não vejamos apenas os outros sob essa luz espiritual, mas também a nós próprios. Podemos reconhecer que nossa capacidade de ajudar as pessoas vem de Deus, cujo amor se expressa em todos nós, propiciando conforto e orientação. E podemos nos dispor a deixar de lado toda e qualquer tendência a ruminar conflitos do passado. Em vez disso, podemos começar cada dia considerando-o uma nova oportunidade de ver a nós mesmos e os outros da mesma maneira como Deus nos vê e nos ama. Esse modo de ver elimina o medo, a frustração e o ressentimento, e abre o caminho para a cura.  

Podemos confiar em Deus para nos guiar em harmonia a cada novo dia. Como diz a Bíblia: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã...” (Lamentações 3:22, 23). 

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