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Original para a Internet

O valor da moderação

Da edição de abril de 2020 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 30 de janeiro de 2020.


Quando comecei a refletir de maneira mais profunda sobre o que significa ser moderado, seja no modo de pensar seja no de viver, eu ainda não tinha a certeza de que isso teria aplicação prática nos dias de hoje e nesta época. Frequentemente, espera-se que, para levar uma vida bem sucedida, precisamos, às vezes, chegar a extremos no tempo dedicado ao trabalho ou ao estudo. Não é raro que jovens profissionais sejam colocados em posições em que as horas e a quantidade de trabalho exigidas excedem em muito o que é geralmente considerado uma semana normal de trabalho.

Outro exemplo pode ser a forma como pensamos sobre alimentação e dieta. Refletindo sobre a moderação, eu percebi que se tornou comum para muitos, e eu me incluo, tomar uma posição extrema com relação à alimentação, ou seja, ficar muito atento e, por vezes, ser restritivo, quanto ao tipo de alimentos que ingerimos e à quantidade do que comemos, pensando em manter um físico saudável.

Na Bíblia, o apóstolo Paulo nos aconselha seriamente: “Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens...” (Filipenses 4:5). Um dicionário define moderação como: “prevenção contra extremos nas ações, crenças, ou hábitos das pessoas” e lista a temperança como um sinônimo.

Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy inclui a temperança entre as qualidades morais de transição. Essas qualidades, cultivadas de forma natural e inspirada, demonstram um grau de pensamento e caráter que está em transição, do ponto de vista material, mortal, para um ponto de vista cada vez mais espiritual. A Sra. Eddy identifica as seguintes qualidades de transição: “Senso humanitário, honestidade, afeto, compaixão, esperança, fé, mansidão, temperança” (p. 115).

Levando em conta que a temperança e a moderação têm sua fonte em Deus, que é inteiramente bom, essas qualidades nunca poderiam ser difíceis de serem praticadas, qualquer que seja a época. Comecei a orar para praticá-las mais em minha própria vida. Aliás, à medida que eu crescia em minha compreensão de Deus, o Espírito, e de que o homem é a ideia, o reflexo espiritual de Deus, a moderação se tornou cada vez mais presente em minha experiência diária. Como resultado, as opiniões e atitudes extremas foram reveladas e eliminadas. Enfrentando com a oração cada uma das crenças e atitudes extremas, a minha vida chegou a um maior equilíbrio e a mais harmonia.

Voltando ao exemplo da alimentação, tive de superar um ponto de vista extremo a respeito do que fazia bem ou mal na comida. Refleti sobre o que Cristo Jesus disse: “...não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?” (Mateus 6:25). À medida que eu adotava as palavras de Jesus e o exemplo cristão, crescendo em minha compreensão espiritual, deixei de dar ênfase extrema ao tipo de alimento que eu consumia. Deixei naturalmente de me preocupar com os efeitos dos alimentos que eu ingeria e simplesmente passei a comer de tudo em quantidades moderadas. Isso ocorreu sem que eu tivesse de me esforçar; foi o efeito do Espírito agindo na consciência humana, purificando e elevando meu pensamento. Embora eu não estivesse tentando perder peso, também reduzi cerca de dois números o tamanho das minhas roupas, e permaneci assim a partir daí. 

Levando em conta que a temperança e a moderação têm sua fonte em Deus, essas qualidades nunca poderiam ser difíceis de serem praticadas.

Não existe nenhuma lei ou poder oposto que possa negar a legítima moderação em nossa vida. Paulo escreveu: “...o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (Gálatas 5:22, 23). Ciência e Saúde nos ajuda a compreender melhor essa lei do Espírito. Na página 594, o Espírito é definido como: “A substância divina; a Mente; o Princípio divino; tudo o que é bom; Deus; só aquilo que é perfeito, eterno, onipresente, onipotente, infinito”. 

Se considerarmos que as qualidades da temperança e moderação são "frutos", podemos começar a entender que são efeitos de uma causa maior. Um fruto cresce de uma planta, por isso o fruto em si mesmo é o resultado do crescimento da planta e de suas funções naturais. Não se pode ter o fruto sem a planta. Da mesma forma, a moderação e a temperança não podem existir sem a fonte que faz com que elas se manifestem. Elas são "frutos" da única fonte grandiosa e vital: o Espírito, Deus.

Por sermos a imagem e semelhança de Deus, o Espírito, nós não podemos deixar de expressar "o fruto do Espírito", assim como uma planta não pode decidir por si mesma e dizer: "Não, este ano não vou produzir nenhum fruto! Sinto muito". As qualidades morais e espirituais são inatas em cada um de nós. Portanto, se nos encontramos em qualquer situação em que estejamos sentindo o profundo e sincero desejo de viver com mais moderação ou temperança, podemos reivindicar nosso direito, dado por Deus, de manifestar essa moderação e ver as bênçãos que ela traz em nossa vida.

E se algum pensamento tentar nos convencer de que não somos capazes disso, podemos confiar na afirmação de Paulo de que "contra estas [qualidades] não há lei". Assim como o fruto não pode existir por si mesmo, mas precisa da planta inteira para brotar e amadurecer, nós podemos descansar no fato de que não é por meio da nossa própria vontade ou esforço que temos de expressar essas qualidades. À medida que compreendemos melhor a Deus, e a nós mesmos como Suas ideias, o fruto, a expressão prática dessa compreensão, cresce naturalmente em nós.

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