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Original para a Internet

Defesa contra a vulnerabilidade

Da edição de junho de 2020 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 17 de fevereiro de 2020.


Parece, às vezes, que a existência humana está em constante vulnerabilidade. As manchetes dos jornais certamente dão suporte a essa crença. Pode parecer que estamos diariamente sendo confrontados com a sugestão de que somos seres vulneráveis. Será que é possível sentir a confiança de que nossa saúde, bem-estar e segurança estão a salvo, que não estão em perigo de algum tipo de ataque?

A Ciência Cristã nos ajuda a obter a profunda compreensão espiritual de que estamos seguros em Deus. Ela começa com o reconhecimento de que Deus é Tudo-em-tudo, é o Ser Divino ilimitado, atemporal, o Espírito infinito. Essa todo-poderosa força, que é invisível mas é profundamente percebida, é o Amor divino, que é refletido pelo homem espiritual. Esse homem que Deus criou não é aquele ser mortal e material que segue o conceito de homem comumente aceito, mas é, isso sim, a imagem e semelhança do Espírito divino. Essa é a verdadeira identidade de cada um de nós.

A verdade espiritual de que há uma relação ininterrupta entre Deus e o homem talvez seja difícil de conceber. A consciência mortal, por não perceber a realidade espiritual, agarra-se à percepção de uma realidade material e resiste às verdades da real natureza espiritual do homem. Essa relutância em compreender nossa natureza espiritual faz com que nos sintamos fora do cuidado de Deus, o que acaba induzindo ao medo de que a harmonia e o bem-estar estejam à mercê de uma existência imprevisível.

Contudo, em vez de se voltar a Deus para se libertarem desse medo, muitos buscam a paz e a tranquilidade em outras direções, como pensamento positivo, meditação, exercícios e outras práticas que prometem acalmar as ansiedades provenientes de um senso mortal de existência. Incontáveis livros, seminários, podcasts, com conselhos bem intencionados, oferecem métodos para vencer o medo.

Cristo Jesus explicou certa vez aos discípulos: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado com as ovelhas” (João 10:11–13). Aqui, o mercenário poderia representar aquelas tentativas e métodos da mente humana de se proteger contra o medo do mal recorrente, e contra as limitações que esse medo traz. A divulgação dessas práticas pode ter as melhores intenções e, por algum tempo, algumas delas parecem fazer um bom trabalho no “cuidado das ovelhas”. Mas, quando surgem desafios mais graves, acaso essas práticas se mostram eficazes? Ou, como o mercenário, elas “fogem” sem oferecer nenhuma proteção?

O mercenário foge, quando confrontado com o perigo, porque não tem interesse pelas ovelhas, e elas se tornam momentaneamente vulneráveis ao mal. Mas o Cristo tem interesse, porque as ovelhas lhe pertencem. O pastor, a quem cada uma das ovelhas pertence, está sempre disponível para enfrentar o desafio. O Cristo, que Jesus manifestou com plenitude, expressa a natureza espiritual de Deus e nos pastoreia, transmitindo a mensagem de Deus para a consciência humana individual. O Cristo é uma influência divina sempre presente, que nos leva a reconhecer que nosso existir espiritual não pode ficar sem Deus, e que Deus não fica nunca sem Sua expressão. O Cristo, com suavidade, persistência e poder, lembra-nos de que o homem é o pleno reflexo de Deus, sem atraso nem ausência momentânea. 

Não pode haver lacuna alguma nessa relação eternamente refletida; não há reflexo parcial, meio reflexo ou reflexo ocasional. Os raios do sol não são meio quentes nem as gotas de água do oceano são meio molhadas. Mary Baker Eddy escreve em sua principal obra, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “A Ciência divina do homem é tecida em uma só peça consistente, sem costura nem rasgão” (p. 242). Afirmar nossa relação ininterrupta com o Amor divino nos capacita a defender-nos continuamente do medo de que sejamos vulneráveis ao perigo. O Amor divino conserta o “rasgão” do medo que parece criar uma divisão, e restaura-nos à nossa natural existência “sem costura”, integral.

A parábola de Jesus faz com que eu me empenhe continuamente por reconhecer que o Cristo está sempre presente e que o senso de vulnerabilidade não tem lugar na nossa consciência. Isso me proporciona um senso maior de paz e segurança em tudo o que faço. A Verdade divina é o Pastor que guarda nosso pensamento e nossa vida, fazendo com que sejamos suscetíveis apenas ao bem e à proteção do Amor 

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