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Original para a Internet

Mary Baker Eddy: Falando por experiência

Da edição de junho de 2020 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 4 de maio de 2020.


“A oração que reforma o pecador e cura o doente é uma fé absoluta em que tudo é possível a Deus — uma compreensão espiritual acerca dEle, um amor isento de ego. Independentemente do que outros possam dizer ou pensar a esse respeito, eu falo por experiência.” 

Essas são as primeiras frases do primeiro capítulo de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras (p. 1). Toda vez que leio as palavras “falo por experiência”, sinto como se a autora, Mary Baker Eddy, estivesse pondo o braço nos meus ombros, dizendo que ela já esteve onde eu estou agora. Suas palavras me asseguram de que, se minhas orações estiverem fundamentadas no Princípio divino e nas regras explicadas em Ciência e Saúde, elas me levarão a uma compreensão mais espiritual de Deus e de Sua ideia, o homem (que significa todos nós), e que resultarão em cura.

A primeira metade da vida da Sra. Eddy foi cheia de lutas. No entanto, as dificuldades que ela enfrentou: doença crônica, viuvez aos vinte e poucos anos, separação de seu único filho e um segundo casamento difícil que terminou em divórcio, fizeram com que ela se voltasse mais insistentemente para Deus. Por apoiar-se cada vez mais nEle e procurar respostas na Bíblia, ela estava preparada para um evento glorioso.

Em 1866, depois de sofrer ferimentos graves e, sentindo que, escreve ela, “já me achava na sombra do vale da morte”, abriu a Bíblia e leu um relato sobre uma das curas realizadas por Jesus. Em um momento de clareza espiritual, ela vislumbrou que sua vida — e todo o existir real — estava em Deus, o Espírito infinito, e que “a Vida, a Verdade e o Amor são todo-poderosos e sempre presentes” (Ciência e Saúde, p. 108). Isso significava que tudo o que dá testemunho de que exista vida na matéria é testemunho falso e não tem poder. Com essa constatação, ela ficou instantaneamente curada.

Depois, começou a trabalhar com o objetivo de compreender como sua cura havia ocorrido. Dedicou-se a um estudo profundo das Escrituras. À medida que crescia sua compreensão espiritual do Princípio da cura divina, ela testava minuciosamente o que estava aprendendo ao curar outros, e constatou que a Verdade é hoje tão poderosa para curar, como nos primeiros dias do Cristianismo. Ao reconhecer que esta Ciência Cristã era o Consolador, o Confortador prometido por Jesus, ela foi capaz de curar, por exemplo, tuberculose e câncer nos últimos estágios, e restaurar a visão aos cegos e a audição aos surdos.

Embora enfrentasse grande resistência da sociedade e do clero, ela foi divinamente impelida a compartilhar sua descoberta, ensinando outros a curar, e escrevendo o livro Ciência e Saúde. Portanto, hoje todos aqueles que aceitam o Princípio divino conforme explanado nesse livro-texto, estão capacitados para comprovar na vida prática os ensinamentos de Cristo Jesus e, assim, as curas físicas realizadas por meio do Cristo, a Verdade, continuam a ocorrer.

Em Ciência e Saúde, Mary Baker Eddy nos leva consigo, em sua jornada. Ela nos diz: “As pesquisas e experimentos médicos da autora haviam-lhe preparado o pensamento para a metafísica da Ciência Cristã”. Referindo-se aos anos anteriores à sua descoberta, ela acrescenta: “O ato de depender da matéria lhe havia falhado por completo na procura da verdade; e agora ela compreende por quê, e reconhece os meios pelos quais os mortais são divinamente impelidos para a fonte espiritual em busca de saúde e felicidade” (p. 152). Ela explica que suas inúmeras revisões do livro-texto mostram seus esforços para compreender e registrar a Ciência divina da forma mais clara (ver p. 361).

Ao longo de todo o livro, ela relata suas lutas e triunfos com profunda humildade, e apresenta um retrato claro de sua vida como a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã. Por meio desses relatos, o leitor pode compreender e apreciar o trabalho, o sacrifício pessoal e o amor despojado de ego que estão por trás de cada palavra impressa. A Sra. Eddy sabia que o propósito de Deus para o seu livro era abençoar e curar a humanidade, e para ela foi uma grande alegria dá-lo a seus semelhantes. Ao compartilhar sua experiência nesse livro, ela deixa claro que sua descoberta da Ciência Cristã (a Ciência divina do Cristo) foi designada por Deus e dirigida por Ele — uma revelação que proporciona à humanidade salvação de todo tipo de sofrimento. Isso significa que, por mais árdua e longa que pareça nossa própria jornada, podemos confiar em que Deus está direcionando o nosso trabalho — o trabalho de cada leitor — nessa missão de cura, quando nós também nos voltamos para Ele de todo o nosso coração.

A Sra. Eddy sabia que o propósito de Deus para o seu livro era abençoar e curar a humanidade.

De igual maneira, Mary Baker Eddy destemidamente ajuda o leitor a compreender o lugar que ela ocupa na história como mulher, autora e, finalmente, como a Líder de um movimento religioso em rápido crescimento (sendo que, nessa época, ela não tinha nem sequer o direito de votar!) Ela se refere a si mesma, em Ciência e Saúde, dizendo que a mulher foi “a primeira a interpretar as Escrituras no seu verdadeiro significado” (p. 534) e, em outro de seus escritos, como “uma escriba sob ordens” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883–1896, p. 311), salientando a autoridade divina que está por trás dos seus escritos.

Sem dúvida, foi esse reconhecimento do seu papel como aquela a quem Deus havia chamado “para proclamar Seu divino Evangelho para esta época” (Ciência e Saúde, p. xi), o que sustentou sua firme dedicação ao trabalho, ou seja, o de explicar e ensinar a Ciência Cristã, muito embora sob o escrutínio constante e desafiador da sociedade. Para aqueles que questionaram a razão pela qual ela mais tarde em sua vida se manteve isolada da sociedade, ela disse: “Se os amigos da autora soubessem quão pouco tempo ela tem para se fazer conhecida pelo mundo, a não ser por meio de suas laboriosas publicações — e quanto tempo e trabalho ainda são necessários para estabelecer as atividades grandiosas da Ciência Cristã — compreenderiam por que ela vive tão reclusa. Outros não lhe poderiam ocupar o lugar, ainda que a isso estivessem dispostos. Portanto, ela permanece em seu posto, sem aparecer, não procurando seu próprio engrandecimento, mas orando, vigiando e trabalhando pela redenção do gênero humano” (Ciência e Saúde, p. 464).

Talvez não seja de surpreender que os esforços para manter a Sra. Eddy na sombra, na história humana, possam vir de muitas maneiras diferentes, como, por exemplo: manter o foco da atenção em sua pessoalidade, em vez de em sua missão; na difamação do seu caráter; e em uma suposição fortuita de que ela tenha sido apenas uma de muitas líderes espirituais; ou que outra pessoa poderia ter tomado o lugar dela. Em seu livro Miscellaneous Writings, ela torna claro que a mensagem e a mensageira são inseparáveis. Ela escreve: “A Ciência Cristã é meu único ideal; e o indivíduo e seu ideal nunca podem ser separados. Se um dos dois for mal interpretado ou caluniado, eclipsará o outro com a sombra projetada por esse erro” (p. 105).

Em minha própria experiência, quando era aluna de uma Escola Dominical da Ciência Cristã, eu não gostava de ouvir falar sobre a vida da Sra. Eddy, especialmente sobre as cruéis dificuldades pelas quais ela passou. Eu não compreendia que, assim como o ouro é refinado sob pressão, o pensamento e o caráter de Mary Baker Eddy estavam sendo amorosamente refinados ao longo de sua vida para capacitá-la para cumprir sua missão designada por Deus. Não era natural a minha resistência em reconhecer e ver o valor de tudo pelo que ela teve de passar, a fim de levar sua descoberta à sua concretização. Essa resistência tinha de ser dissolvida, porque me impedia de plenamente aceitar e demonstrar os ensinamentos e o poder sanador da Ciência Cristã.

Quando fiz o Curso Primário da Ciência Cristã com um professor, a resistência desapareceu, e eu li avidamente uma biografia detalhada da Sra. Eddy. Isso me fez sentir uma ligação profunda e inquebrantável com ela, que nunca mais se desfez, e li Ciência e Saúde com outros olhos. Meu amor pela autora de Ciência e Saúde tem somente aumentado ao longo dos anos. Esse afeto não está focado em uma pessoalidade, mas é uma expressão de profunda gratidão pelo amor despojado de ego que ela derramou sobre toda a humanidade, sem nenhum outro propósito senão o de abençoá-la. Ela deixa claro, nestas palavras, que sua descoberta não foi um feito pessoal: “De onde me veio essa convicção celestial — convicção antagônica ao testemunho dos sentidos físicos? Como diria S. Paulo, foi ‘o dom da graça de Deus a mim concedida segundo a força operante do Seu poder’ ” (Ciência e Saúde, p. 108).

Ao apreciar o que Mary Baker Eddy fez por meio da “força operante do Seu poder”, ao praticar os ensinamentos conforme constam em Ciência e Saúde, e ao estudar a Bíblia constantemente, tenho tido provas abundantes da bondade de Deus. Vivenciei curas de doenças, de dificuldades com encargos financeiros e de problemas de relacionamento e tive inúmeras oportunidades de servir à Causa da Ciência Cristã.

Tenho a certeza de que a Sra. Eddy, consciente de qual era o seu lugar na história, escolheu fechar o Prefácio de Ciência e Saúde, incorporando ali palavras tiradas da primeira epístola de Paulo aos Coríntios. Ela escreve: “No espírito do amor de Cristo — como alguém que ‘tudo espera, tudo suporta’, e se alegra em levar consolo aos aflitos e cura aos doentes — ela entrega estas páginas aos que honestamente procuram a Verdade. 

“MARY BAKER EDDY” (p. xii). 

Com essas palavras, ela enfatizou o fato de que o amor despojado de ego tem de estar no âmago de todos os pensamentos e ações. Aliás, para mim, essa declaração final convida os leitores a cumprir sua própria missão designada por Deus, de ajudar a levar a salvação a toda a humanidade por meio do estudo e da prática da Ciência Cristã.

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