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Original para a Internet

Nossas orações combatem a ameaça de contágio

Da edição de julho de 2020 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 5 de março de 2020.


“Só hoje! Vacinas gratuitas contra a gripe!”

As coloridas flâmulas esvoaçando à brisa do final de outono pareciam surtir efeito. Muitos carros estavam parando diante de uma grande farmácia perto de nossa casa. Ao passar por ali, eu me dei conta de como é fácil aceitar que é natural, até inevitável, pegar doenças contagiosas, principalmente no inverno.

É importante assumir responsabilidade pela nossa saúde. Para muitas pessoas, tomar injeções e remédios receitados pelos médicos é uma das maneiras de tratar dessa situação, e certamente eu respeito e apoio aqueles que fazem essa escolha. Mas, na minha própria experiência, constatei que, por meio da Ciência Cristã, é possível desafiar de modo constante o hábito de presumir que todo o mundo vai ter de ficar doente. E isso vai produzir saúde mais forte e duradoura. A oração que se apoia na compreensão espiritual a respeito de Deus sempre foi uma maneira confiável e eficaz de cuidar da minha saúde. 

Como é que esse tipo de oração pode ajudar? Na minha própria experiência, vejo que essa oração nos torna cientes de uma perspectiva radicalmente diferente sobre nossa vida e sobre o mundo ao nosso redor. Essa perspectiva espiritual está fundamentada no reconhecimento de que Deus é a Vida divina, Ele é inteiramente bom e é a fonte de toda a harmonia. A Vida é todo o bem, somente pode causar o bem e manter a harmonia em toda a sua criação e, portanto, é a fonte da saúde, e não da doença, a fonte da vitalidade, e não da vulnerabilidade. Ao compreender esse fato, temos bons efeitos na vida prática, como o de nos proteger do contágio.

Embora possamos habitualmente pensar na saúde como uma condição variável do corpo, ela é na realidade uma qualidade espiritual imutável, que tem origem em Deus e é permanente. A saúde é sustentada por Deus e mantida em cada um de nós em todas as circunstâncias e estações do ano. Podemos dar provas disso em nosso dia a dia de uma forma que nos permite perceber que a saúde, não a doença, é que é normal.

Esse tipo de defesa, focalizada na oração, é algo que podemos elaborar diariamente.

Podemos enfrentar o medo de “pegar” alguma doença ao nos apoiarmos firmemente não só naquilo que é verdade a respeito de Deus, mas também em algumas verdades básicas sobre nós mesmos. Por exemplo: Deus, a Vida divina, nos fez à imagem da Vida, somos a própria expressão de tudo o que a Vida divina é. Portanto, como imagem da Vida que é Deus, jamais poderíamos sucumbir a ser menos do que a exata representação dessa perfeita Vida: espirituais e completos, seguros e cheios de vida, em todas as estações do ano.

Esse tipo de defesa, focalizada na oração, é algo que podemos elaborar diariamente e assim todo o nosso conceito sobre a vida começa a mudar. Começamos a ver a nós mesmos à semelhança dessa Vida divina, ou seja, essencialmente espirituais e invulneráveis. Isso nos capacita a combater o medo de ficar doentes e a lutar contra as muitas alegações amplamente difundidas sobre o contágio. Permite-nos refutar de forma rápida e eficaz todos os detalhes sobre as doenças infecciosas que surgem, seja pelos noticiários, nas conversas no almoço ou pelas mídias sociais, e mesmo aqueles que parecem vir dos nossos próprios pensamentos.

Isso é mais do que mero pensamento positivo. É o tipo de oração que Mary Baker Eddy, a Descobridora da Ciência Cristã, atribuiu a Cristo Jesus, dizendo que ele fazia “profundos e conscienciosos protestos a favor da Verdade — da semelhança do homem com Deus e da unidade do homem com a Verdade e o Amor” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 12). As pessoas me perguntam se esse tipo de oração “profunda e conscienciosa” pode realmente dar resultado, tanto na prevenção quanto em como tratar o contágio. Com gratidão posso responder que sim, dá resultados. E vejo isso em minha própria vida.

Durante anos, muitas vezes eu ficava preocupado com a possibilidade de pegar um resfriado ou uma gripe durante o inverno e, às vezes, eu pegava. Mas, pelo aprofundamento de meus próprios “protestos da Verdade” e da compreensão por meio da oração, consegui enfrentar esse medo e derrotar a sugestão de que o contágio é inevitável, ao ver e aceitar somente a perfeita criação de Deus, ou seja, somente Sua natureza como a Vida divina expressa em vitalidade, saúde e liberdade. Quando compreendi mais sobre a onipotência de Deus, e sobre a impotência daquilo que é dessemelhante dEle, minhas preocupações sazonais e o surgimento dos sintomas de resfriado e gripe aos poucos se dissiparam, e me sinto animado com o fato de que já faz alguns anos que não tenho nenhum sintoma de doença sazonal ou contagiosa.

Coincidência? Sorte? A evidência de uma “constituição saudável”? Realmente, vejo essa liberdade renovada como a confirmação e afirmação do fato espiritual de nossa saúde e inteireza mantidas por Deus.

O que nos impediria de reconhecer isso? Aprendi que é bom levar em consideração os elementos mentais que podem pesar contra nossa convicção de que a saúde é realmente nosso estado natural do existir. Uma dessas influências é o medo. Por exemplo, estar constantemente ouvindo os noticiários da mídia sobre doenças contagiosas pode provocar um frenesi de medo que de fato pode ter um impacto negativo sobre a saúde humana. Ciência e Saúde fala claramente sobre essa questão quando diz: “O medo é a fonte da doença...” (p. 391).

Em vista do fato de que hoje temos noticiários durante as 24 horas do dia, parece claro para mim que podemos ter um impacto positivo ao tomarmos uma “dose” diária da paz e do poder da clareza e da plenitude espirituais de cada pessoa. A oração pode nos elevar acima do redemoinho do medo, como também pode ser uma influência calma e sanadora em nossas comunidades.

Não importa quanto um contágio possa se espalhar, mesmo que esteja circundando o globo, nunca será mais poderoso do que a intacta presença da Vida divina, que a tudo rodeia, envolvendo cada um de nós em sua segurança e cuidado. Nosso reconhecimento constante desse fato para todos, em toda parte, faz com que seja possível vermos, aqui e agora, a prova de que somente Deus de fato governa e sustenta nossa saúde.

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