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Original para a Internet

O amor sempre nos pertence, e com ele temos o suprimento.

Da edição de maio de 2021 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 4 de março de 2021.


“O que o mundo necessita hoje é amor, terno amor / exatamente a coisa que mais nos faz falta.”  

 Hal David escreveu esse clássico da música americana, revelando um sentimento maravilhoso. Mas no ano que passou parece que muita coisa “fez falta” no mundo — faltou dinheiro para o aluguel ou a prestação da casa, faltou emprego para ganhar esse dinheiro, e faltou saúde, assim como também sentimos falta daquelas ocasiões em que nos reunimos com os amigos e parentes queridos, ou até de alguma oportunidade de conhecer aquela pessoa perfeita para tornar-se nossa companhia no dia dos namorados. Mas como podemos encontrar esse amor tão essencial, quando em nosso coração existe uma perspectiva pessimista ou um sentimento profundo de carência de tudo que seja bom?  

Aprendemos na Ciência Cristã que Deus, o Amor divino, “…sempre satisfez e sempre satisfará a toda necessidade humana” (Mary Baker Eddy, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 494). Diante dessa compreensão de que Deus é o amor ilimitado — constantemente comprovado pelo mestre da cura, Cristo Jesus — vemos que aquelas necessidades que não são satisfeitas estão alegando que Deus não está presente. 

Existe um relato sobre a vida de Mary Baker Eddy, o qual torna evidente o resultado da compreensão oposta a essa alegação; ao declarar que o Amor divino não pode estar ausente, essa compreensão possibilita que as necessidades sejam atendidas. Ao ser informada de que, após um mês sem chuvas, o poço de um fazendeiro das redondezas estava vazio, Mary Baker Eddy disse: “Oh! se ele apenas soubesse, o Amor enche aquele poço”. No dia seguinte o poço estava cheio outra vez, embora não houvesse chovido (ver Yvonne Caché von Fettweis and Robert Townsend Warneck, Christian Healer, Amplified Edition [Mary Baker Eddy: uma Vida Dedicada à Cura, Edição Ampliada], p. 177).

É interessante observar que, ao expressar sua compassiva solicitude, Mary Baker Eddy não rogou a Deus que suprisse o que aparentava estar faltando. Ela simplesmente se referiu ao que a eterna presença do Amor já estava provendo.

Note-se que ela falou no tempo presente do verbo, e não no futuro. Quando o senso material viu um poço vazio, Mary Baker Eddy percebeu, por meio do senso espiritual, algo completamente diferente. Esse senso mais elevado pertence inerentemente a todos nós, por sermos filhos e filhas de Deus, e nos permite discernir que o universo inteiro está repleto do bem, repleto com “Aquele que concede todo o bem” (expressão com a qual Mary Baker Eddy se referia a Deus). O suprimento incessante que vem do Espírito, e não das condições materiais variáveis, foi o responsável pelo surgimento de água no poço. A convicção da Sra. Eddy, de que o Espírito, o próprio Amor, estava ali em toda plenitude, fazendo exatamente isto: tornando pleno o poço, foi confirmada pelo aparecimento da água necessária, o que não teria outra explicação plausível.  

Desse modo percebemos um ponto de partida para a oração que desafia qualquer tipo de “poço vazio” que nos apareça. Quer seja no noticiário do que está ocorrendo no mundo, quer seja o que está acontecendo na nossa própria geladeira, a questão-chave não é o que aparentemente está faltando para nós ou para o mundo, mas sim o que jamais está em falta: o amor do Amor divino, o qual não nega um pingo sequer do bem de que Seus filhos e filhas necessitem. Ao dar nossa aquiescência a esse mesmo senso espiritual que inspirou a convicção de Mary Baker Eddy, nós também podemos compreender e vivenciar a abundância, sustentada por Deus, a qual está sempre presente, tanto quanto o Amor divino. 

As Escrituras apontam para o potencial ilimitado para discernir e demonstrar a provisão ininterrupta proporcionada por Deus. Jesus não disse: “Ah! Se eles soubessem que este lugar deserto está repleto do Amor”. Mas ele deu a prova completa dessa verdade, ao alimentar milhares de pessoas no deserto, quando apenas possuíam uns punhados de comida. E fez isso mais de uma vez. Independentemente da enormidade da escassez, ele provou que a mesma verdade é sempre eficaz: a escassez material é apenas um véu encobrindo o bem inesgotável, que é espiritual e flui incessantemente de Deus para cada um de nós. A clara compreensão que Jesus possuía dessa verdade resultou na demonstração tangível da realidade divina e Sua abundância sempre ao nosso alcance.  

Jesus compreendia também que seu Pai-Mãe, e nosso Pai-Mãe, o Espírito, é a única verdadeira fonte do bem. Sobre essa base, nós também podemos aferrar-nos ao fato de que o suprimento de que necessitamos não depende de sorte, de quem conhecemos, nem de condições econômicas. Cada um de nós depende de algo que é eterna e completamente confiável: nossa relação direta com Deus. Mas se não é isso que estamos vivenciando, podemos orar, buscando nos tornar mais conscientes dessa fonte do bem, divina e confiável. A Bíblia explica o que desperta nossos pensamentos para a percepção da sempre presente bondade de Deus: “O Senhor te abrirá o Seu bom tesouro”, à medida em que atentamente ouvires “a voz do Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os Seus mandamentos” (Deuteronômio 28:12, 2).   

Jesus resumiu esses mandamentos em dois, que abrangem todos os outros: amar a Deus de todo o coração, e ao nosso próximo como a nós mesmos. Quando amamos, compreendemos melhor a verdadeira natureza de Deus como o Tudo-em-tudo, e percebemos também a verdadeira natureza de todos nós, reconhecendo que vivemos, nos movemos e existimos dentro dessa totalidade espiritual infinita (ver Atos 17:28). As limitações fazem parte da visão oposta que o mundo tem, que alega vivermos sob as restrições de um corpo material, em uma localização material, dentro de um mundo material. Mas repetidas vezes constatei que essas limitações são vencidas na proporção em que nos damos conta de estar repletos de uma nova compreensão a respeito da realidade divina do Amor, que inevitavelmente se expressa em amor para com os outros.         

Sempre podemos fazer isso. Por meio do estudo espiritual, da oração e da comunhão com Deus, passamos a deixar que Aquele que concede todo o bem plenifique o “poço” de nosso coração receptivo, com as ideias espirituais da natureza da realidade divina, que se extravasam em amor ao próximo. Tal realidade não está dividida entre “os que têm” e “os que não têm”. Todos “temos”, refletindo apropriadamente a ilimitada substância espiritual do Amor, conforme Jesus demonstrou, e está tão bem explicado em Ciência e Saúde. Diante de quaisquer circunstâncias, em nossas orações podemos diligentemente nos aferrar a essa verdade a nosso respeito, e compassivamente sustentar essa mesma perspectiva para beneficiar os outros, estejam eles perto ou longe de nós.     

O que hoje todos necessitam no mundo inteiro é o que todos de fato possuímos: o infinitamente precioso Amor divino sempre suficiente. Todo vislumbre desse Amor abre a porta para que as necessidades práticas sejam atendidas, e se satisfaça nosso mais profundo anseio por saber que somos amados, e por sentir aqui e agora esse precioso amor.   

Tony Lobl
Redator-Adjunto

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