No ano passado, meu filho se formou na faculdade no mesmo dia em que é comemorado o Dia das Mães, no meu país. Eu não poderia imaginar melhor dia para essa celebração.
Ao considerar a grande alegria de ser mãe, pensei nos modelos que me inspiraram nessa jornada. Lembrei-me, é claro, da minha própria mãe e dos homens e mulheres que foram exemplos notáveis como pais e mães, tanto na minha experiência como na de meus filhos. Existem determinadas qualidades que eu associo de imediato com a maternidade, tais como amor incondicional, carinho, senso de humor, espontaneidade, paciência, ternura, altruísmo, saber incluir o outro e saber ouvir.
Sempre amei a Bíblia e, quando penso em qualidades como amor e compaixão, a pessoa que imediatamente me vem ao pensamento é Cristo Jesus. Embora Jesus não tenha sido pai, ele demonstrou qualidades paternais — e muitas vezes maternais — para com as pessoas que ensinou e curou. Por exemplo, ele alimentou uma multidão de milhares de pessoas que por três dias haviam permanecido ouvindo seus ensinamentos, e explicou-lhes que não os mandaria para casa com fome “para que não desfale[cessem] pelo caminho” (ver Mateus 15:32–38). A Bíblia destaca diversas ocasiões em que ele sentiu compaixão pelos outros e se dispôs a curar e a ensinar, mostrando que seu Pai, Deus, era o Pai espiritual que cuida de todos nós. Jesus fez a vontade do Pai, ouvindo e seguindo Sua orientação.
As vezes em que melhor exerci meu papel de mãe foi quando segui o exemplo de Jesus e me empenhei em cultivar o hábito de ouvir a orientação de Deus, afirmando Seu amor ilimitado, não apenas como nosso Pai, mas também como nossa Mãe. O livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, escrito pela Descobridora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, explica: “Pai-Mãe é o nome da Deidade, que indica a terna relação que Ele tem com Sua criação espiritual” (p. 332).
Essa terna relação é algo que me esforcei para colocar em prática, na maneira de criar meus filhos, afirmando que, como filhos de Deus, o Amor divino, cada um de nós tem a capacidade inata de expressar qualidades como sabedoria e ternura. Tendo três filhos, descobri rapidamente que ser mãe exigia dar o exemplo, porque as crianças percebem se você segue o que ensina. Também descobri que essa nem sempre é uma tarefa fácil.
Lembro-me de uma vez em que eu disse algo para repreendê-los, do qual me arrependi imediatamente. Voltei-me à minha Mãe divina, Deus, em busca de orientação. Como poderia cultivar melhor, em mim mesma e em nossa família, qualidades divinas, como gentileza? O que me veio ao pensamento, em resposta à minha oração, foi que eu precisava mostrar a meus filhos que, quando cometemos um erro, sempre podemos corrigi-lo e demonstrar nossa sinceridade, esforçando-nos para fazer melhor da próxima vez. Queria que nossas relações familiares representassem o amor, em vez de dar realce às nossas fraquezas.
Foi quando tive a ideia de instituir a regra de “rebobinar e apagar”. Daquele momento em diante, se alguém dissesse algo ofensivo, poderia parar e substituir as palavras por expressões de bondade e respeito. Contei a ideia aos meus filhos e eles concordaram com entusiasmo. Essa simples mudança nos levou a refletir sobre quais qualidades são naturais para nós como filhos de Deus, e resultou em uma melhora acentuada na comunicação entre nós.
Meus filhos já progrediram muito, e hoje todas aquelas lições iniciais fazem naturalmente parte de sua vida adulta, o que é muito gratificante para mim, como mãe. Ainda assim, como qualquer mãe diria, ser mãe ou pai é algo que não tem fim, não importa se estamos perto ou longe de nossos filhos. Sou muito grata por saber que nosso Pai-Mãe, Deus, está sempre disponível para guiar a todos nós em nossa jornada.
