No mundo todo, de Mumbai a Melbourne e a Minneapolis, as pessoas almejam saber que podem fazer algo além de simplesmente aguentar a pandemia, e que podem realmente acabar com ela. É mesmo possível? Sim! Pode não parecer provável a partir de uma perspectiva material, mas Cristo Jesus disse: “…para Deus tudo é possível” (Marcos 10:27).
A Ciência Cristã explica que as obras de cura de Jesus baseavam-se em verdades divinas que são atemporais, universais e que podem ser comprovadas. Essa Ciência curou, nos últimos cento e cinquenta anos, inumeráveis pessoas, incluindo aquelas com doenças consideradas incuráveis. Por isso, pode contribuir de forma única para a cura da Covid-19. Essa Ciência faz com que as leis de saúde e harmonia, que são leis de Deus, sejam compreendidas, de maneira que qualquer pessoa possa apreciá-las e aplicá-las.
A maneira de compreender a Bíblia e o Cristianismo, apresentada na Ciência Cristã, foi o resultado da vida de Mary Baker Eddy (1821–1910). Ela superou quatro décadas de problemas de saúde e ensinou os outros a curar espiritualmente por meio de sua descoberta do Princípio divino demonstrável, que era a base das obras de cura de Jesus.
Em vez de ser uma realidade assustadora e aparentemente inevitável, a doença é algo que podemos superar por meio da ajuda divina.
Claro está que a Bíblia já existia há séculos, mas foi na Bíblia que a Sra. Eddy encontrou a realidade permanente, que sempre existira. Além dos pontos de vista tradicionais a respeito de Deus, ela constatou que Deus é Tudo, a única substância real e eterna, a Vida e a inteligência. Isso não é panteísmo — ela não considerou a Deus, o Espírito infinito, como sendo expresso no oposto do Espírito, a matéria, nem por meio desses opostos; ela se deu conta de que o Espírito se expressa apenas por meio de ideias espirituais.
Nessa realidade espiritual está o conceito de individualidade, acima do que normalmente vemos como matéria. Cada um de nós é uma corporificação, ou expressão única, dos atributos eternos do Espírito, como inteligência, força e amor. Quando esse conceito de identidade é compreendido, ele muda a maneira como você pensa sobre si mesmo e como você lida com a doença. Você percebe que a doença, em vez de ser uma realidade assustadora e aparentemente inevitável, é algo que podemos superar por meio da ajuda divina — por vermos que ela nunca modifica de fato quem somos nem altera nossa perfeição na Mente infinita, que é Deus.
A compreensão dessa realidade espiritual fortalece o tom do nosso pensamento e passamos a nos sentir encorajados, autorizados a desafiar e superar a doença assim como Cristo Jesus o fez.
Aqui está um exemplo. Há alguns anos, durante nossas férias na Espanha, minha esposa e eu tivemos sintomas graves de gripe. Mas uma amiga com quem estávamos compartilhando o lugar onde estávamos hospedados, e que é Cientista Cristã, mostrou-se firme na compreensão de que estamos verdadeiramente autorizados a acabar com a doença, incluindo doenças contagiosas. Embora ela não dissesse nada, era como se estivesse mentalmente levantando a mão e dizendo “Pare!” para toda a impressão de doença, como se tivesse desafiado para uma “queda de braço” todo pensamento de que seus amigos estivessem doentes, e tivesse dobrado com força o braço de seu oponente, na vitória. Em menos de 24 horas, minha esposa e eu estávamos livres dos sintomas, e nós três passamos momentos memoráveis.
Na obra principal da Sra. Eddy, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, há uma passagem que explica como nossa amiga estava orando: “Monta guarda à porta do pensamento. Admitindo somente aquelas conclusões cujos resultados desejas ver concretizados no corpo, tu te governas harmoniosamente. Quando se apresenta a condição que, segundo dizes, causa a doença, quer seja ar, exercício, hereditariedade, contágio ou acidente, então desempenha tua função como porteiro e veda a entrada a esses pensamentos e temores doentios. Exclui da mente mortal os erros nocivos; então eles não poderão fazer com que o corpo sofra. Tudo que se relaciona com dor ou prazer tem de vir por meio da mente e, como um guarda que abandona seu posto, admitimos a crença intrusa, esquecendo que, com o auxílio divino, podemos proibir-lhe a entrada” (p. 392).
Para mim, o que se destaca nessa passagem é a expressão “auxílio divino”, na última frase. Montar guarda à porta do pensamento não é um esforço humano de simplesmente pensar que estamos bem, mas um protesto cristão, divinamente autorizado, contra o sofrimento humano, que não pode vir de um Deus todo-amoroso, nem existir na Mente que é exclusivamente o bem. É um reconhecimento humilde, devoto e espiritualmente intuitivo da ilegitimidade da doença, com base na natureza de Deus. Visto que a Mente única cria apenas o bem e nos cria para vivenciar apenas o bem, a doença não é normal, natural nem inevitável. Ao reconhecer isso, podemos progressivamente excluí-la do nosso pensamento e da nossa vida, como minha amiga fez com minha esposa e comigo.
A Bíblia mostra que Jesus, o exemplo perfeito de como viver para a glória de Deus, era um sanador eficaz. Ele enviou seus seguidores para ir curar e lhes deu ideias apropriadas para torná-los melhores sanadores. Por exemplo, ele disse: “Ninguém pode entrar na casa do valente para roubar-lhe os bens, sem primeiro amarrá-lo; e só então lhe saqueará a casa” (Marcos 3:27).
Não precisamos aceitar que a doença seja inevitável para nós, para nossa família ou para o mundo.
Ao comentar sobre essa passagem, a Sra. Eddy escreve: “Nosso Mestre perguntou: ‘Como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo?’ Em outras palavras: como posso curar o corpo, sem começar pela chamada mente mortal, que controla diretamente o corpo? Uma vez destruída a doença nessa mente, assim chamada, o medo à doença desaparece e, portanto, ela fica curada por completo” (Ciência e Saúde, pp. 399–400).
A Sra. Eddy cunhou o termo mente mortal para descrever o pensamento materialista que, de maneira consciente ou inconsciente, e geralmente por ignorância, se opõe ao bem por meio de crenças e percepções limitadas. O antídoto para a mente mortal é a Mente imortal, a Mente puramente boa e todo-poderosa que é Deus e que acalma e destrói o medo e a doença. E embora seja necessário manter persistência e coragem, diante de uma pandemia mundial, nosso reconhecimento e sentimento de que realmente existe uma única Mente que governa é, na realidade, a solução.
Não precisamos aceitar que a doença seja inevitável, para nós, para nossa família ou para o mundo. Ao compreender a supremacia de Deus e nosso direito divino de superar a doença, incluindo esta pandemia, podemos provar o fato absolutamente correto — de que a absoluta realidade todo-poderosa é a harmonia, incluindo saúde e santidade. Dessa forma, podemos contribuir junto com os muitos esforços corajosos no mundo todo, para impedir esse contágio.
