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Original para a Internet

Como saber quando a cura já ocorreu

Da edição de setembro de 2021 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 21 de junio de 2021.


Como podemos saber quando a cura espiritualmente científica já ocorreu? Não é olhando para o corpo, é observando o pensamento. Quando seu pensamento se modifica, tornando-se mais espiritual, a evidência humana inevitavelmente apresenta um senso mais amplo de harmonia.

Uma praticista da Ciência Cristã me deu esse insight há alguns anos, e esse passou a ser para mim um ponto de referência, sempre que estou trabalhando para chegar a uma cura. Pôr em prática essas palavras pode ser um desafio, especialmente quando quero encontrar uma solução rápida, ou quando os sintomas físicos parecem assustadores. Aprendi, contudo, que a questão que realmente importa é se ocorreu uma mudança em meu pensamento a respeito da situação. 

Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, torna clara, em seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, essa relação entre o pensamento e o corpo: “Os elementos e as funções do corpo físico e do mundo físico se modificarão à medida que a mente mortal mudar suas próprias crenças” (pp. 124–125).

Percebi que, quando meu pensamento se eleva, alcançando uma compreensão mais ampla da perfeição inata do homem como imagem e semelhança de Deus, ou seja, o perfeito e todo-harmonioso Espírito, já não me impressiono com o que os sentidos físicos apresentam como se fosse verdade. O que não significa ignorar os sintomas, nem ficar esperando melancolicamente que eles desapareçam. Mas, em vez disso, trata-se de rejeitar as observações inverídicas, que se baseiam na matéria, substituindo-as pelas verdades que Cristo Jesus demonstrou sobre a perfeição sempre-presente do homem. Conforme Jesus mesmo recomenda no Sermão do Monte: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mateus 5:48). 

Às vezes a inspiração que cura vem sem demora. Outras vezes, necessitamos manter o pensamento ininterruptamente em linha com a verdade, que se encontra na Bíblia, a respeito de Deus e do homem perfeito. Aprendi, nessas ocasiões, que a persistência de Jacó é um bom exemplo a ser seguido. 

Na noite anterior ao seu encontro com Esaú, seu irmão do qual se distanciara havia vinte anos, Jacó lutou com um anjo, uma inspiração divina que lhe disse ao amanhecer: “…Deixa-me ir, pois já rompeu o dia…” Sabendo que era necessária uma espiritualização completa da sua consciência, Jacó replicou: “…Não te deixarei ir se não me abençoares” (Gênesis 32:26). Ele se recusou a deixar passar a oportunidade de progresso espiritual, até que recebeu a bênção completa. Reconhecendo esse crescimento espiritual, o anjo mudou o nome de Jacó para Israel. A reconciliação de Jacó com o irmão, que ocorreu logo a seguir, aconteceu de maneira completamente harmoniosa. 

Assim, também nós podemos nos recusar a deixar passar uma oportunidade de cura, sem primeiro acolhermos uma demonstrável e sublime compreensão a respeito da nossa liberdade como a representação, ou seja, a manifestação da Vida todo-harmoniosa que Deus é. 

Em nossa família houve uma cura marcante, que continua a ser uma bênção, e ocorreu como relatada a seguir.

Quando nosso filho, agora adulto, tinha quase dois anos, deixei-o sob os cuidados amorosos de meu marido e de meus pais, e viajei para participar da minha Associação de alunos da Ciência Cristã. (Essas reuniões acontecem uma vez por ano para os alunos que completaram um curso de duas semanas sobre a cura por meio da Ciência Cristã, sob a orientação de um professor autorizado dessa religião.) Quando saí de casa naquele dia, nosso filho estava levemente febril, mas tudo o mais estava normal, portanto, não me preocupei por deixá-lo durante minha viagem de três dias. 

Eu sabia, sem a menor sombra de dúvida, que nosso filho estava em segurança nos braços de seu Pai-Mãe, o Amor.

Chegando ao meu destino, liguei para casa e escutei ao fundo o choro de meu filho. Meu marido disse que a febre havia aumentado. Mesmo recebendo os amorosos cuidados, tanto de meu marido quanto de minha mãe, nosso filho continuava inconsolável. 

Fiquei sem saber o que fazer. Por mais que eu quisesse participar da Associação, e soubesse que essa era uma atividade correta, grande parte de mim queria correr de volta para o aeroporto e pegar o primeiro avião de regresso para casa. O medo e os pensamentos negativos, fundamentados em hipóteses do tipo “e se”, inundavam meu pensamento.

Então, telefonei para meu professor da Ciência Cristã e extravasei minhas preocupações. As calmas afirmações do meu professor, a respeito da proteção dada a meu filho, que está incessantemente sob o cuidado de nosso Pai-Mãe, o Amor, relembraram-me de que o Amor divino, Deus, a verdadeira Mãe espiritual de meu filho, estava com ele a todo momento. Eu não tinha de ir a lugar algum para que ele sentisse o conforto dessa presença da maternidade espiritual que estava sempre com ele.   

Ciência e Saúde se refere a Deus como sendo Pai e também Mãe, e dá a interpretação espiritual da oração do Senhor, lançando nova luz sobre a primeira frase, “Pai nosso, que estás nos céus”, com estas palavras: “Nosso Pai-Mãe Deus, todo-harmonioso” (p. 16). Esse senso espiritual da presença maternal, a se expressar em constante amor, terno cuidado, paciência, coragem, persistência, humildade e força espiritual, estava dando ao meu filho o perfeito cuidado de que ele necessitava. Meu professor sugeriu também que eu ligasse para uma praticista da Ciência Cristã onde moro, para que ela fizesse uma visita ao meu filho em casa. Achei que era boa ideia, e liguei imediatamente. 

O medo ainda parecia persistir no meu pensamento, e esta declaração em Ciência e Saúde me ajudou bastante: “Toda função do homem real é governada pela Mente divina” (p. 151). Inspirada por essa verdade, orei desta forma: “A temperatura de nosso filho, seu apetite, atividade e repouso são mantidos pela inteligência divina, que é imutável, todo-amorosa e tudo sabe. Nenhum elemento da existência verdadeira de nosso filho pode se recusar a exercer sua função, em obediência à terna lei do Amor”. Era minha tarefa dar testemunho desse conceito totalmente perfeito, ali mesmo onde os sentidos físicos alegavam haver febre e funcionamento anormal. Afirmei as palavras do Salmista, que orou a Deus desta maneira: “…no teu livro foram escritos todos os meus dias…” (Salmos 139:16). 

Orei com base nessas verdades encontradas na Bíblia, até que senti a mais profunda paz que jamais conheci. Eu sabia, sem a menor sombra de dúvida, que nosso filho estava em segurança nos braços de seu Pai-Mãe, o Amor. Deus estava exatamente ali com ele, e estava tudo bem. Nada mais era necessário dizer ou fazer. 

Na manhã seguinte, quando liguei para casa, nosso filho estava completamente bem.

Na manhã seguinte, quando liguei para casa, nosso filho estava completamente bem. Havia comido normalmente sua refeição matinal e estava no jardim, jogando bola com meu pai. Enquanto eu participava da minha Associação naquele dia, mantive claras e firmes, para mim mesma, as verdades que são a lei que governa a cada um de nós. Meu marido e meus pais também continuaram reconhecendo as realidades espirituais ao longo do dia. 

Essa cura se tornou um marco para a minha família e para mim. Até hoje, a calma certeza espiritual que vivenciei naquela noite ainda é como uma âncora. 

Quando confrontado por algum desafio, cada um de nós está realmente à beira de discernir verdades espirituais. Podemos humildemente agradecer a Deus pela oportunidade de progredir em nossa compreensão espiritual, e assim nos recusar, como Jacó, a deixar passar a oportunidade, até que recebamos nossa bênção.

Mary Baker Eddy declara: “A canção da Ciência Cristã é ‘Trabalhar — trabalhar — trabalhar — vigiar e orar’ ” (Message to The Mother Church for 1900 [Mensagem À Igreja Mãe para 1900], p. 2). Ela não subestimou a importância do esforço dedicado. Mas, oh! Quão gloriosas são as bênçãos da compreensão e cura espirituais! São elas que nos estabelecem firmemente sobre a rocha da verdade e continuam a ser faróis em nossa vida, para sempre. O prêmio da paz e da cura espirituais, com toda a certeza, faz valer a pena o esforço.

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