Meu marido e eu tínhamos trabalhado no quintal por horas, tirando sujeira e removendo tocos, raízes e árvores com uma escavadeira e um rastelo. Eu estava exausta, e quando fui mudar de roupa, perdi o equilíbrio e caí de costas, batendo a cabeça em um enorme objeto de cerâmica.
Imediatamente pensei no fato espiritual de que não existem acidentes sob o governo de Deus e de que eu não podia cair para fora do ambiente e do amor de Deus. Meu marido me ajudou a me levantar. Havia um calombo enorme e dolorido na parte de trás da cabeça, e eu me sentia trêmula. Começamos a afirmar o que estamos aprendendo, pelo estudo da Ciência Cristã, sobre nosso verdadeiro existir em Deus. Apeguei-me silenciosamente ao fato de que sou uma ideia espiritual da Mente divina, Deus — sou amada, cuidada e mantida por Ele, e reflito eternamente a infinidade do bem de Deus. Como Ele preenche todo o espaço e tudo é bom, não há espaço que não seja bom. Então, pensei, não havia nada que pudesse me causar dor e não havia nada em mim que pudesse doer. Eu sabia que Deus é o Espírito e inclui toda a energia, a atividade, a força e a ação, e que eu nunca “exagero” ao expressar as qualidades divinas.
Enquanto orava e ouvia os pensamentos de Deus a meu respeito, senti-me segura de minha perfeição espiritual, dada por Deus, apesar de ainda sentir aquele enorme calombo na cabeça. Não fiquei pensando no machucado, e voltei-me a meu Pai, o Princípio divino, em humilde receptividade à Sua perfeita lei da Vida. Abandonei completamente a imagem de exaustão, queda e lesão. Um senso de estar livre dessa queda também me proporcionou a liberdade para expressar mais energia e mais alegria pelo que tínhamos conseguido fazer no quintal.
Em muito pouco tempo, eu estava de pé e de volta à minha rotina habitual, sentindo-me cheia de energia e com vontade de terminar o trabalho no dia seguinte. O tamanho do galo na cabeça havia até diminuído um pouco. Ao continuar com minha afirmação de que eu não podia jamais ficar fora do cuidado amoroso de Deus — que nunca houve um momento em que eu fosse menos que íntegra e completa como filha de Deus, o Espírito — o inchaço simplesmente desapareceu.
Terminamos o trabalho no dia seguinte. Enquanto eu replantava algumas áreas, demarcava o quintal com enormes pedras e colocava terra e adubo para um jardim de flores, a primeira linha do hino Nº 3 do Hinário da Ciência Cristã vinha continuamente ao meu pensamento: “Um puro e grato coração é um jardim de amor” (Ethel Wasgatt Dennis). O hino fala sobre a onipotência de Deus, cingindo o homem com grande poder e um grato coração. Posso atestar isso! Sou muito grata por essa Ciência do Cristo, que supre cada necessidade humana com a Verdade espiritual, e traz cura.
Anita Arlen
Petoskey, Michigan, EUA
