Estou muito feliz por relatar uma cura que aconteceu há muitos anos, e tem sido um ponto luminoso para mim. Recordo-me desse episódio de vez em quando, pois continua a me ensinar e inspirar.
A pele de minhas mãos havia ficado muito áspera, e eu estava usando um creme, na tentativa de aliviar a dor. Eu também pensava que estava orando efetivamente pela situação. Após diversos dias, porém, não houve nenhuma mudança; o creme não estava ajudando, e eu resolvi, em vez de usá-lo, dedicar mais atenção à minha oração pelo problema.
Em meio a uma semana muito agitada, depois de deixar as crianças nas aulas de canto e dança, decidi orar durante as quase duas horas que eu tinha, até que as aulas terminassem.
Peguei minha Bíblia e o livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy, com a intenção de neles mergulhar profundamente. Mas depois de pouquíssimo tempo de leitura, adormeci.
Quando acordei, as palavras: “Dá-nos graça para hoje; alimenta os afetos famintos; …” suavemente me imbuíram, e me trouxeram paz absoluta e um senso maravilhoso de que tudo estava bem. Essas palavras são parte da interpretação espiritual da Oração do Senhor, dada em Ciência e Saúde (p. 17). Essa clara mensagem me fez sentir a graça de Deus. Tive a certeza de que minhas mãos logo voltariam ao normal. Guardei os livros e fui buscar as crianças, sabendo que o Cristo — a mensagem de Deus sobre nossa intacta e terna relação com nosso Pai-Mãe celestial — havia me curado. Percebi que eu não era um mortal em dificuldades, assolado por enormes responsabilidades, tais como cuidar dos filhos, das tarefas da casa, do trabalho e da igreja, e que eu tinha a graça de que precisava para hoje. O amor de Deus estava nutrindo a mim e a todos mais.
Daquele momento em diante, simplesmente parei de pensar em minhas mãos, e elas rapidamente voltaram à normalidade. Senti paz e segurança, enquanto uma leveza substituiu o peso da responsabilidade, dando-me o alívio de saber que Deus estava cuidando de mim e de todos.
Essa experiência me lembrou de algo que Jesus disse: “…o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz. Porque o Pai ama ao Filho, e lhe mostra tudo o que faz” (João 5:19, 20). Visto que somos os filhos amados de Deus, podemos deixar que o Amor, que é Deus, brilhe em nós, alivie-nos do pesado senso pessoal de responsabilidade e restaure a paz e a harmonia em nossa experiência. Essa é a graça que temos para hoje, e para todos os dias.
Minha gratidão por essa cura, e por muitas outras provas do cuidado de Deus, é profunda.
Juliet Swannell
Newport, Queensland, Austrália
