Acaso a expressão “direito de primogenitura” soa como um conceito antiquado que já não tem nenhuma relevância hoje em dia? Talvez, embora uma compreensão de seu significado possa virar o jogo.
Na Bíblia, o direito de primogenitura era um privilégio de grande importância, que levava a uma posição de poder. Concedido ao primeiro filho homem, dava-lhe o direito de suceder o pai como chefe da família e de receber uma dupla parte dos bens do pai. Também lhe dava a posição de liderança espiritual. The Interpreter’s Bible [A Bíblia do intérprete] explica: “Aquele que o detinha [o direito de primogenitura] deveria ser o representante da família não somente perante os homens, mas perante Deus” (Vol. 1, p. 725).
Um relato no Gênesis nos conta a respeito de um jovem chamado Esaú, que se envolveu com a vida mundana de sua época e se perdeu, desconsiderando a abordagem espiritual de sua família para com a vida, as tradições e o valor de seu direito de primogenitura. Certo dia, Esaú chegou de uma caçada e quis comer um pouco do cozido que seu irmão Jacó, o gêmeo mais novo, havia preparado. Aproveitando a oportunidade, Jacó disse: “…Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura” (Gênesis 25:31). Esaú, parecendo indiferente, não deu o devido valor ao bem que possuía e concordou de bom grado. Os historiadores sugerem que certamente a mãe desses gêmeos, Rebeca, tinha outro alimento mais adequado para os dois comerem, mas Esaú comeu sem demonstrar nenhum arrependimento pela troca que acabara de fazer. Anos mais tarde, perdeu outro privilégio: seu pai foi enganado e levado a dar a Jacó a bênção que era de Esaú.
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