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Original para a Internet

ARTIGOS

Igreja: Nosso lar e refúgio de cura

Da edição de setembro de 2023 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 29 de junho de 2023.


Quando eu estava na faculdade, fui estudar em Paris por um ano. Embora fosse a primeira vez que viajava para outro país, eu me senti muito bem-vinda e amada ali, porque meus pais haviam entrado em contato com antecedência com uma das igrejas filiais da Ciência Cristã em Paris, e uma família muito boa se ofereceu para me levar à Escola Dominical e às reuniões de testemunho das quartas-feiras. Eles me convidaram para jantar em sua casa e me apresentaram aos membros da igreja. Eu logo me senti como se estivesse em minha própria casa, com minha família, cuidada por nosso Pai-Mãe Deus.

Naquela Páscoa, passei algum tempo com minha colega de quarto da faculdade na casa dela, na Inglaterra. Os pais dessa colega (que não eram Cientistas Cristãos) me levaram a uma igreja filial que tinha um grupo muito pequeno de Cientistas Cristãos. Os três membros ocupavam todos os cargos na igreja, eram leitores, pianista, solista e recepcionista! Um deles também se ofereceu para me dar aula na Escola Dominical, onde desfrutei de uma das aulas mais inspiradoras da minha vida. 

No ano seguinte, voltei a Paris para continuar os estudos, e viajei a vários outros países. Em cada nova cidade que visitava, eu procurava localizar a igreja filial e a Sala de Leitura da Ciência Cristã mais próximas e, de novo, sempre me sentia como se estivesse em casa. O mais importante, porém, é que eu via o poder sanador do Cristo em todos os lugares que visitava, porque mesmo as filiais menores estavam ativas em sua prática de cura e em suas comunidades. 

 Com as recentes medidas de isolamento social relacionadas à pandemia, em todo o mundo, quando muitas igrejas tiveram de alterar o formato dos cultos para transmissões on-line, fiquei muito grata pela maneira como Deus, o Amor divino, atendeu essa necessidade temporária. Duas semanas após o início do isolamento, consegui realizar on-line a reunião anual da minha associação de alunos da Ciência Cristã, com a participação de membros do mundo inteiro. Os cultos de nossa igreja filial também continuaram sem interrupção, e muitos novos frequentadores se uniram a nós on-line. Essa solução temporária nos mostrou que Igreja não consiste em uma estrutura física, mas em uma atividade de cura, uma presença ativa nas comunidades.

Durante vários anos nossos membros haviam pensado na possibilidade de vender o imóvel de nossa igreja antiga, cuja manutenção era muito cara e demorada. Mas, para alguns membros, era difícil abandonar o edifício físico que conheciam e amavam havia tanto tempo. Contudo, quando mudamos o formato dos cultos para a transmissão on-line, compreendemos que o significado da Igreja não estava atrelado a um imóvel, mas sim à atividade de levar a palavra sanadora de Deus para aqueles que têm fome da Verdade, em nossa comunidade. Vendemos o imóvel antigo e encontramos um local ótimo, com frente para a rua, que agora usamos como nossa igreja e como Sala de Leitura, que fica aberta diariamente ao público.

Referindo-se ao Sermão do Monte proferido por Jesus, a Sra. Eddy escreve: “Onde foi que Jesus deu essa grandiosa aula — ou, melhor, essa série de grandes aulas — sobre a natureza humana e a natureza divina? Na encosta de uma colina, junto às margens em declive do Lago da Galileia, onde falou principalmente a seus discípulos imediatos”. No parágrafo seguinte, ela afirma: “Quando Jesus estava com eles, um barco de pesca se convertia em santuário, e a solidão se povoava de santas mensagens do infinito Pai. O horto se convertia em sala de aula, e os recantos da natureza eram a universidade do Messias” (Retrospecção e Introspecção, p. 91).

Para Jesus, a Igreja era uma atividade de cura espiritual a ser compartilhada com toda a humanidade. “Ele mostrou que as doenças eram expulsas, não pela corporalidade, nem pela medicina, nem pelas teorias materiais sobre a saúde, mas pelo Espírito divino, que expulsa os erros da mente mortal. A supremacia do Espírito foi o fundamento sobre o qual Jesus edificou”, observa a Sra. Eddy (Ciência e Saúde, p. 138). 

A Igreja que devemos edificar em nosso coração e em nossas comunidades é definida, em parte, pela Sra. Eddy como: “…aquela instituição que dá provas de sua utilidade e eleva o gênero humano, despertando a compreensão que está adormecida nas crenças materiais, levando-a ao reconhecimento das ideias espirituais e à demonstração da Ciência divina, expulsando dessa forma os demônios, ou seja, o erro, e curando os doentes” (Ciência e Saúde, p. 583).

Quando a Igreja está edificada no coração de cada um de nós — estabelecida em nossa profunda gratidão pela dádiva de Deus, o Confortador, o Consolador prometido para toda a humanidade, ou seja, a Ciência Cristã, e fundamentada no reconhecimento da necessidade de compartilhar fielmente esse método espiritual de cura — ela se torna uma força sanadora em nossa vida e em nossa comunidade, força essa que nada pode reprimir.

Há cerca de dois anos, eu tive uma cura transformadora que se realizou quando orei pela Igreja, com o objetivo de desenvolver um amor mais profundo por seu propósito divinamente ordenado, e por sua capacidade de redimir a humanidade de todo tipo de sofrimento. Por um período de alguns meses tive vários problemas físicos — primeiro, dor no pé, depois, dor na perna — o que tornava difícil caminhar. Nessas ocasiões, a oração trouxe alívio. Mas, por fim, passei a sentir uma dor persistente em todo o corpo e não consegui dormir por vários dias. 

Nunca senti vontade de recorrer à medicina, porque havia comprovado a eficácia da cura por meio da Ciência Cristã inúmeras vezes, em minha vida. Então, liguei para um praticista da Ciência Cristã e lhe pedi para me apoiar por meio da oração. O praticista estava muito confiante no poder de Deus para curar, mas, como eu continuava sem conseguir dormir, um pensamento agressivo me sobreveio: “Não aguento mais. Não vou conseguir”. Eu me preocupava com o que aconteceria com minha família e com meus alunos. Contudo, reconheci que esse pensamento era aquilo que a Bíblia chama de “pendor da carne” (Romanos 8:7), e entendi que era a alegação falsa de que a Ciência Cristã não podia curar. Eu sabia que, por ser a onipotente e incontestável lei de Deus, a Ciência Cristã não pode falhar.     

Então, uma mensagem angelical me disse para eu me concentrar em orar pela Igreja. Fui obediente. Afirmei em minhas orações que a Igreja é: “A estrutura da Verdade e do Amor; tudo o que assenta no Princípio divino e dele procede” (Ciência e Saúde, p. 583). Isso significava para mim que mesmo as proverbiais “portas do inferno” nunca poderiam prevalecer contra ela (ver Mateus 16:18), porque a Igreja está edificada sobre a rocha do Cristo.  

Continuei a orar com o raciocínio de que, por ser uma dádiva de Deus para a humanidade, a Igreja nunca pode deixar de provar que a Verdade e o Amor expulsam o mal e curam a doença. Eu afirmei que era normal a Igreja elevar a humanidade acima do sonho de vida na matéria, e ser uma presença ativa na comunidade. E é normal os membros da igreja estarem despertos, alertas e demonstrarem ativamente o poder sanador do Cristo, a Verdade. Também é normal que a humanidade seja receptiva à dádiva de Deus, o Confortador. Lembrei-me que a Sra. Eddy certa vez disse: “Devemos entender que o mundo está pronto para a Ciência Cristã” (We Knew Mary Baker Eddy, Expanded Edition, Vol. II, [Reminiscências de pessoas que conheceram Mary Baker Eddy, Edição Ampliada, Vol. 2], p. 286). Afirmei que cada membro da igreja está seguro sob a proteção de Deus, é sustentado por Sua poderosa destra e prospera por Sua graça. Por isso, nenhum de nós pode deixar de cumprir o santo propósito de Deus.

Ao orar com essas ideias, fui invadida por uma abençoada sensação de paz. Fui para a cama e consegui dormir pela primeira vez em muitos dias. Posteriormente, soube que o praticista também estivera orando pela Igreja ao mesmo tempo. Pouco tempo depois, eu estava completamente curada. Na verdade, eu me senti tão livre que voltei a correr, algo que não fazia havia quase quarenta anos!

Embora estivesse grata pela cura física, eu estava muito mais grata pela compreensão mais profunda de que a Igreja tem um poder de cura infalível, que abençoa a todos. A Igreja é um lar e uma família para todos — um espaço no qual toda e qualquer pessoa é bem-vinda, onde é possível sentir a paz indescritível do amor transformador do Cristo, que abrange tudo. Nossa igreja filial progrediu rapidamente este ano, e nós nos tornamos mais unidos do que nunca. Somos muito gratos por estarmos nos reunindo presencialmente, em um local mais acessível à nossa comunidade, como uma presença ativa de cura. Sou profundamente grata pela família da igreja e por sentir que a igreja também é meu lar.

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