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Original para a Internet

Por que orar? Para nos libertarmos!

Da edição de setembro de 2023 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 20 de abril de 2023.


Já me perguntaram qual o motivo que leva um estudante da Ciência Cristã a optar pela oração para resolver um problema, em vez de recorrer a um procedimento ou tratamento médico, facilmente à sua disposição. É claro que a resposta para isso sempre será individual mas, para muitas pessoas, parte dela pode estar relacionada ao objetivo final, àquilo que elas realmente buscam.

Há alguns anos, uma amiga relatou sua gratidão por uma cura que tivera, e sua maneira de pensar teve grande efeito sobre mim. Ela tivera um problema em um dente, o qual lhe causara dor. Acreditava que ir ao dentista provavelmente resolveria o problema, mas, ao refletir sobre o que realmente queria, percebeu que desejava aprender mais a respeito de Deus e de si mesma como Sua expressão espiritual. O que minha amiga de fato queria era liberdade, mas não apenas a liberdade física. Ela queria tomar o caminho que a libertasse mentalmente da noção de que a vida, a verdade, a inteligência e a substância estejam na matéria ou dependam dela.

O desejo de minha amiga e a disposição em dar o passo espiritual, por meio da oração, para compreender melhor a Deus e sua própria expressão ininterrupta da Deidade, não só lhe trouxeram a cura física do problema no dente — ela certamente ficou curada e sei que estava profundamente grata — mas seu esforço e disposição proporcionaram-lhe algo ainda mais maravilhoso. Deram-lhe a libertação mental. Deram-lhe um vislumbre tangível da “…Vida no Espírito e do Espírito…” como a “…única realidade da existência” (Mary Baker Eddy, Escritos Diversos 1883–1896, p. 24).

Acho que aquilo que realmente chamou minha atenção foi o desejo dela de ponderar mais profundamente a respeito da situação e não apenas tratar dos sintomas superficiais. Para mim, a questão está relacionada à percepção. Se nossa percepção a respeito da vida for a de que o homem é material, então nossa percepção a respeito de uma dor de dente será apenas material.

No entanto, se nossa percepção da vida for a de que o homem é espiritual, então, a dor de dente poderá ser vista como a sugestão agressiva de que haja substância na matéria. Por isso, um caminho racional a seguir é confrontar e remover a noção de que haja substância na matéria, em vez de ficarmos focados no dente em si. Essa abordagem genuína, essa percepção, não ignora nem negligencia o corpo. Também não significa que estejamos seguindo um dogma ou tendo uma atitude de teimosia e obstinação.

Uma diferença na percepção significa que existe uma diferença no objetivo final. Umas poucas frases aqui não conseguirão expressar completamente a profundidade dessa percepção espiritual da Vida no Espírito e do Espírito, mas poderão dar alguma luz. Muitas pessoas acreditam que o estudo constante da Bíblia e de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy, fornece uma verdadeira porta de acesso para compreender, praticar e provar que o Espírito é a única realidade.

O fundamento é que Deus é o Espírito, “o Princípio divino de toda a existência” (ver Ciência e Saúde, p. 589). Esse Princípio ou causa, produz um efeito, uma expressão, que é totalmente espiritual — a ideia de Deus. Essa expressão é o homem de Deus — você e eu. Cada ideia espiritual, cada um de nós, é uma expressão única, completa e individual do Espírito infinito.

Se Deus, o Espírito, é tudo, então a matéria, o exato oposto do Espírito, é apenas uma noção. É um tipo de sugestão hipnótica, fruto da educação, que parece ser o fator principal em nossa vida. A Sra. Eddy frequentemente se referia a esse fator hipnótico do materialismo como um sonho.

Por isso, se o objetivo final for um estado mental mais liberto do materialismo, consertar o sonho não vai ser suficiente. O que nós queremos é despertar dele, não encontrar uma maneira de viver nele.

O Cientista Cristão não ora para consertar a matéria, em vez disso, ora para ver e sentir mais claramente que ele próprio é totalmente espiritual — o efeito espiritual do Princípio divino de toda a existência, Deus. Suas orações individuais nessa direção, sem sombra de dúvidas, lhe proporcionarão vislumbres sem igual e sempre novos.

Em minhas orações, geralmente pondero sobre as qualidades divinas que sei que são também minhas, como alegria, paz e santidade. Isso me ajuda a perceber com mais clareza minha substância espiritual. Ajuda-me a compreender que o corpo representa apenas minha atual percepção das qualidades espirituais cuja fonte é Deus, isto é, as qualidades que constituem a ideia de Deus, pois é isso o que eu sou. Em vez de focar o pensamento no corpo, na percepção limitada de quem sou, minhas orações me ajudam a elevar-me para ver algo mais a respeito de Deus — da Verdade, da Vida e do Amor — o Princípio divino de toda a existência. Nesse espaço mental, em oração, estando receptivo e atento para ouvir, “o amado Cristo entra” (Phillips Brooks, Hinário da Ciência Cristã, 222) e conduz à cura.

Cristo Jesus expressava a plenitude do Cristo, a mensagem divina de amor e verdade para a humanidade. A natureza divina do Amor, Deus, resplandecia por meio dele e o tornou aquele que mostrou o caminho para todos. Sua vida e ministério ajudaram imensamente as pessoas a compreenderem melhor sua união espiritual com Deus e a sentir a liberdade que vem com essa compreensão.

O Cristo é a perene influência divina do Amor, Deus, a qual ressoa na consciência humana e eleva o pensamento à percepção daquilo que é correto, real e verdadeiro. Isso transforma o pensamento. E quando o pensamento muda, o corpo se ajusta. Quando vislumbramos ou percebemos algo da Vida no Espírito e do Espírito, a libertação mental acontece. As algemas, que nos prendem à crença de que nossa vida seja material, começam a cair, e o corpo manifesta naturalmente essa transformação do pensamento. A esse processo chamamos de cura, e de fato é, mas é a cura como resultado da libertação mental daquela visão hipnótica do materialismo. Esse tipo de liberdade é muito mais doce, e é permanente, porque está enraizada em algo que é eterno, o Espírito.

Já tive momentos em que essa busca pelo crescimento espiritual foi suave e de muita paz. Alguns momentos também foram de luta. Em muitas ocasiões, o desejo de conhecer melhor o Princípio divino de toda a existência trouxe a vontade de seguir o caminho que Jesus traçou, o caminho do Cristianismo e da cura pelo Cristo. E vivenciar a liberdade, que é fruto de se trilhar esse caminho, não tem preço.

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