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Original para a Internet

EDITORIAL

A renovação da vida

Da edição de janeiro de 2024 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 29 de dezembro de 2022.


É tão bom ver o reviver de uma planta murcha, depois de receber água. Uma vez, quando me descuidei ligeiramente e deixei sem água a minha plantinha, no peitoril da janela da cozinha, encontrei-a murcha e caidinha. Mas algumas horas após ser regada, ela se recuperou completamente, e seus ramos estavam erguidos ao céu, como se estivessem entoando louvores pela bênção da vida.

No entanto, tal qual acontece conosco, toda planta “voltará a ter sede” — conforme disse Jesus à mulher que havia ido tirar água no poço de Jacó (ver João 4:7–30). Sabe-se lá quantas vezes teria ela ido àquele poço, em busca do líquido vital. E quantas vezes estivemos todos nós sedentos por alguma renovação em nossa vida, aproveitando o início de um novo ano com o revigorado propósito de nos alimentarmos melhor, fazer exercícios, desintoxicar-nos e descontrair-nos?

Embora seja natural nos cuidarmos, o que devemos buscar — como foi dito à mulher, nesse relato bíblico — é uma renovação muito melhor do que meras mudanças, que nunca aplacam completamente a sede de algo que está faltando. Jesus chamou esse dom de “água viva” e disse ainda: “aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (versículo 14). Jesus prosseguiu, definindo essa água viva como sendo a compreensão de que Deus é o Espírito, fazendo com que nossa percepção da existência deixasse de ter base na mortalidade — um poço que se esgota e seca — e passasse a se fundamentar no vivificante e duradouro senso de vida no Espírito e do Espírito.

Embora a samaritana tenha sido rápida em dizer a Jesus que ela queria dessa água viva, sua renovação não aconteceu simplesmente por ter pedido a compreensão dessa perspectiva de vida mais substancial e espiritual. Ela teve ainda de reconhecer, e abandonar, exatamente aquilo que ela evitara trazer à luz: um estilo de vida imoral. Ainda que seus atos imorais talvez não se apliquem ao nosso caso em particular, a experiência dela nos serve de modelo. Uma vida profundamente alicerçada em um senso de Deus como o Espírito requer que identifiquemos, e então abandonemos, os modos de pensar e agir que não se alinham com essa compreensão.

Cultivar um coração que aspira, não somente a compreender a Deus como Espírito, mas também a estar disposto a identificar e abandonar as maneiras materialistas de pensar, é primordial para a prática da Ciência Cristã, conforme diz a Descobridora dessa Ciência, Mary Baker Eddy. Seu livro principal sobre essa Ciência do Espírito, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, explica: “Sem estar preparados para a santidade, não podemos receber a santidade.

“Um grande sacrifício de coisas materiais tem de preceder essa compreensão espiritual adiantada” (pp. 15–16).

A compreensão de que Deus é o Espírito vai além do nível superficial de aceitarmos que Deus não é um ser corpóreo. A Ciência Cristã é a chave que dá acesso às mais profundas implicações dessa simples declaração, pois mostra que a criação do Espírito tem de ser a semelhança do Espírito: não pode ser material, tem de ser espiritual. E tem de refletir todas as qualidades do Espírito, inclusive pureza, harmonia, perfeição e imortalidade — não em alguma época distante, mas aqui e agora.

A mulher junto ao poço não tinha dificuldade em aceitar a ideia da vida eterna, como algo para algum dia no porvir. Ela disse a Jesus que sabia que, quando viesse o Cristo, tudo aquilo que Jesus dissera, e mais ainda, seria revelado. Mas, para Jesus, o reino de Deus — a supremacia e plenitude do Espírito — já estava presente. Quanto ao Cristo, o Messias, Jesus disse à mulher: “Eu o sou, eu que falo contigo”. Ele era a corporificação do Cristo, a verdade sobre o existir de cada indivíduo, e o manifestava de maneira tão completa que, em sua presença, a perspectiva da mulher a respeito da existência deve ter sido purificada e transformada. Certamente, muitos de seus antigos modos de pensar a respeito de si mesma foram substituídos por um senso de vida infinitamente melhor. Essa era a “água viva” que ela recebeu, e que a sustentaria por infinitamente mais tempo do que a água que tirava do poço; a “água viva” a tornaria capaz de fazer as mudanças morais que ela possivelmente estaria aspirando realizar.   

Hoje, esse mesmo Cristo vem a cada um de nós para revelar mais claramente que vivemos no Espírito. Para mim, essa revelação tem vindo muitas vezes como um alívio na sensação de peso — como uma luz matutina iluminando a certeza de que os problemas e fardos da existência mortal não têm a autoridade nem o poder que alegam possuir. Na verdade, já que o Espírito imortal é a nossa substância real, esses desafios não têm substância — nem poder.

Compreender esse fato implica vencer o ponto de vista de que os problemas sejam assustadores, difíceis ou insolúveis. Isso pode parecer uma tarefa árdua, especialmente quando o que vemos a toda hora reforça a perspectiva errônea. Mas o Cristo alcança até mesmo esses recantos obstinados de nossos pensamentos e os purifica. O resultado é um pensar mais inspirado, uma vida isenta de ego e a cura — todas as características de uma vida alicerçada no Espírito.

Assistir à chegada do Ano Novo pode fazer com que nos sintamos, ao menos temporariamente, renovados e esperançosos. Mas, conforme explicado na Ciência Cristã, a verdadeira bênção da renovação da vida está sempre presente: é o reconhecimento de que, aqui e agora, o tempo todo, vivemos em Deus — seguros, sustentados e felizes.

Jenny Sawyer
Redatora Convidada

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