Diante de tanta incerteza que parece pesar sobre o mundo, no atual período de turbulência política e econômica, líderes empresariais e políticos estão sendo desafiados a buscar soluções adequadas. Mas essas soluções muitas vezes produzem efeitos contrários. Para se chegar a soluções eficazes e permanentes para esses desafios, são necessárias ideias que sejam inspiradas por uma perspectiva mais espiritual. Nada mais pode fortalecer e estabilizar de maneira construtiva a economia global. De onde vêm essas inspirações criativas, que ajudem a impulsionar a humanidade para resoluções mais iluminadas? Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, escreve em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “As ideias são emanações da Mente divina” (p. 88).
As ideias que abençoam a humanidade vêm de Deus, a Mente divina, e chegam a nós por meio do Cristo, Emanuel, a presença amorosa e o poder de Deus na consciência humana. Essas ideias transformadoras e sanadoras se desdobram naturalmente, quando nos libertamos do medo. A ausência de medo traz a clareza mental que reconhece que as possibilidades infinitas estão ao nosso alcance. Essa clareza se torna ainda mais real e construtiva, quando o pensamento está alinhado com as qualidades de Deus, as quais constituem todo o bem.
Quando voltamos o pensamento a essa fonte mais elevada de inteligência, ideias inspiradas começam a fluir e nos dão uma direção útil e relevante. Seja em nível individual ou global, a economia então prospera, pois formas de implementar essas ideias construtivas são postas em prática, resultando em um melhor serviço para todos. Essas ideias e práticas e inspiradas, por sua vez, levam as comunidades a uma maior abundância na economia. Por isso, em nossa própria prática espiritual, podemos orar com confiança para enfrentar os desafios que dificultam uma atividade econômica saudável em favor da humanidade.
A Ciência Cristã revela que Deus é a Mente infinita, a fonte do bem ilimitado e inesgotável, e o homem (a verdadeira identidade espiritual de cada um) é Sua imagem, Sua ideia, e reflete esse bem infinito. Quando compreendida, essa economia divina de Deus — Seu suprimento abundante de ideias espirituais — se manifesta em nossa vida na forma de sustento, atividade, criatividade, cooperação e suprimento financeiro.
O que acontece quando o medo invade o pensamento e interrompe esse fluir da atividade produtiva? Quando somos tentados a ceder nosso pensamento ao medo e a absorver sua escuridão, ficamos desanimados e nossa capacidade de pensar com clareza e confiança fica prejudicada. A crença de que a mente humana seja limitada, e incapaz de encarar o futuro em segurança, acaba sendo devastadora. Isso inibe nossos movimentos e talvez faça com que nos sintamos estagnados, sozinhos ou desamparados.
Uma maneira de superarmos esse estado mental de inércia é direcionar nossa atenção para pensamentos centrados em Deus, isto é, pensamentos de gratidão e domínio, expulsando assim as imagens mentais negativas sobre “o que aconteceria se…”. A gratidão sincera pode nos manter no eterno “agora” do bem espiritual presente e abundante ao nosso redor. Essa é uma oração ativa e alerta, que nos lembra que nada é impossível a Deus. É a inteligência divina falando à mente humana por meio do Cristo, guiando-a para além das limitações dos sentidos materiais.
Anos atrás, aprendi a confiar no Cristo durante uma recessão econômica. Após o falecimento repentino de meu marido, fiquei com um pesado ônus financeiro e tive de vender nossa casa. A casa não tinha muito valor residual, descontando a hipoteca, além disso, havia uma dívida que precisava ser quitada, referente a um empreendimento recém-começado. Por mais de três meses, não consegui vender a casa, apesar da ajuda de um competente corretor de imóveis. Eu não tinha certeza de conseguir continuar pagando o financiamento da casa, junto com as despesas de aluguel da nova atividade.
Depois de humilde oração, o pensamento que me veio foi de anunciar a venda da casa na vitrine da minha loja. Eu estava insegura quanto à minha capacidade de negociar a venda de uma casa. Não conhecia muita gente. O mercado imobiliário não estava promissor. A situação parecia desesperadora. Contudo, obedeci à orientação. Coloquei o anúncio na vitrine e confiei em Deus para guiar cada passo do desdobramento.
Naquela noite, com o desejo renovado de ouvir a Deus em cada dúvida, peguei a Bíblia e li esta passagem: “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento” (Provérbios 3:5).
Durante a semana, um casal que vira o anúncio na vitrine entrou na loja. Logo após visitar a casa, eles a compraram por um valor razoável e negociei o contrato de venda com a ajuda de uma financeira. Consegui comprar uma casa menor que satisfez todas as minhas necessidades por muitos anos. Então, poucos meses depois, minha loja, que mal estava sobrevivendo, começou a prosperar. Em menos de dois anos, toda a dívida foi quitada. Hoje, 27 anos depois, moro em uma casa maior e meu negócio continuou a prosperar, mesmo durante a pandemia. Ainda olho para aquela vitrine com profunda gratidão a Deus.
A vida livre de fardos não está fora de nosso alcance, nem está a anos de distância. Permitir que o Cristo nos dê as ideias corretas exatamente quando delas precisamos — neste exato momento — liberta-nos da intromissão de temores provenientes do senso de limitação. A “economia do Cristo” pode ser uma ideia segura para todos!
