Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer
Original para a Internet

Como podemos pôr “freio ao crime”

Da edição de fevereiro de 2024 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 6 de novembro de 2023.


Sentado no banco do motorista no carro alugado, com cacos de vidro por todo lado devido a um arrombamento que resultara no roubo de meu notebook, eu tentava entender por que e como isso havia acontecido. Seis outros carros também haviam sido vandalizados naquela noite, no mesmo estacionamento muito bem iluminado. Um policial que estava no local admitiu ter assistido a tudo pela webcam de sua viatura e pediu desculpas pelo fato de a polícia não estar equipada para lidar com a onda de crimes que assolava a cidade. Esse incidente ocorreu apenas um dia depois de eu ter visto um passageiro de uma companhia aérea agredir verbalmente uma comissária de bordo e de eu ter sido convidado a servir de testemunha.

Embora essas situações não sejam tão graves, se comparadas à violência que outras pessoas têm sofrido, senti que era um alerta para mim, como Cientista Cristão e metafísico, para compreender como abordar mais eficazmente, e curar com a oração, essas alarmantes tendências criminosas. Devido ao aumento de determinados tipos de crime, senti que não podia permanecer em uma atitude passiva ou indiferente.

No livro-texto da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy fala de uma fermentação contínua no pensamento humano e faz um surpreendente apelo para agirmos: “…mentes maldosas se empenharão em encontrar meios de causar males piores; mas aqueles que discernem a Ciência Cristã porão freio ao crime” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, pp. 96–97).

Apesar de estar estudando a Ciência Cristã havia muitos anos, eu não tinha a certeza do que a autora quis dizer com “porão freio ao crime”. Será que ela estava sugerindo que os Cientistas Cristãos se voltassem a uma carreira na segurança pública? Embora possa ser considerada uma vocação nobre, tenho a certeza de que sua declaração deve ter um significado mais amplo e mais profundo, pois o foco de sua descoberta era a cura pelo Cristo.

A Sra. Eddy não se esquivou de abordar o tema do crime em seus escritos. A palavra aparece diversas vezes em suas obras publicadas. Em uma das menções, ela até descreve sua visita à cela do assassino de um presidente: “Visitei, em sua cela, o assassino do Presidente Garfield, e constatei que seu estado mental era de idiotia moral. Ele não tinha nenhuma consciência de que sua ação havia sido um crime; ao contrário, a considerava um simples ato de justiça, e se via a si mesmo como a vítima. Minhas poucas palavras o tocaram; ele se afundou em sua cadeira, prostrado e pálido; sua petulância cessara. O carcereiro me agradeceu e disse: ‘Outros visitantes trouxeram-lhe flores, mas a senhora trouxe aquilo que lhe fará bem’ ” (Escritos Diversos 1883–1896, p. 112).

O que a Sra. Eddy levou àquela cela naquele dia? Por ser uma dedicada seguidora de Cristo Jesus e a Descobridora da Ciência que está por trás dos ensinamentos e obras do Mestre, a Sra. Eddy sabia que Deus é totalmente bom e todo-poderoso. E sabia que Ele governa Seus filhos com justiça divina e suprema, tendo criado o homem — a verdadeira individualidade de cada um de nós — incapaz de pecar ou adoecer. Foi esse conhecimento que realizou a mudança moral reconhecida pelo carcereiro.

Pesquisei na Bíblia e nos escritos da Sra. Eddy para melhor compreender o que o chamado dela para pôr freio ao crime realmente significava para mim. Também estudei os antônimos da palavra crime. Surpreendentemente, quase todos eram conceitos morais e espirituais, como bondade, virtude, justiça, confiabilidade, moralidade e obediência. Isso me levou a uma nova e mais clara compreensão de que o crime é principalmente um problema teológico, não meramente social. Diante disso, comecei a ver que minha responsabilidade para pôr um fim ao crime estava na oração.

Quando interrogados, os criminosos às vezes relatam ter tido um impulso que não vinha deles, ou dizem não saber o que realmente os motivou. Essas confissões reforçam a importância da oração para fazer cessar até mesmo a tendência ou o desejo de perpetrar o mal, que é claramente algo que não faz parte da verdadeira natureza do homem criado por Deus. Ao ponderar sobre isso, comecei a ver que minha oração também poderia ser preventiva, promovendo segurança e proteção para todos.

Com isso, aceitei o chamado para orar diariamente, de maneira diligente e incansável, afirmando que Deus, o bem, é o Criador e que o homem, filho de Deus, é por natureza inocente e não está sujeito a nenhuma influência, força ou contágio maligno. Afirmei especificamente que o homem não pode ser influenciado ou encorajado por nenhum suposto poder do mal, ilegítimo, sutil e pernicioso, que o leve a fazer coisas contrárias à sua natureza e propósito espirituais. Sob o controle de Deus, que não é opcional, o homem não pode desejar prejudicar a si mesmo ou aos outros. Pelo contrário, a influência da Mente divina o impele a fazer o bem ao próximo. O chamado que comecei a atender foi justamente declarar tudo isso com convicção e confiança. Pude ver a urgência dessas orações, principalmente neste período, e mantive a expectativa de que teriam efeito prático.

Várias vezes, durante os anos em que trabalhei para o governo, quando graves ameaças físicas foram descobertas, foi preciso adotar sérios passos humanos de prevenção e proteção, mas eu também mantive uma atitude de oração. Em determinada ocasião, fomos informados que um grupo de manifestantes, que havia obtido autorização para percorrer as ruas, pretendia atirar garrafas de sangue em nosso grupo. Tive de decidir se deveríamos ou não prosseguir para o parque onde ocorreria a manifestação. Eu sabia que precisava ficar em comunhão com a Mente divina, Deus, para obter uma resposta. A Lição Bíblica daquela semana do Livrete Trimestral da Ciência Cristã me deu a confiança necessária para dar a ordem de que deveríamos estar presentes no evento. Nossa presença no parque foi pacífica e produtiva, e o grupo de manifestantes nem sequer apareceu.

Outra vez, em visita oficial a outro país, fui confundido pelas autoridades locais com um indivíduo indesejado. A polícia me jogou contra o muro e me reteve contra minha vontade. Embora eu tenha tentado persuadi-los do erro, eles não me libertaram. Por fim, me acalmei e esta ideia me veio ao pensamento: minha verdadeira identidade é a de filho de Deus, e ter essa certeza seria minha melhor defesa para garantir a libertação. Ao adotar essa perspectiva espiritual, e não resistir fisicamente, fui imediatamente libertado, com pedidos de desculpas por parte das forças de segurança.

O mundo clama pelo fim da dor causada pelos altos índices de criminalidade nas diversas comunidades. Pegar em armas espirituais e orar pelo fim do terror que atinge tantas pessoas é uma estratégia muito responsável e necessária que pode ser, e será, a mais eficaz. Pôr “freio ao crime” por meio da oração diligente é, creio eu, o que os Cientistas Cristãos estão sendo chamados a fazer, e tal oração é algo que todo aquele empenhado na busca espiritual pode realizar.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / fevereiro de 2024

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.