Certa vez, eu estava em cima de uma escada para consertar meu veleiro, quando a escada escorregou e eu caí no chão de costas, batendo o ombro em um bloco de madeira. Fiquei deitado de lado, e me lembrei destas palavras da “Oração Diária”, que encontramos no Manual dA Igreja Mãe, de autoria de Mary Baker Eddy: “…estabeleça-se em mim o reino da Verdade, da Vida e do Amor divinos…” (p. 41). Lembrei-me também desta passagem do livro-texto da Ciência Cristã: “Tudo é a Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, p. 468). Estes sinônimos de Deus — a Verdade, a Vida, o Amor e a Mente — fizeram meu pensamento voltar-se para Deus e afastar-se do problema.
Meus colegas de esporte acorreram para ver como eu estava, e me ajudaram a me acomodar em uma posição mais confortável. Chamaram uma ambulância e, quando esta chegou, os paramédicos queriam me levar para o hospital, mas agradeci e recusei. Minha filha também veio, e tentou falar com um praticista da Ciência Cristã. Como não conseguiu, ligou para um membro da igreja pedindo ajuda, e ele prontamente começou a orar. Quando minha filha e eu chegamos ao carro para ir para casa, esse membro da igreja ligou e leu em voz alta a resposta à pergunta “O que é o homem?”, a qual tem início na página 475 de Ciência e Saúde, substituindo a palavra “homem” pelo meu nome. A resposta começa assim: “O homem não é matéria; não é constituído de cérebro, sangue, ossos nem de outros elementos materiais”.
Um pouco mais tarde, recebi um e-mail desse amigo com algumas reflexões sobre o ato de sentar-se e caminhar, lembrando-me de que, ainda que sentisse dor ao andar, na verdade eu vivia, me movia e existia no Amor divino, e que nada havia alterado esse fato. No livro-texto da Ciência Cristã, lemos: “Passo a passo, os que confiam nEle hão de constatar que ‘Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações’ ” (p. 444), o que me trouxe a ideia de que os passos não implicam dor.
No dia seguinte, na hora do almoço, comecei a me questionar se a decisão de não ir ao hospital tinha sido correta. Decidi solicitar uma radiografia, e continuei afirmando que os médicos só poderiam ver o que meu pensamento refletia, ou seja, a Vida, a Verdade e o Amor. A radiografia revelou que não havia fratura. No entanto, eu senti muita dor durante a noite.
No hospital, haviam me dado alguns analgésicos mas, após o primeiro comprimido, parei de tomá-los, embora a dor não tivesse diminuído. Telefonei novamente a meu amigo da igreja, e ele perguntou, brincando, se, de alguma maneira, eu havia deixado minhas convicções espirituais na recepção do hospital. Esse comentário foi um alerta que fez meu pensamento voltar ao foco! Depois disso, comecei a melhorar.
Em pouco tempo, passei a dormir normalmente em minha cama, a vestir a jaqueta sem ajuda e a subir escadas. Logo consegui voltar a ajudar meus amigos em algumas tarefas. Atualmente, tenho total liberdade de movimentos. Sou muito grato por comprovar que a idade não é um fator a ser considerado na cura. O Salmo 107:8 diz: “Rendam graças ao Senhor por sua bondade…” É o que estou fazendo ao dar este testemunho.
Dieter Schön
Berlim, Alemanha
