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Original para a Internet

Curadas a perna e a sugestão de culpa

Da edição de fevereiro de 2024 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 6 de novembro de 2023.


Há alguns anos, eu estava na garupa de um ATV, um quadriciclo para terrenos difíceis, viajando por uma região montanhosa, coberta de neve. Meu filho guiava, e não tinha muita experiência, especialmente em dirigir no gelo e sob a neve. Um amigo muito mais experiente dirigia outro ATV. À esquerda do caminho havia uma descida íngreme. O percurso foi ficando mais acidentado e nosso veículo começou a deslizar colina abaixo, sem controle. Batemos em uma árvore e fomos arremessados do quadriciclo. 

Minha perna ficou presa embaixo do ATV, e começamos imediatamente a orar. Consegui me desvencilhar e sair de debaixo do veículo, mas sentia muita dor e, quando tentava andar, parecia que eu ia desmaiar. Nosso amigo conseguiu chegar até nós, e nos levou de volta ao local onde estávamos hospedados. Meu filho também se havia ferido durante a queda, e culpava a si mesmo por ter causado meus ferimentos. Eu culpava nosso amigo por ter sugerido o passeio em tais condições. 

É fácil culpar a nós mesmos ou aos outros, quando as coisas dão errado. No entanto, quando os discípulos questionaram Jesus a respeito de um homem cego, ele eliminou toda sugestão de culpa. Eles perguntaram: “…quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus”, e então curou o cego, não dando margem à culpa (ver João 9:1–7). Paulo socorreu um jovem chamado Êutico, que aparentemente havia morrido depois de ter adormecido e caído de uma janela do terceiro andar, durante a pregação do Apóstolo. Este não culpou a si mesmo por ter pregado por tanto tempo, tampouco culpou o jovem por ter adormecido, nem os seus amigos por não terem cuidado dele. Paulo simplesmente curou o jovem (ver Atos 20:7–12). 

Meu filho e eu sabíamos que precisávamos nos libertar da sugestão de culpa. Decidimos assistir a uma conferência da Ciência Cristã disponível online. A certa altura, o conferencista disse que devemos permitir que o amor nos inunde até transbordar. Quando deixei que essa mensagem calasse em mim profundamente, senti amor por meu filho, por meu amigo e por mim mesma e, com esse amor, a dor cessou.

Em poucos dias, eu estava totalmente curada, como se nada tivesse acontecido. Nem lembrava qual perna havia ficado presa embaixo do veículo, e meu filho contou que tivera uma experiência semelhante, pois sua cura fora igualmente completa. Desde essa ocasião, venho praticando atividades físicas sem qualquer restrição, inclusive andar de bicicleta, correr e escalar montanhas. Um amigo meu, que é médico, ficou surpreso por eu não ter sentido nenhum efeito prolongado do acidente. Eu lhe disse que, com Deus, só existem efeitos do Amor, todos maravilhosos.

Muitas das inúmeras curas físicas que tive, ao longo dos anos, incluíram um despertar moral. Mary Baker Eddy abordou essa questão quando escreveu: “A Ciência vem declarar corretamente o que é Deus, e o Cristianismo vem demonstrar essa declaração e seu Princípio divino, melhorando o gênero humano física, moral e espiritualmente” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 466).

Um importante efeito colateral dessa cura da sugestão de culpa ocorreu ao escrever este testemunho para enviá-lo à Sociedade Editora. Percebi que eu estava completamente livre da mágoa e do senso de culpa, que haviam se alojado bem no fundo de meu pensamento, depois do término de um relacionamento sentimental. Após o falecimento de meu devotado marido, com quem estivera casada por muitos anos, pensei que esse novo relacionamento era a resposta de Deus às minhas orações. Fiquei arrasada quando não deu certo.

 Aprendi, porém, a abandonar o conceito limitado de companheirismo, e passei a confiar em que Deus proveria tudo o que eu precisasse. O momento decisivo ocorreu quando orei com este trecho da Bíblia: “…o Senhor vos faça crescer e aumentar no amor uns para com os outros e para com todos…” (1 Tessalonicenses 3:12), e com esta frase de Ciência e Saúde: “Ao ampliar-se a alegria, a boa vontade deveria expandir-se ainda mais” (p. 58). Essas mensagens me levaram a focar a alegria de expandir meu afeto para incluir a muitos, até mesmo estranhos, em vez de pensar apenas em uma pessoa. E eis o que aconteceu.

Mesmo durante as restrições ao contato social, impostas no período da pandemia, pude contar com importante companhia amigável e perfeita em todas as minhas atividades. Na verdade, muito melhor do que poderia ter planejado. Eu não me sentia mais dependente de uma pessoa, mas de Deus, que é a fonte do amor e do companheirismo. E o amor de Deus transbordou em meu coração, a ponto de eu conseguir amar até pessoas que antes procurava evitar. Confiar em Deus me permitiu guardar boas lembranças e lições importantes do relacionamento anterior, sem desejar retornar ao passado.

É uma verdadeira bênção constatar que feridas emocionais e físicas podem desaparecer como se nada tivesse acontecido, quando reconhecemos que Deus, o Amor, está inundando completamente nossa vida, proporcionando inteireza física, moral e espiritual.

Truth Johnston
Beaverton, Oregon, EUA

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