Libertei-me da dependência da cafeína

Em determinado momento, quando eu estava na faculdade, comecei a perceber que minha dependência da cafeína havia aumentado muito. Em um domingo à tarde, senti a necessidade de beber um refrigerante, mas, devido à demanda do fim de semana, a máquina de refrigerantes em meu prédio estava vazia, e o único edifício aberto aos domingos, no campus, no qual poderia haver uma máquina de refrigerantes abastecida, ficava um pouco longe. Além disso, eu teria de me agasalhar e andar pela neve para chegar até lá, e não queria parar de estudar, tampouco sair no frio, mas a vontade de beber aquele refrigerante era grande. E fui. Só então dei-me conta de que eu era dependente da cafeína. No entanto, perceber que precisava mudar não foi suficiente para que eu mudasse.

Alguns meses antes, minha colega de quarto havia me alertado sobre o consumo de cafeína. Seu tom sério me surpreendera, pois na época eu não percebia a importância de evitar tomar bebidas consideradas viciantes ou que pudessem criar dependência. Na ocasião, não estava pronta para mudar meus hábitos. Eu não fazia uso intencional da cafeína como estimulante, embora ela estivesse presente nos refrigerantes que eu gostava de consumir em grande quantidade.

Meses depois daquele frio domingo, fui a uma Sala de Leitura da Ciência Cristã para ler a Lição Bíblica semanal constante do Livrete Trimestral da Ciência Cristã. Ao terminar a leitura, peguei uma revista da Ciência Cristã. Um dos artigos me levou a pensar que, aquilo que fazemos por mero hábito é uma forma de materialismo. Ponderei sobre isso por vários minutos. Era a mensagem de que precisava. Eu não queria perpetuar um hábito ruim, nem aceitar algo que não fizesse parte de minha verdadeira identidade. E eu não queria ter nada a ver com o materialismo, pois, com o estudo da Ciência Cristã, havia aprendido que a realidade é espiritual, não material. Todo o verdadeiro existir (inclusive a verdadeira identidade de cada um de nós) é espiritual, criado e mantido por Deus. O desejo genuíno de entender nossa verdadeira natureza espiritual nos eleva acima do que nos aparece como matéria.