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Original para a Internet

Trazer luz a diálogos difíceis

Da edição de fevereiro de 2024 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 23 de outubro de 2023.


A caminho de casa, eu tinha de passar por um grupo de cinco manifestantes que protestavam na calçada. Protestavam com veemência, contestando uma questão sobre a qual eu tinha uma opinião formada.

Comecei a orar em busca de uma compreensão espiritual mais elevada sobre as pessoas que protestavam. Eu desejava abandonar toda narrativa negativa e encontrar mais possibilidades de cura para fazer e expressar o bem.

Ocorreu-me a ideia de falar com um dos líderes do grupo, e o resultado foi um diálogo muito proveitoso. Compartilhei com ele algumas ideias interessantes, surgidas em uma conversa que eu havia tido com outro membro do grupo. Surpreso, esse líder também mencionou o que ele entendia sobre o lado contrário.

Conseguimos encontrar, não apenas interesses comuns, mas também perspectivas mais elevadas, ao reconhecer que ambos estávamos empenhados na luta por mais dignidade e bem-estar para todos.

Ao afastar-me, seguindo meu caminho, percebi que a disposição de ver a nobreza e o bem nos outros possibilita que os outros vejam essas mesmas características em nós. Daryl Davis é um músico de blues, negro, que procura aproximar-se de membros de grupos extremistas, como o Ku Klux Klan, por meio de conversas ponderadas, que resultam em mudança de atitude. Daryl disse em uma entrevista à rádio NPR: “Se você passar cinco minutos com seu pior inimigo… perceberá que ambos têm algo em comum. … Eu não converti ninguém, mas eles viram a luz e se converteram”.

Encontrar interesses comuns é uma coisa, mas o fato de nos encontrarmos, uns aos outros, em uma perspectiva mais elevada apoia a reforma e torna viável uma paz mais espiritual e mais promissora. Mais do que nos colocarmos contra alguma coisa, podemos encontrar um senso de união na realidade espiritual de que todos somos por natureza a favor de algo: do bem e da luz que vem de Deus, do Amor onipotente e da Vida inteligente que criou e sustenta todos nós.

Essa luz divina é verdadeiramente universal. E há um fundamento bíblico para ver a nós mesmos e aos outros como a expressão da luz de Deus. Em 1 João, lemos: “…Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” (1:5). E, por sermos filhos de Deus, todo o nosso existir e identidade são repletos de luz, e todos nós refletimos essa mesma luz, de maneira individual. O livro de Efésios diz: “…agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” (5:8).

Na luz do Amor divino há cura e poder transformador. Mary Baker Eddy, a Descobridora da Ciência Cristã, escreve: “O Amor dá à menor das ideias espirituais a força, a imortalidade e o bem, que brilham através de tudo, assim como no botão se entrevê a flor” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 518). Quando começamos com essa correta e humilde ideia, ela funciona como uma centelha que propicia mais expressões do bem.

Talvez não seja fácil ver os outros como filhos da luz divina — especialmente aqueles que se opõem ao que talvez consideremos como nossas opiniões esclarecidas. Mas a expectativa de ver a expressão do bem espiritual nos outros significa que estamos dispostos a renunciar às nossas opiniões humanas em favor do ponto de vista divino, a ver essa luz e influência divinas presentes em todo lugar, e a permitir que a bondade, em lugar da raiva, determine a maneira como interagimos com os outros.

Em uma base profundamente espiritual, somos todos filhos da luz, conectados com o Amor divino e uns aos outros, neste exato momento. O Amor divino é refletido no amor que expressamos por nosso próximo. Como essa afirmação é verdadeira para todos, podemos começar nossa interação com os demais apoiados na certeza de que cada um tem seu lugar e valor no universo, e em um desejo humilde de aprender e crescer juntos. Descobriremos, então, de maneira gradativa e constante, que a possibilidade de aproximação, entre pessoas que pensam de maneira diferente, está ao nosso alcance.

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