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Original para a Internet

A gratidão e o amor — reinando em nosso coração

Da edição de março de 2024 dO Arauto da Ciência Cristã

Original em alemão

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 20 de novembro de 2023.


Há algum tempo, fiquei profundamente comovida ao ler esta declaração no Manual dA Igreja Mãe, de autoria de Mary Baker Eddy: “A gratidão e o amor devem reinar em todo coração todos os dias de todos os anos” (p. 60).

Essa mensagem me tocou e ecoou em meu coração, assim como um belo pôr-do-sol inspira o espectador. Foi tal qual o terno abraço de uma mãe amorosa a dizer: “Não tenha medo nem se preocupe. Está tudo bem. Alegre-se. Está tudo sob controle”. Eu quis compreender um pouco melhor essa gratidão e esse amor mencionados pela Sra. Eddy.

Muitas vezes sinto-me repleta de amor e gratidão a Deus pelo fato de morar em um local rodeado de beleza natural. Os bosques e prados exuberantes, os encontros inesperados com a variedade maravilhosamente colorida de animais que vivem aqui — veados, raposas, texugos, grous, ovelhas, jumentos, cavalos — tudo me traz à lembrança a paz e a perfeição da criação de Deus, que é completa. Nesse ambiente, o mundo aponta para o bem de que fala o primeiro relato da criação, na Bíblia: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gênesis 1:31).

Venho percebendo que, quanto mais meu pensamento está repleto de amor, maior é a gratidão que sinto. Elevo-me a um estado mental saudável e feliz. A alegria e a serenidade emergem, não deixando espaço para o medo nem para a negatividade. A paz permeia minha consciência — uma paz que não é passiva, mas alegre, ativa e está presente neste exato momento. É um estado de harmonia absoluta.

Na juventude, eu comprovei que a gratidão e o amor têm o efeito de nos elevar. Eu havia tido uma vida bastante protegida quando criança mas, na época da faculdade, viajei para a África Oriental com uma amiga e, subitamente, encontrei-me, pela primeira vez, em um mundo completamente diferente. As pessoas ao redor pareciam muito diferentes de mim, e eu me sentia muito insegura.

Mesmo assim, eu estava gostando da viagem. Tudo era novo e interessante, e rapidamente me senti à vontade. Ainda no início da viagem, porém, contraí malária, e as pessoas temeram por minha vida. Durante vários dias fiquei acamada em uma pousada, com febre alta, sentindo-me fraca e triste. Eu queria poder telefonar para uma praticista da Ciência Cristã mas, naquele tempo, não havia celulares nem computadores portáteis. Enquanto isso, minha amiga, que não era Cientista Cristã, estava tentando conseguir um médico nas proximidades. Estávamos inteiramente por nossa conta.

Em certo momento, ao despertar de um estado febril, tive um pensamento de desespero: “Será que este vai ser meu fim?” Sentindo-me exausta demais para me levantar, eu me resignei ao destino. Naquele momento, estava preparada para morrer. Impotente e cansada, mergulhei novamente em um sono agitado.

Desta vez, ao despertar, ouvi uma canção. Eu quis me levantar para ver de onde vinha o som, mas estava muito enfraquecida e desabei de novo na cama. A canção era um hino que minha mãe cantava para mim, quando eu era criança, toda vez que eu não estivesse me sentindo bem. A letra é um poema escrito por Mary Baker Eddy a respeito de Deus, o Amor divino, e parte dele diz:

Ó, vem da luta libertar
    Quem esperança tem,
E com amor o saciar;
    O Amor é Vida, o bem.
                 (Hino 30, trad. © CSBD)

Essas palavras, que em realidade eu estava ouvindo apenas em meu pensamento, calaram em meu âmago. Elas foram como uma mensagem a me sustentar, vinda de casa. Eram o terno e amoroso abraço de nosso Pai-Mãe Deus, que estava cuidando de mim e me assegurando: “Está tudo bem. Não se preocupe. Você é infinitamente amada”.        

Lágrimas de gratidão me escorreram pelo rosto. Essa mensagem amorosa foi incrivelmente confortadora. Eu não me senti mais sozinha, porque sabia que sou a filha amada de Deus. Havia um Pai-Mãe que me amava infinitamente e que estava bem ali comigo. Eu podia sentir esse amor que me rodeava e envolvia. Confortada e com muita gratidão, aconcheguei-me na cama e, dessa vez, tive um sono profundo e tranquilo.

Ao acordar, senti-me revigorada, fortalecida e saudável. Eu estava inteiramente restabelecida. Àquela altura, minha amiga havia conseguido um médico. Ele me examinou e, com um sorriso, disse: “Nunca vi ninguém mais saudável do que você”.

Como se pode imaginar, eu fiquei infinitamente grata. Continuei a sentir essa gratidão e esse amor durante o resto de minha viagem pela África Oriental. Era como se houvesse uma luz a meu redor. As outras pessoas pareciam sentir isso. Elas ficavam felizes em se sentar a meu lado e tratavam-me como uma amiga querida. Diversas vezes, levaram-me aonde havia alguém enfermo. Eu não entendia realmente por que faziam isso, nem sabia o que esperavam que eu fizesse. Mas, havia algo que eu sabia dizer: “Não se preocupe. Está tudo bem. Você é infinitamente amado por seu Pai-Mãe Deus, e Deus é maravilhoso!” As curas aconteciam de uma maneira simples e totalmente natural. No livro-texto da Ciência-Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, a Sra. Eddy declara: “A profundidade, a largura, a altura, a força, a majestade e a glória do Amor infinito enchem todo o espaço. Isso é suficiente!” (p. 520).

Na verdade, visto que o Amor infinito preenche todo o espaço, não há lugar para correntes ou circunstâncias que se contraponham a esse Amor. Onde existe a plenitude, não falta nada. Onde reina a paz, não pode haver discórdia. Onde está o amor, não há ódio.

O que mais me comove na frase: “A gratidão e o amor devem reinar em todo coração todos os dias de todos os anos” é a certeza absoluta de que sou capaz de expressar gratidão e amor, aqui e agora e a todo momento. Não importa que situação eu esteja enfrentando. Quer seja doença, relacionamentos humanos difíceis, sofrimento ou perigo, a gratidão e o amor estão sempre comigo. Eles moram em todo coração. E são parte integrante de nossa vida por toda a eternidade.

Essa declaração não constitui uma obrigação que deve ser cuidadosamente reassimilada dia após dia. Mas sim, é um fato permanente — a gratidão e o amor reinam todos os dias em nosso coração. Não necessitamos obtê-los. Eles já estão em nós.

Desde essa cura, declaro essas verdades todos os dias, e percebo que esses dons espirituais ganham vida em mim e se irradiam para os outros. Você já percebeu como um rosto triste e cansado se ilumina, quando o amor lhe provoca um sorriso? Como, de um momento para o outro, a gratidão pode transformar o rosto de uma pessoa e fazer com que expresse contentamento e beleza? O amor produz esse efeito, e até mesmo a menor centelha pode se tornar uma grande chama.

No livro Ciência e Saúde lemos: “Um só Deus infinito, o bem, unifica homens e nações; estabelece a fraternidade dos homens; põe fim às guerras; cumpre o preceito das Escrituras: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’; aniquila a idolatria pagã e a cristã — tudo o que está errado nos códigos sociais, civis, criminais, políticos e religiosos; estabelece a igualdade dos sexos; anula a maldição sobre o homem, e não deixa nada que possa pecar, sofrer, ser punido ou destruído” (p. 340).

Alimentemos a chama da gratidão e do amor, deixando-a acesa, de modo a perceber o cumprimento da promessa acima.

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