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Original para a Internet

PARA JOVENS

Dar fim ao comitê de reclamações

Da edição de março de 2024 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 11 de dezembro de 2023.


Com suspiros e lamentações em um volume exageradamente alto, eu e meus colegas nos arrastávamos para a aula seguinte, demonstrando nossa insatisfação. Eram só oito e meia da manhã e nós já havíamos elaborado, sem o menor esforço, uma lista enorme de reclamações sobre a escola, sobre o tempo, sobre as pessoas, e novamente, sobre a escola.

Esse era um ritual diário. Eu me juntei às reclamações, porque essa parecia uma maneira simples de me conectar com os outros, já que era fácil encontrar queixas em comum. Mas esse costume tinha impacto negativo em meu bem-estar mental, e aumentava o estresse que eu sentia em relação à minha vida.

Certo dia, minha mãe me ouviu reclamando e perguntou se acaso havia algo de bom acontecendo. Sua pergunta me surpreendeu — também me fez pensar nesta afirmação em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy: “Para os que se apoiam no infinito sustentador, o dia de hoje está repleto de bênçãos” (p. vii). Percebi que minha participação no “Comitê de Reclamações” dos colegas estava, de fato, minando minha confiança em que Deus pudesse abençoar minha vida. Eu estava contando com as reclamações, e o clima emocional que elas criavam, para me apoiar e para ajudar a criar vínculos de amizade, em vez de compreender que é Deus quem me guia e me apoia. 

Perceber isso também me fez lembrar de uma passagem da Bíblia que eu vinha estudando na Escola Dominical da Ciência Cristã. É algo que Jesus disse a seus seguidores: “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha” (Mateus 7:24, 25). Meu hábito de focalizar a negatividade era como edificar sobre a areia — não me dava estabilidade. Isso significava que, ao enfrentar um problema, minha vivência refletia a fundação sobre a qual eu havia edificado, e eu ficava cheia de dúvidas, de ansiedade, com a sensação de estar fora de controle. Essa passagem, porém, teve um significado muito especial para mim, porque me ajudou a ver que estabelecer meu fundamento em Deus me daria uma base sólida sobre a qual me apoiar, quando eu encarasse uma “tempestade”. E então minhas conversas, minhas tarefas, meus pensamentos e relacionamentos refletiriam o que eu sei que é verdadeiro a respeito de Deus, que é o bem.

Na realidade, o “conforto” que eu encontrava ao reclamar não me fazia sentir confortada, por isso, precisava ser substituído por algo que fosse, de fato, substancial: a confiança em Deus e o conforto que resulta dessa confiança. Eu precisava ver meus dias através das lentes do Amor e ajudar meus colegas a enxergarem o valor de reconhecer todo o bem que temos em nossa vida.

No dia seguinte, eu guiei meu grupo de colegas pelo inexplorado território da gratidão. Questionei nossos hábitos pessimistas, e todos nós descobrimos que havia oportunidades para reconhecer boas qualidades nos colegas, para comentar coisas que desejávamos aprender, e encarar nossos desafios de maneira mais otimista. Em vez de falarmos sobre prazos iminentes ou comentarmos fofocas triviais escolhemos, com toda sinceridade, a gratidão. Estávamos reconhecendo o bem em nossa vida, conseguindo encontrar alegria em nossos dias. Isso aliviava o peso de nossos problemas comuns e da carga de tarefas. Com a mudança em nossa perspectiva, estávamos reconhecendo e expressando a Deus — e sentindo Seu amor e Seu cuidado.

Eu sempre gostei muito da pergunta profunda que a Sra. Eddy faz: “Somos realmente gratos pelo bem já recebido? Então faremos uso das bênçãos que temos e assim estaremos preparados para receber mais” (Ciência e Saúde, p. 3). Essa pergunta não apenas me lembra de expressar gratidão pelo bem que tenho em minha vida, mas é também a promessa de que Deus satisfaz todas as necessidades. Parar com as reclamações ajudou todos nós a enxergarmos esse fato com mais clareza, e a gratidão fez com que as bênçãos de Deus em nossa vida ficassem muito mais tangíveis.

Essa experiência me mostrou como é gratificante voltar-me para Deus e reconhecer o bem em minha vida. Ela também me ensinou a importância de identificar e abandonar os hábitos que não beneficiam meu crescimento espiritual. Sou muito mais feliz agora, e recomendo que você comprove como a gratidão pode mudar sua vida! 

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