Você provavelmente já ouviu falar dos personagens principais — Jesus e seus discípulos (especialmente Pedro e Judas); Caifás, o sumo sacerdote judeu; e Pôncio Pilatos, o governador romano. Mas, o que dizer de Malco, o servo do sumo sacerdote cuja orelha foi cortada por Pedro? E a esposa de Pilatos, que alertou o marido sobre a inocência de Jesus? E Simão, o cireneu, que carregou a cruz de Jesus, e o centurião romano e seus soldados, que o pregaram na cruz? Um olhar mais atento para esses personagens secundários, nos eventos da Páscoa, pode revelar algo significativo sobre o efeito do Cristo em todos nós, nos dias de hoje.
Recentemente, pensei em algumas perguntas sobre aqueles personagens aparentemente irrelevantes naqueles acontecimentos dos Evangelhos. Como o julgamento, a crucificação e a ressurreição de Jesus poderiam ter modificado a vida deles e sua maneira de pensar? O que dizer de Malco, cujo nome aparece apenas no Evangelho de João (ver 18:10), mas que é citado nos outros três evangelhos? Sua orelha foi decepada por Pedro, na tentativa de defender Jesus dos soldados que tinham vindo prendê-lo. O que será que ele deve ter sentido quando sua orelha foi restaurada pelo Mestre? O que fez com que a esposa de Pilatos aconselhasse o marido a não se envolver na conspiração dos sacerdotes contra Jesus, cuja inocência lhe fora revelada em sonho?
E como deve ter sido para o centurião e os soldados romanos que estavam em serviço durante a crucificação? Aquele evento não tinha nada a ver com a história deles. Eles haviam vindo de uma cultura completamente diferente, adoravam muitos deuses e podem ter se sentido como espectadores desinteressados, depois de terem pregado Jesus e os dois criminosos em suas respectivas cruzes. Mas, quando viram o terremoto que se seguiu ao suspiro final de Jesus, disseram: “Verdadeiramente este era Filho de Deus” (Mateus 27:54).
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