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Original para a Internet

O Cristo já não é algo abstrato para mim

Da edição de julho de 2020 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 6 de abril de 2020.


Quando comecei a aprofundar meu estudo da Ciência Cristã, já adulta, percebi que eu não tinha uma clara compreensão do que era o Cristo. Por ter frequentado a Escola Dominical da Ciência Cristã durante a adolescência, eu sabia que a palavra Cristo se referia à natureza divina de Jesus, mas não posso dizer que eu compreendesse o que isso realmente significava. 

Em meu estudo daquilo que é espiritual, deparava-me continuamente com referências ao Cristo, no livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras e nos outros escritos de Mary Baker Eddy. Eu percebia como era importante compreender por que, por exemplo, ela colocava o termo Cristo antes do nome de Jesus. Eu também queria saber como Jesus curava por meio do Cristo. Portanto, empenhei-me em estudar mais a fundo. 

Decidi reservar uma hora toda sexta-feira para ir à Sala de Leitura da Ciência Cristã e ler com mais profundidade as Lições Bíblicas semanais (no Livrete da Ciência Cristã) e outros materiais de leitura da Ciência Cristã. Fiz isso durante um ano. As explicações a respeito do Cristo, apresentadas em Ciência e Saúde, foram esclarecedoras e me mantiveram no caminho certo. Por exemplo, ali encontramos a explicação de que o nome Cristo Jesus indica a natureza divina de Jesus; Cristo é um título que representa o poder de cura do Amor divino, Deus. Compreendi que esse poder de cura está disponível a todos para ser demonstrado, e o Cristo, a Verdade divina que Jesus vivia, é o meio pelo qual Deus fala conosco. “O Cristo é a ideia verdadeira que proclama o bem, a mensagem divina de Deus aos homens, a qual fala à consciência humana” (Ciência e Saúde, p. 332).

Alguns anos depois, passei por uma experiência inusitada, em que, de repente, tudo o que eu estava aprendendo já não parecia algo abstrato. Uma tarde, eu estava dando uma aula de arte em casa, quando comecei a me sentir mal, com calafrios e febre alta. Quando a aula terminou, eu mal consegui me enrolar em uma manta e me acomodar em uma cadeira. Meu marido não estava e não voltaria para casa naquela noite. Eu estava sozinha. Lembro-me de voltar meu pensamento a Deus, como já havia feito outras vezes, com a certeza de que Ele era meu “socorro bem-presente nas tribulações” (Salmos 46:1). Recordo muito pouco do que aconteceu depois disso, porque tive algumas perdas de consciência.

O Cristo, o poder de cura e de salvação que vem de Deus, tinha vindo a mim, me havia despertado e me havia curado.

Em determinado momento, senti como se estivesse flutuando abaixo da superfície, em águas profundas e escuras, com uma luz fraca, que vinha de cima. Então, tive um pensamento bem nítido: “O que me desperta do sonho é o Cristo”. Parecia uma voz vinda de dentro de mim. Esse pensamento veio com tanta força, que tive de repetir essas palavras. No começo, repeti mentalmente. Então, senti o ímpeto divino de dizê-las em voz alta. Eu me sentia impossibilitada de falar, e era forte a resistência a dar voz à verdade. Eu só queria voltar a dormir. Mas consegui abrir a boca e sussurrar as palavras. Repeti uma vez e mais uma — dessa vez com voz bem forte! 

Na terceira vez em que as repeti, minha consciência voltou por completo. Eu estava curada. E me senti cheia de energia e alegria, e nunca mais tive esse problema. O Cristo, o poder de cura e de salvação que vem de Deus, tinha vindo a mim, quando eu estava em um estado de total desamparo, e me havia despertado. Fiquei surpresa ao constatar que haviam passado mais de duas horas e já estava na hora de ir à reunião de testemunhos das quartas-feiras na minha igreja filial. Peguei o casaco e saí, com o coração transbordante de gratidão e alegria. Eu sabia intuitivamente que algo sagrado e maravilhoso havia acontecido, por isso guardei essa cura no meu íntimo e não a contei a ninguém por muito tempo.

Uma das lições significativas que tirei dessa experiência foi que uma coisa é entender intelectualmente o que é o Cristo, e outra, é sentir a presença vívida e poderosa do Cristo, a Verdade, como aconteceu comigo durante esse episódio. 

Embora eu não tivesse compreendido completamente, naquele momento, o que havia acontecido, compreendi que o Cristo não é uma entidade externa, mas é uma influência divina sempre presente que fala no âmago da consciência humana — e que me havia despertado, em um momento de necessidade, para que eu saísse do sonho mortal de vida na matéria e encontrasse uma compreensão mais elevada de vida espiritual. Esse despertar e reconhecer a existência do homem como puramente espiritual, o reflexo da Vida infinita, traz inevitavelmente a vitória sobre a doença, a carência, e qualquer outra crença limitadora da existência material.

Não importa o quanto possamos nos sentir desamparados, o Cristo está mais próximo de nós do que podemos imaginar, para nos libertar das ciladas da materialidade. A estrofe a seguir é de um hino do Hinário da Ciência Cristã, que diz:

Ó sonhador, desperta do teu sonho;
Ó tu, cativo, te ergue, livre e são.
O Cristo rasga o denso véu do erro,
E vem abrir as portas da prisão.
(Rosa M. Turner, Hinário da Ciência Cristã, 412, trad. © CSBD)

Que você também sinta o Cristo vivo e seu poder de cura!

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