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A Instrução em Classe: Um Passo Certo

Da edição de maio de 1974 dO Arauto da Ciência Cristã


Todo estudante sincero de Ciência Cristã, a um dado momento de sua jornada rumo ao Espírito, pensa seriamente em receber instrução em classe. Atento à cláusula do Manual de A Igreja Mãe, de autoria de Mary Baker Eddy, com referência à instrução em classe ministrada por professores autorizados de Ciência Cristã, o estudante reconhece essa atividade como sendo um passo certo, e conseqüentemente um passo normal de progresso.

Aquele a quem parece ter chegado o momento acertado de beneficiar-se com a experiência da instrução em classe, pode estar seguro de que seu desejo de freqüentar tal curso, é abençoado pelo Amor divino. A sr.a Eddy, diz-nos em Ciência e Saúde: “O desejo é oração; e nenhuma perda nos pode advir por confiarmos nossos desejos a Deus, para que sejam modelados e sublimados antes de tomarem forma em palavras e acões.” Ciência e Saúde, p. 1;

Embora reconheçamos a importância desse estudo avançado, talvez fiquemos contemplando durante anos a possibilidade de fazê-lo, antes de sentir-nos aptos a candidatar-nos junto a um professor. A mente mortal, sempre conspirando contra tudo o que é bom, tentará impedir-nos de partir para essa aventura espiritual, quer fazendo-nos adiar nossa decisão, quer fazendo-nos desistir dela. A estagnação, nunca o progresso, é um elemento dessa suposta mente. O erro deseja tentar impedir-nos de enxergar além e acima de nosso estado atual, e de almejar algo mais elevado. O erro deseja prolongar o “status quo”.

A instrução recebida em classe nos permite, em geral, fazer capitular o erro, e justamente por essa razão a mente mortal procura cerrar fileiras usando os mais eficazes argumentos contra tal instrução. Portanto, aquele que está lutando para progredir em seu estudo da Ciência deverá acolher criteriosamente o aviso da sr.a Eddy: “Os estudantes que estão preparados para esse passo devem acautelar-se da rede que é astutamente armada e habilmente oculta a fim de impedir-lhes o progresso nessa direção.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 241;

A apatia, por exemplo, tentará convencer o candidato de que a instrução em classe não é realmente necessária ou que tudo o que precisa saber a respeito da verdade já é de seu conhecimento. A inércia procurará mesmerizálo, levando-o a crer que alguma circunstância externa tal como falta de tempo, de dinheiro, de força ou de compreensão possa impedi-lo de realizar tal objetivo. Surgem desculpas: não seria conveniente, por ora, deixar o emprego, a família, os negócios ou o trabalho na igreja.

A resistência humana ao Cristo, a Verdade, é magnetismo animal. Procura atrapalhar os espiritualmente dotados, assim como o fez no tempo de Cristo Jesus. No Evangelho segundo Lucas, lemos como Jesus descreveu uma ceia para a qual muitos foram convidados, porém, um a um, todos declinaram do convite por estarem sobrecarregados com várias responsabilidades pessoais. Essa parábola, que nos lembra a festa espiritual reservada para aqueles que deixam tudo por Cristo, a Verdade, termina com as palavras do dono da festa: “[Eu] vos declaro que nenhum daqueles homens que foram convidados provará a minha ceia.” Lucas 14:24;

Uma pessoa que já tenha superado muitos argumentos, pode ainda ter certas reservas quanto à escolha de um professor. Se estiver alerta, não permitirá que o sentido pessoal ou a vontade própria lhe roubem a iluminação espiritual que acompanha a orientação da Mente. Não se deixará influenciar, por exemplo, pela popularidade ou proximidade de determinado professor. Nem tampouco permitirá que seus amigos, por mais chegados que sejam, a influenciem para que faça o curso com o professor deles, a fim de pertencerem à mesma associação. Tais caminhos e modos humanos precisam ser cuidadosamente rejeitados e o pensamento precisa estar receptivo à direção da Mente infalível.

Se o marido ou a esposa do candidato também estiver almejando dar esse passo de progresso, isso não quer dizer que ambos devam escolher o mesmo professor. A conveniência e a afinidade, embora desejável, não se pode comparar com a paz indescritível e a conseqüente harmonia que resultam de uma oração atendida. Aquele que se sente confuso ou perturbado ao ter que decidir-se sobre a instrução em classe, está dando ouvidos à opinião humana ao invés de ao cicio tranqüilo e suave. Encontrará liberdade de escolha mediante a comunhão com Deus.

O Mestre prometeu: “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto, e, fechada a porta, orarás a teu Pai que está em secreto; e teu Pai que vê em secreto, te recompensará.” Mateus 6:6; Aqueles que esperaram pacientemente até que a orientação infalível do Amor lhes fosse revelada, são incessantemente gratos. Escolhendo o professor com tal critério, o estudante obterá aquele relacionamento espiritual que o inspirará a abandonar os pesos das preocupações terrestres e a aspirar às alturas celestiais da consagração.

Algumas pessoas supõem que o único objetivo do curso é preparar o indivíduo para a prática pública da Ciência Cristã, e que portanto devem postergar a decisão de fazer o curso até se sentirem dispostos a se dedicar exclusivamente ao trabalho de cura. Embora a habilidade de uma pessoa para dar tratamento e para disciplinar o próprio pensamento venha a ser sobremaneira melhorada por esse estudo metafísico consagrado, o aluno do Curso Primário precisará adquirir a devida aptidão para a prática pública. Até que consiga chegar a esse ponto, aquele que foi instruído em classe tem o privilégio de aplicar sua compreensão da Verdade aos problemas que surgem no entrelaçamento dos assuntos humanos.

Um passo acertado de progresso é inevitavelmente proveitoso e recompensador. Não há nada que pague um método de estudo que estimula a pessoa a sondar as Escrituras com maior diligência, habilitando-a a vencer de maneira mais eficaz tanto a discórdia como a doença. De fato, essa pessoa nunca poderia encontrar-se numa situação que não fosse abençoada pelos conhecimentos que adquiriu através da instrução em classe. Idéias acertadas, que são a expressão da Mente infinita, são sementes do bem que se multiplicam continuamente. A demonstração individual de receber instrução em classe nunca é um fim em si, mas um começo, a porta aberta para glórias inestimáveis.

Em geral, o indivíduo está apto para receber instrução em classe no momento em que está disposto a confiar inteiramente no desdobramento do Amor, com relação a esse passo certo. Caso esteja excessivamente ansioso ou insistente, ainda terá de descobrir a eficácia, bem como a infalibilidade da lei do Amor, que age continuamente em prol de seus amados filhos. A sr.a Eddy escreve: “O Amor nos inspira o caminho, ilumina-o, no-lo designa e nele nos guia.” Ciência e Saúde, p. 454;

O candidato deve rejeitar toda sugestão de que ele é um mortal cheio de limitações e reivindicar sua verdadeira identidade como o reflexo da Mente. Assim como persistiria em afirmar o fato de que a saúde é uma qualidade inerente ao homem, a idéia de Deus, pode igualmente insistir em que a atividade acertada, proveitosa e contínua faz parte da inteireza do homem.

Desde o dia em que a Ciência Cristã entrou em sua vida, uma jovem senhora desejou receber instrução em classe, porém esse passo mais elevado parecia impossível. O principal argumento da mente mortal era a falta de recursos financeiros. Seu jovem esposo, já lutando para prover o necessário para a família, opôs-se, devido aos gastos envolvidos. Teria sido menos dispendioso e mais conveniente se ela tivesse escolhido um professor de sua cidade, mas essa senhora queria confiar na orientação de Deus. Durante anos ela acalentou silenciosamente o seu desejo, e afinal veio-lhe à mente com insistência o nome de um professor. Apresentou proposta de admissão e foi aceita. Através da correspondência, o professor lhe explicou que a instrução em classe tem o apoio de Deus e que portanto todas as coisas necessárias se desenrolariam naturalmente.

Essa senhora estava ajudando a aumentar as rendas familiares com meio período de trabalho feito em casa. Agora precisava dispor de tempo para o estudo diário, porém também dedicou uma hora e pouco cada dia a um projeto que — tinha certeza — prover-lheia o dinheiro de que necessitava. Quando o plano subseqüentemente fracassou, decidiu que a única solução prática seria, ao receber o ordenado, pôr de lado uma certa quantia de dinheiro. Porém, nem bem acumulava uma modesta soma, aparecia uma despesa justificada e lá se iam as economias.

Um dia, ao preencher alguns cheques, notou que dois dos débitos totalizavam exatamente a quantia que supunha suficiente para as despesas com o curso. A mente mortal sussurroulhe que, se simplesmente adiasse o pagamento dessas contas, poderia usar o dinheiro de imediato para suas necessidades. Ficou grata quando um pensamento angelical logo lembrou-lhe que seria desonesto reter algo que, de direito, pertencia a outrem e que realizar algo às custas de outros seria perda, e não ganho. Agradecendo a Deus por essa manifestação do Princípio, preencheu os cheques que deram plena quitação dos dois débitos.

Quando se volveu a Deus em busca de nova inspiração que satisfizesse a suas necessidades, logo lhe vieram à mente, com clareza e vigor, as palavras que o Mestre pronunciou séculos atrás: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino [o reino de Deus] e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas.” Mateus 6:33; Ela percebeu então que estivera delineando humanamente a sua fonte de renda. Teve uma profunda sensação de paz quando deixou Deus encarregar-se do caso.

Tomou todas as providências necessárias, inclusive reserva de trem e de hotel, embora não houvesse ainda dinheiro disponível. O dia previsto para a partida coincidia com o de pagamento, porém, já sabia de antemão que o salário do marido mal daria para cobrir os gastos normais da família. Mesmo assim, passou o dia regozijando-se com a bondade do Pai.

Naquela tarde, ao voltar para casa o marido trouxe o ordenado — o maior cheque que jamais recebera enquanto trabalhou para aquela firma. Além disso, o total recebido era a maior quantia já paga pela firma a um empregado por duas semanas de trabalho! Além do total de horas normais e extraordinárias, numerosos dividendos e restituições que a firma inadvertidamente deixara de pagar foram computados e adicionados ao pagamento normal. Havia mais do que suficiente para atender a todas as necessidades.

Por ser a instrução em classe uma manifestação de progresso espiritual, e por ser este uma idéia acertada, o local, a oportunidade, os recursos, a proteção e a direção, já estão plenamente estabelecidos pela Mente, e o Amor já os está sustentando. Uma vez que o estudante vislumbre esse fato e o reivindique como a verdade do ser, passará a ter evidências dele em sua experiência humana. Se os esforços estão motivados pela sinceridade e pelo amor abnegado, não poderá deixar de alcançar sua meta.

Nosso intento de receber instrução em classe bem pode ser comparado a estas palavras, em Provérbios: “No caminho da sabedoria te ensinei, e pelas veredas da retidão te fiz andar. Em andando por elas, não se embaraçarão os teus passos; se correres, não tropeçarás. Retém a instrução e não a largues; guarda-a, porque ela é a tua vida.” Prov. 4:11–13.

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