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Relações Estremecidas Podem Ser Curadas

Da edição de maio de 1974 dO Arauto da Ciência Cristã


Com demasiada freqüência as pessoas repetem o lamento de Jó: “Os que me conhecem, como estranhos se apartaram de mim. Os meus parentes me desampararam, e os meus conhecidos se esqueceram de mim. Os que se abrigam na minha casa e as minhas servas me têm por estranho, e vim a ser estrangeiro aos seus olhos.” Jó 19:13–15;

Seja qual for a natureza do desapontamento ou da esperança frustrada, seja qual for a duração das relações tensas ou rompidas, a Ciência Cristã está pronta para ajudar e curar. Ela pode trazer a cada caso de relações estremecidas a compreensão infinitamente sábia e compassiva do Cristo, a Verdade, e está preparada para varrer toda confusão, dúvida e antagonismo, e preparar o pensamento para a cura.

O Cristo, compreendido cientificamente, traz para a situação um sentido divino de amor, um amor infinitamente mais elevado do que o sentido humano de esperança desapontada, um amor que não conhece interrupção, diminuição, amargura, inveja ou ódio. O Cristo vem como panacéia para cada um e para todos. Traz bênção e alegria, companheirismo e paz, e coloca as relações humanas numa base inteiramente diferente. Cura as relações estremecidas, satisfaz os anseios do coração, desperta cada um para sua verdadeira identidade — seu eu espiritual e seu relacionamento inseparável com Deus, a Mente divina.

A Ciência Cristã ensina que não há idéias solitárias, nem idéias fragmentárias, nem idéias separadas de sua fonte divina ou que estejam em conflito umas com as outras. Cada idéia espiritual está eternamente relacionada com o Pai-Mãe Deus, e cada idéia está em um estreito e correto relacionamento com qualquer outra idéia na Mente divina.

O quadro mortal irreal apresenta as pessoas como seres que, muitas vezes, sentem-se alienados de Deus e que se apegam desesperadamente uns aos outros em relacionamentos frágeis e tênues que facilmente se rompem ou quebram, sujeitos aos caprichos da mudança e do acaso. Uma palavra irada pode destroçar afeições. Um motivo meritório pode ser interpretado erroneamente. Uma ação pode ser considerada imperdoável.

Nesse quadro mortal (inverídico porque Deus, o Espírito, é nossa única Vida) os relacionamentos são condicionais, dependendo de algum aspecto de uma situação humana, ao invés de Deus. A condição inverídica é: “Eu gosto de você porque ...” ou “Eu gosto de você quando você ...” ou “De você eu gostaria se ....” Todo sistema que visa satisfazer a necessidades humanas, está sujeito a altos e baixos, e nos deixa amplamente expostos ao desapontamento.

O relacionamento humano que dá satisfação e que é divinamente impulsionado, baseia-se só naquilo que é divinamente real e verdadeiro. A verdade acerca de cada indivíduo é que ele é o filho abençoado de Deus, corporificando e manifestando as qualidades espirituais que procedem diretamente da fonte divina. No relacionamento divino e verdadeiro cada um e todos apresentam qualidades espirituais e o relacionamento é o de feliz reciprocidade e entrosamento dessas qualidades.

Tal relacionamento divino não flutua e não termina. Pelo contrário, cresce e se revela, se desdobra e amadurece, e todo indivíduo vê, admira e glorifica as qualidades divinas em cada um e em todos.

Um dos fatores constantes na destruição de relações matrimoniais é o da diferença de desenvolvimento, a alegação de que uma pessoa está se desenvolvendo em ritmo mais rápido do que a outra, e conseqüentemente, que aquilo que havia sido convivência chegada se tornou desenvolvimento divergente. As diferenças ás vezes avultam cada vez mais até se tornarem virtuais obsessões.

Mas se, pelo contrário, mantemos o pensamento naquilo que é realmente verdadeiro na Ciência divina, as diferenças conflitantes se desvanecem, e são ampliadas as diferenças que acentuam a individualidade e contribuem para harmonizar o relacionamento. Vê-se agora o homem e a mulher da criação de Deus em toda a sua gloriosa diversidade e individualidade, ligados para sempre a Deus e um ao outro.

A cortina de fumaça da existência humana pode deturpar, sugerir desapontamento, amargura, raiva, vingança, mas não pode alterar o fato espiritual quanto àquilo que é verdadeiro no relacionamento do homem com Deus, ou no relacionamento do homem com o homem. O homem não é material, e não há existência separada de Deus, o Espírito divino.

Enquanto se colocarem as relações humanas sobre uma base material, haverá desapontamento. Na materialidade está sempre implícito certo grau de alienação em relação a Deus, e nela há separação entre nossos semelhantes, afeições deturpadas, ciúme e ódio.

O Mestre aponta-nos com clareza o caminho. Lembrem-se de que Pedro lhe perguntou: “Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?” E Jesus respondeu: “Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.” Mateus 18:21, 22; Suas palavras nos ensinam a curar o estremecimento surgido, a cerrarmos o abismo do desapontamento, a pensarmos o coração quebrantado e a apresentarmos solidariedade e amor.

No seu último e prolongado colóquio, logo depois da Última Ceia, Cristo Jesus disse com ênfase: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros.” João 13:34, 35; Talvez você alegue que o estremecimento de relações já se estendeu por muito tempo; é tarde demais; talvez se fosse há alguns anos atrás, mas não agora. Mas será que para o Cristo, a Verdade, é tarde demais? Estará alguma situação fora da redenção do amor crístico e curativo?

É certo que, na cruz, o Mestre se confrontou com a deserção da maior parte de seus próprios discípulos, com a ignomínia da situação e o aparente triunfo de seus inimigos. Não obstante, as palavras que disse foram: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” Lucas 23:34; Diante do desapontamento ele manifestara amor e perdão. Não era tarde demais.

A sr.a Eddy aconselha-nos: “És uma criança, e acrescentaste uma ruga a uma fronte vincada pelos cuidados? És um marido, e trespassaste o coração que confiou toda sua felicidade à tua guarda? És uma esposa, e curvaste a cabeça sobrecarregada de teu marido? Tens um amigo e te esqueces de ser grato? Lembra-te, que por tudo isso somente tu podes e tens de pagar o resgate.” Miscellaneous Writings, p. 339.

A Ciência Cristã deixa claro que o modo de encontrar a união no relacionamento humano está na realização de nossa união espiritual com Deus. Então poderemos perdoar como Jesus perdoava. Então poderemos glorificar o bem na experiência humana em vez de rememorar nossas esperanças frustradas. Então poderemos achar reconciliação e cura, superar o estremecimento de relações baseado em condições humanas, e descobrir sempre em nossos corações a satisfação de nossas esperanças concretizadas, porque estaremos estabelecidos eternamente no relacionamento inquebrantável do homem com cada um e com todos, e teremos assegurado o nosso relacionamento inquebrantável com Deus.

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