Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Para Que Oramos?

Da edição de maio de 1974 dO Arauto da Ciência Cristã


Existe uma oração que sempre é atendida — a oração que visa conhecermos Deus. É dEle que realmente necessitamos.

A oração que não é respondida, é a oração que não é verdadeiramente altruísta, é a oração por aquilo que é menos do que render-se silenciosamente ao Pai perfeito. Quando, porém, por meio da Ciência, tornarmo-nos inteiramente conscientes de nosso ser espiritual que é uno com nosso Pai, simplesmente não haverá nada que possa prejudicar-nos — nem a doença, nem a ausência do bem, nem o poder do mal.

Tudo o que Deus pode conceder é Seu próprio ser perfeito. Se estamos orando por saúde física, por evidência material de suprimento, de companheirismo, ou de paz, estaremos de certa maneira orando em busca de falsidades que o bem imaculado do Pai naturalmente torna impossíveis. (Tudo o que a Mente cria e conhece é espiritual e impecável.) Suas respostas libertadoras nos vêm como a pura percepção espiritual acerca dEle.

Não obstante, a Ciência Cristã resolve problemas físicos. Satisfaz a toda sorte de necessidades humanas genuínas, como o demonstra uma olhadela nos testemunhos no fim deste exemplar. Ela assim o faz, não por tentar adicionar algo de bom à mortalidade material, nem tampouco por tentar harmonizar coisas falsas, mas por desacreditar as ilusões da mortalidade com a percepção da perfeita segurança, saúde, abundância, unidade — o reino incorpóreo do Pai aqui e agora.

As curas genuínas não decorrem da substituição de um conceito doentio e material por um conceito sadio e material. Ocorrem quando as crenças materiais se dissolvem ante a luz brilhante da realidade, quando tocamos o amor do Pai, quando sentimos a glória eterna que é o centro do universo.

A cura espiritual de problemas físicos nunca é menos do que a evidência espiritual percebida humanamente. Numa afirmação básica, a sr.a Eddy declara em Ciência e Saúde: “A Mente imortal, que tudo governa, tem de ser reconhecida como suprema, tanto no assim chamado reino físico, como no espiritual.” Ciência e Saúde, p. 427;

Não podemos permitir-nos encarar nosso universo como uma ilusão material que possui uma realidade espiritual que lhe é subjacente, nalgum ponto. O universo no qual nos encontramos agora é a perfeita manifestação da Vida e do Amor divinos. O que aparece como menos que isso, é um conceito insustentável que não tem existência, e na realidade não está presente. A cura física é possível porque esse falso conceito material é destrutível. Mas todas as orações do mundo nunca farão com que esse conceito errôneo torne-se bom.

Estabelecemos contato autêntico com a realidade quando deixamos de lado o eu mortal e egoísta que pretende ser o nosso eu. É somente a vontade humana, a determinação do ego mortal de acreditar em contrafações, o que parece tornar-nos estranhos ao reino resplendente do Pai. É a vontade mortal que vê matéria quando não há matéria; que almeja uma personalidade limitada e material ao invés de almejar o bem espiritual e individual; que acredita na crença geral e depois sofre devido a essa crença. No entanto, o seu estado de pensamento na realidade não nos pertence.

A vontade mortal se dissolve ante o puro anseio de conhecer o Pai, e ante a oração secreta a Ele. Não podemos forçá-la à dissolução, mas o egotismo mortal desaparece quando constantemente nos empenhamos em enxergar a bondade invencível do pai, confiamos nela e a vivemos. S. Paulo disse: “Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.” Efésios 2:8; E Cristo Jesus com seu incomparável amor afirmou: “Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino.” Lucas 12:32;

Por meio de nossos próprios esforços não podemos na realidade curar um caso sequer, não podemos dissolver nem um pouquinho da crença mortal. Mas em silenciosa união com o Pai, atentos ao fato de que não possuímos um ser separado de Deus, cessamos de atrapalhar nosso próprio caminho, nossa própria luz. Perdemos gradativamente o falso sentido de eu, e o Pai faz Seu trabalho através de nós. “Eu nada posso fazer de mim mesmo.” João 5:30; “O Pai que permanece em mim, faz as suas obras.” 14:10.

Na realidade, Deus não dá talento, saúde ou felicidade a pessoa alguma. O bem não é algo que vem e vai. Nosso Pai celeste preserva para Si mesmo a Sua própria e infinita habilidade, a Sua própria inteireza, a Sua própria paz por expressá-las alegre e continuamente através de cada um de nós. A nossa consciência espiritual individual é a forma que Sua auto-expressão assume.

Assim, se nossas orações não são atendidas, devemos examinar cuidadosamente o que estamos pedindo. O Pai pode atender apenas o desejo de conhecê-Lo. Todos os desejos que não coincidem com esse desejo soberano, permanecem forçosamente infrutíferos, porque em última análise são só aspirações a coisas falsas.

Enquanto escrevo, há uma rosa amarela em minha escrivaninha. Quando a observo sinto-me impressionado por sua beleza — como o brilho do sol emoldurado no mais pálido cor-de-rosa; as curvas aveludadas das pétalas encaixam-se perfeitamente uma na outra, não necessitando de auxílio externo.

Nossas orações serão tão completas em si mesmas como essa rosa quando consistirem de uma inflexível busca exterior e interior pelo Amor divino, o Pai de toda beleza. Dentro de cada coração há a semente da oração perfeita, o lugar onde se vê que o Pai é perfeito. Aí a oração e a resposta são uma coisa só — o desejo de conhecer o amor do Pai contempla esse amor refletido em si mesmo.

Quer oremos para nós mesmos ou para outros, não necessitamos orar por algo externo, assim como a rosa não necessita da mão humana para ajustar sua beleza. Dentro de si mesma, a rosa desabrocha a evidência de beleza. Dentro de nós o Amor divino desabrocha a evidência de perfeição, dizendo: “Aqui estou. Tudo sou.”

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / maio de 1974

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.