Jesus foi o homem mais poderoso que já viveu neste planeta.
Não tinha grandes posses, grandes riquezas. Não era governador de uma nação muito forte. Não possuía habilidade especial, física ou técnica.
Nada disso explica o poder sem precedentes e sem paralelo do Mestre. Foram as qualidades crísticas do Espírito, Deus, que ele expressava — em outras palavras, a verdadeira substância espiritual de seu ser — que o capacitaram a curar os doentes, a purificar os pecadores, a ressuscitar os mortos e a realizar sua ascensão. A origem do poder de Cristo Jesus estava no fato de ele saber que Deus é onipotente e inteiramente bom; estava no fato de conhecer-se a si mesmo, como o Filho de Deus, dotado de todas as qualidades de Deus, e no fato de provar sua filiação espiritual por meio do domínio sobre a carne.
Jesus é o Guia. Como seguimos nós tal exemplo? Cada momento proporciona a oportunidade de fazê-lo. E cada pessoa será capaz de seguir seu exemplo na proporção em que compreender a Mente, Deus, como a única substância ou consciência real, e se dispuser a assemelhar-se ao divino.
Todos nós pensamos constantemente alguma coisa em nossas horas de vigília, seguidamente dizemos alguma coisa e quase sempre fazemos alguma coisa. Quando o poder motivador de cada uma dessas três fases da atividade é constantemente expressar santidade — em outras palavras, corporificar as qualidades perfeitas do Espírito que constituem nossa substância genuína — encontramo-nos a expressar o poder do qual o homem está espiritualmente dotado.
Consideremos em primeiro lugar os nossos pensamentos. Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: kris'tiann sai'ennss., escreve: “Os bons pensamentos são uma armadura impenetrável.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 210; Jesus, cujos pensamentos eram isentos de malícia, dependia do conhecimento que tinha de Deus a fim de proteger-se. Certa vez foi protegido da multidão que queria lançá-lo do alto de um penhasco.
Também a nossa verdadeira proteção é o pensamento espiritual, vendo nossa segurança baseada na totalidade de Deus e na nulidade do mal. Essa proteção será tão poderosa quão puros forem os nossos pensamentos. Como é importante, então, aprender a disciplinar espiritualmente o nosso pensamento! Isso exige esforço diligente e persistente. Pensamentos cheios de temor, de ódio, de ressentimento, de impaciência ou de impureza não precisam perambular pelas avenidas de nossa consciência quando nos damos conta de que a Mente divina, ou o Amor, a única substância real, constitui nossa verdadeira consciência.
O Salmista orou: “As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu!” Salmos 19:14; A substância de nossos pensamentos expressa-se em nossas palavras. A pureza, ou o caráter cristão do pensar de Jesus, expressava-se em seus ensinamentos e pregações. Até os guardas dos principais sacerdotes e fariseus que haviam sido enviados para prender Jesus, disseram a respeito dele: “Jamais alguém falou como este homem.“ João 7:46; As palavras do Mestre não eram inúteis: elas realizavam um bom propósito.
Como é que nossas palavras se comparam com as dele? Se nos envolvemos em bisbilhotice, crítica destrutiva, intermináveis discussões sobre trivialidades, que é que conseguimos senão perda de tempo? Qualquer conversa de que participemos, pode ser construtiva e induzir-nos a meditar. Baseada em motivos honestos, puros e amáveis, pode ser uma bênção para quem a ouve.
Nossos atos também se coadunam com nossos pensamentos. No livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, a sr.a Eddy escreve: “A incoerência mostra-se por palavras sem obras, que são como nuvens sem chuva.” Ciência e Saúde, p. 354; Nosso Guia, Jesus, não se limitava meramente a abrigar pensamentos puros, ou a dizer palavras inspirativas. Realizou atos poderosos que encheram de assombro o povo de sua época e deu exemplos desafiadores, que seus seguidores, nos dias atuais, necessitam aprender a emular.
A Ciência Cristã trouxe ao mundo a explicação lúcida do Cristo, a Verdade, o qual foi vivido por Jesus, o maior benfeitor da humanidade. Ela restabelece o método sanador de Jesus para que cada um de nós o compreenda e o demonstre.
O único poder que uma pessoa pode ter, é um caráter cristão, uma substância espiritual e verdadeira. Refletir as qualidades do Espírito, Deus, em nosso pensar, no falar e no agir tem grande poder para o bem. A matéria e o mal, sob qualquer forma, são totalmente destituídos de poder.
No seu livro Não e Sim a sr.a Eddy escreve: “O mal nunca foi real, nem por um momento. Este grande fato relativo a todo erro traz consigo outra verdade ainda mais gloriosa, que o bem é supremo. Como não há outro fora dEle, e Ele é todo o bem, não pode haver o mal. Não é bastante declarar este grande pensamento! Precisamos vivê-lo até que Deus se torne o Tudo e o Único do nosso ser.” Não e Sim, pp. 24–25.
Pode ser um exercício muito compensador para nós, examinar o que é mesmo que consideramos nossa substância verdadeira e o que é que sentimos ser nosso verdadeiro valor. Tal inventário pode revelar, por exemplo, que tenhamos acumulado considerável riqueza material e estejamos nos apoiando nessa fonte para o bem-estar futuro. Se assim for, faremos bem em dar um balanço também em nossas riquezas espirituais e então considerar qual destes recursos é capaz de indicar-nos o rumo do reino dos céus, ou estado de harmonia, que toda pessoa, em seu íntimo, realmente deseja.
Quando criança, fiquei muito impressionada com uma conversa que ouvi por acaso entre meus pais e alguns amigos. Falavam em um homem muito rico, conhecido deles, que fora acometido de um mal de estômago muito doloroso. Havia estado nas melhores clínicas médicas do país, mas nenhuma fora capaz de curá-lo. Senti pena deste pobre homem rico e também aprendi naquela mesma hora que o dinheiro não podia comprar saúde. Muitos anos depois a Ciência Cristã revelou-me que a verdadeira saúde é a manifestação de um estado mental saudável, conseguido mediante o refletir consciente do poder divino. A verdadeira saúde não é uma condição da matéria mas a manifestação da consciência espiritual, que é única subtância real.
A consciência cristã de Jesus era sua substância espiritual. Dava-lhe domínio e poder para o bem. Jesus expressava a consciência do caráter cristão, sua verdadeira substância, mesmo enquanto acedia em suportar o sofrimento na cruz. Durante a crucificação perdoou aqueles que haviam sido os responsáveis por ela, e deu instruções zelosas a respeito do cuidado com sua mãe.
Sua expressão constante das qualidades de Deus lhe havia dado o poder que demonstrou ao andar sobre a água, ao acalmar a tempestade, ao purificar os leprosos, ao dar visão aos cegos. E esse mesmo poder seria utilizado para remover a pedra de seu próprio sepulcro.
Aqui e agora esse poder do Cristo está presente, porque jamais esteve ausente. E quem quer que melhor expresse a verdadeira substância espiritual, tem esse poder verdadeiro, o único poder que existe agora ou que jamais existirá.
