Como diz um Salmo: “Não ocultei no coração a tua justiça; proclamei a tua fidelidade e a tua salvação; não escondi da grande congregação a tua graça e a tua verdade” (40:10). Tenho falado constantemente sobre essas coisas durante os cinco anos em que estudo a Ciência Cristã, e seguidamente tenho falado sobre elas aos amigos nas reuniões de testemunhos das quartas-feiras, na igreja. A Ciência Cristã fez-me compreender que Deus é Amor, respondeu a todas as minhas perguntas e dissipou todas as minhas dúvidas. O Cristo assentou meus pés sobre a Rocha dos Tempos.
Toda nossa família encontrou auxílio e força na Ciência Cristã. Quando a companhia de meu marido faliu, não fiquei preocupada, pois aprendera a depender de Deus, o Espírito, como a fonte de todo o bem. Naqueles momentos, a Bíblia e o livro-texto, Ciência e Saúde, de autoria da sr.a Eddy, foram nossos fiéis amigos. Meu marido e eu líamos continuamente e conversávamos durante horas seguidas sobre a certeza, a inspiração e a compreensão espiritual pura contidas no livro da sr.a Eddy. Nossa admiração e gratidão pelo trabalho dela continuam inalteradas. Nossas necessidades têm sido supridas por meio de nosso crescente apoio em Deus.
Tivemos muitas curas pela Ciência Cristã em nossa família. As crianças a aceitaram com interesse e confiança. Uma dessas curas ocorreu há alguns anos durante os feriados natalinos. Nosso filho mais moço começou a queixar-se de forte dor num ouvido. A criança, meu marido e eu começamos a orar juntos. Mas a queixa do menino continuava, a dor parecia intensa e a cura não ocorria. Após orarmos juntos cerca de uma hora, vi que a dor ainda persistia. Um tanto perturbada, disse a meu filho que fosse ver televisão em seu quarto. Meu marido acompanhou o menino, e eu fiquei a sós. Ajoelhei-me e humildemente pedi ao Pai que me iluminasse, para que pudesse saber onde estava falhando e porque não estávamos reconhecendo o Cristo sempre em ação. O choro e a dor de meu filho haviam me impressionado sem que eu me desse conta disso. Porém então senti uma grande paz, e minha oração tornou-se mais serena. Quando entrei no quarto de nosso filho, ele estava calmo.
De manhã o abscesso vasou. A compreensão da Mente infinita acarretara uma mudança na aparência humana. Continuei a trabalhar metafisicamente durante diversos dias até que a dor desapareceu por completo.
Houve outra cura que ocupa um lugar especial em minha memória. Meus dois filhos e eu estávamos arrumando o conteúdo de um pequeno armário. Eu estava tentando colocar uma prateleira na parte superior do armário. A prateleira escorregou e caiu, batendo contra o osso do meu nariz. A dor que senti foi muito aguda e o sangue começou a correr. Não me queixei e de imediato comecei a negar que a dor fosse real ou fizesse parte da criação de Deus. Saí para o jardim e parei entre algumas árvores, tentando encontrar dentro em mim um reconhecimento da verdade que superasse a dor e a perda de sangue. Então, erguendo os olhos para o céu, declarei, com profunda convicção: “Obrigada, meu Pai, por ter-me feito espiritual e não material.”
Quando terminei de dizer essas palavras, tive a sensação de que os céus se haviam aberto, e instantaneamente a dor e o sangue pararam. Sobreveio-me um sentimento de absoluta felicidade. De todo o coração abençoei a batida que fora a razão de passar esses momentos tão excepcionais. Assim compreendi que um “obrigado”, saído das profundezas de nosso ser e não somente dos lábios, é imediatamente respondido por nosso Pai.
Por tudo isso e por muitas outras bênçãos, agradeço, profunda e continuamente, ao Amor infinito que prossegue manifestando-se e que “ontem e hoje é o mesmo, e o será para sempre” (Hebreus 13:8).
Agradeço a Deus por Cristo Jesus e pela sr.a Eddy, que nos ajudaram a compreender Deus e Suas manifestações.
Caracas, Venezuela
