Na primavera de 1931 vários médicos diagnosticaram que eu tinha tuberculose na espinha. Freqüentemente as feridas em minhas costas eram drenadas, no entanto continuavam a supurar. Mais tarde, no verão, todos os movimentos começaram a me provocar grandes dores. Não podia me endireitar ou permanecer em posição ereta. A essa altura eu deveria ser colocada num modelador ortopédico, e por isso estava para ser internada em um hospital longe de meu lar. Minha família não queria que eu fosse, pois não havia garantias de que eu seria completamente curada.
Foi preparado para mim um colete ortopédico com braçadeiras e muletas. Tinha que usar esse aparelho afivelado em mim dia e noite. Tive que aumentar em cinco centímetros o salto do sapato do pé direito, porque meu corpo já estava muito curvo. Nessas condições já não sentia dores, mas podia apenas fazer movimentos restritos e necessitava da ajuda de outra pessoa para me vestir.
Enquanto estava nessa situação me foram trazidos alguns exemplares do Arauto da Ciência Cristã, e ao lê-los reconheci que esses eram os ensinamentos que havia procurado por muito tempo. Compreendi que foram falsos pensamentos que me fizeram doente. Escrevi para um praticista da Ciência Cristã em Berlim, pois não havia, na ocasião, nenhum em minha cidade, e solicitei um tratamento, o qual foi carinhosamente dado. Minha atenção foi dirigida para o Salmo 91, que começa com as seguintes palavras: “O que habita no esconderijo do Altíssimo, e descansa à sombra do Onipotente, diz ao Senhor: Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem confio.” Depois desse primeiro tratamento, dado à distância, senti uma grande alegria e alívio. Depois de alguns dias não permiti que amarrassem o aparelho em mim e também não senti mais dores.
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