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Sentir o toque da Verdade

Da edição de abril de 1975 dO Arauto da Ciência Cristã


Lembro-me de que, quando menino, visitava uma Igreja de Cristo, Cientista, com minha mãe, e depois sempre me sentia bem. Mais tarde, já adulto, quando passei por uma época difícil, uma das coisas que me moveram a encetar o estudo da Ciência Cristã, foi a lembrança de como as coisas se desenvolviam melhor após ter ouvido a leitura da Lição-Sermão V. o Livrete Trimestral da Ciência Cristã; na igreja aos domingos de manhã.

Eis que ao ver-me em crise e em busca desesperada de sabedoria e orientação, voltoume à lembrança minha experiência da infância nos serviços da igreja da Ciência Cristã — lembrei-me de como me sentia mais feliz quando escutava as verdades lidas na Bíblia e em Ciência e Saúde, de autoria da Sr.a Eddy. Não que estivesse doente ou infeliz; era só um sentimento de bem-estar que me sobrevinha. Sabia, por esse sentimento, que tudo iria bem.

Eu ansiava novamente por essa perspectiva. E assim encetei o estudo da Ciência Cristã. As coisas melhoraram imediatamente. Isso aconteceu há mais ou menos vinte anos, mas a mesma elevação íntima ainda me sobrevém a cada dia de estudo e oração.

Uma coisa maravilhosa acerca desse estudo é que, não importa qual seja o problema, quando a verdade é aplicada e a cura ocorre, nos sentimos seguros de que tudo está bem. E assim é. É uma paz de espírito que vem antes mesmo da evidência humana da cura, e que realmente satisfaz. A Bíblia o expressa assim: “Grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento.” 1 Tim. 6:6; A consecução da consciência de que tudo está bem, substitui o prazer falso e temporário da simples sensação material, pela alegria espiritual permanente. Tornanos realmente contentes.

Saber que tudo está bem e por que está, é cura. Tudo o que realmente necessita ser corrigido é o distúrbio mental, o medo, que insiste em que algo está mal. Em Ciência e Saúde a Sr.a Eddy dá a seguinte regra para a prática da Ciência Cristã: “Começa sempre teu tratamento acalmando o medo dos pacientes. Assegura-lhes, silenciosamente, estarem isentos de moléstia e de perigo. Observa o resultado dessa regra simples da Ciência Cristã e notarás que ela atenua os sintomas de toda moléstia. Se conseguires eliminar inteiramente o medo, teu paciente estará curado.” Ciência e Saúde, pp. 411–412;

O medo é a falsa crença que argumenta que nem tudo está bem. É pavor manifesto ou tácito, baseado na crença em mortalidade. A fé consciente na Verdade imortal remove o medo e estabelece a convicção espiritual de que tudo está bem.

Uma razão pela qual a verdade revelada na Ciência Cristã inspira e cura, é que nos desperta para o fato científico de que Deus é Tudo e portanto tudo está bem agora mesmo. Desperta-nos para a realidade de que somente Deus, o bem, governa o homem. O estudo da Ciência Cristã não nos propicia uma habilidade especial de convencer Deus a fazer algo que queremos que Ele faça. Em vez disso, abre-nos os olhos para o ser real — para a totalidade de Deus.

Quando compreendemos melhor Deus, vemos que Ele é o Espírito infinito, a Mente perfeita e que a tudo inclui, e que não existe nenhum outro poder ou presença. Nós O reconhecemos como a causa única e o criador único, todo-harmonioso. Isso nos liberta do temor de que nossas vidas possam ser governadas por qualquer poder à parte de Deus. Poupa-nos o sofrimento que advém de se crer que Deus não é Tudo-em-tudo. Mostra-nos que não temos de aceitar as pretensões espúrias da crença mortal que querem convencernos de que o homem é material e limitado. Revela que no verdadeiro ser somos espirituais, “herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo” Romanos 8:17;, como nos diz a Bíblia.

As verdades espiritualmente científicas nos elevam e curam porque emanam de Deus, a fonte de todo bem. Se cremos na realidade da discórdia, esta parece capaz de deixar-nos amedrontados e abatidos, mas esse sentido falso é uma ilusão que surge da crença em vida na matéria. Não tem existência real. É um sonho, um mito, não um fato, e não temos de aceitá-lo nem de experimentá-lo.

A seguinte analogia, bem conhecida, talvez possa dar uma vaga idéia de quão distintos são a crença falsa e o conhecimento verdadeiro. Séculos atrás havia duas teorias antagônicas sobre a forma da terra. Uma não possuía base em fatos; era apenas uma declaração, uma proposição falsa, ou conceito errôneo, de que a terra era plana. As pessoas acreditavam nela, pois era assim que viam a terra; mas tal crença não fez com que essa teoria se tornasse verdadeira.

A outra proposição, que diz que a terra é redonda, existia não só como declaração, mas também como fato. Era verdadeira e demonstrável, independentemente do que as pessoas pensassem a respeito. Quando a humanidade aprendeu mais sobre o universo no qual vivia, passou a aceitar a verdade quanto à forma da terra, seguindo-se explorações mais amplas.

A Ciência Cristã faz separação entre o real e eterno e o irreal e temporal na crença humana. Ela identifica o sentimento de discórdia e doença como erro, não como verdade, e mostra que podemos rejeitá-lo porque não tem existência real. Tal como o conceito de que a terra era plana, o erro só pode ocupar um lugar em nosso pensamento enquanto nele acreditamos. Aquilo que fazemos com as falsas sugestões da mente mortal, afeta a nossa experiência humana. Esta nunca é determinada pelo que as sugestões nos fazem, pois elas não têm lei, inteligência ou poder para fazer coisa alguma. Mas nós temos o poder de refutá-las.

Saber que o bem é real, porque Deus é o bem e nos governa, é saber a verdade, e tal saber cura. A verdade na Ciência Cristã nos ilumina e cura porque nos desperta para o que realmente existe. Desperta-nos para a onipresença e onipotência da lei de Deus que governa o homem em perfeita harmonia.

A Sr.a Eddy escreve: “O homem é espiritual e perfeito; e por ser espiritual e perfeito, tem de ser compreendido como tal na Ciência Cristã.” Ciência e Saúde, p. 475; A compreensão de que o homem, o homem real “é espiritual e perfeito” nos inspira e eleva. Por quê? Porque, em realidade, somos nós esse homem real. O ato de pôr nosso pensamento de acordo com a realidade, faz com que se estabeleça a harmonia na consciência humana. O ato de despertar para a realidade espiritual purifica o pensamento e elimina os erros de crença que parecem nos atormentar.

Deus, a Mente infinita, conhece-nos como realmente somos — espirituais e perfeitos, como Ele nos criou. Quando apreendemos essa verdade, conhecemos aquela paz que Cristo Jesus prometeu quando disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou.. .. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” João 14:27;

Por causa da verdade que ele manifestava ao ensinar e curar, o povo sentia-se elevado em sua presença. À mulher que veio tirar água da fonte de Jacó, em Samaria, disse: “Aquele, porém, que beber da água que eu lhe der, nunca mais terá sede, para sempre; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna.” A mulher, inspirada por essa conversação, maravilhouse ante a graça e sabedoria dele e disse aos seus conterrâneos: “Será este, porventura, o Cristo?” 4:14, 29;

Jesus compreendia que o homem real é filho de Deus, espiritual e perfeito. Porque via aos outros sob essa luz, eles sentiam o toque da alegria espiritual que o Cristo transmite. Isso não só lhes dava esperança, mas também os curava do pecado e da moléstia, e os restaurava à vida e à atividade.

A Ciência Cristã dá-nos muito mais do que a mera esperança de coisas melhores. Mostranos o poder presente e demonstrável do Cristo, a Verdade eterna. A aplicação prática da Ciência Cristã resulta em maior harmonia na experiência humana e na demonstração de melhor saúde e moral. Revela a inquebrantada unidade do homem com Deus, o Espírito, e transmite a confiança espiritual de que não há nada a temer. Ancora nossa fé no Espírito, Deus. E essa fé é em nós “uma fonte a jorrar para a vida eterna”.

Em realidade, o filho de Deus, o homem real, nunca é menos que perfeito. Ele é são, feliz e harmonioso porque é o reflexo espiritual da Vida, da Verdade e do Amor, a criação imortal da Mente infinita, sempre unido com a fonte eterna de todo bem.

Cada evidência de verdade demonstrada à medida que nos volvemos da matéria para o Espírito, assinala a continuidade do poder do Cristo entre os homens. Desperta-nos para a plena percepção de que o reino dos céus está à mão. Sentimos o estímulo do bem eterno. Sentimos o toque da Verdade. A Sr.a Eddy insta conosco, dizendo: “Sintamos a energia divina do Espírito, que nos leva à renovação da vida e que não reconhece poder algum, mortal ou material, como capaz de praticar alguma destruição. Regozijemo-nos por estarmos sujeitos às divinas autoridades que existem. Tal é a verdadeira Ciência do ser.” Ciência e Saúde, p. 249.

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