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A cura nas profundezas

Da edição de janeiro de 1977 dO Arauto da Ciência Cristã


O Salmista diz de Deus: “Nas suas mãos estão as profundezas da terra.” Salmos 95:4; Um estado de pensamento toldado pode dar a impressão de estar longa e profundamente arraigado. Um estado doentio do corpo pode dar a impressão de estar tão encravado que ficou além de qualquer possibilidade de cura. Mas seja qual for a profundidade desses estados, o Espírito divino já está ali, para com a cura responder à nossa oração científica. S. Paulo fala das “profundezas de Deus” 1 Cor. 2:10;. São essas mais profundas e mais potentes do que as profundezas do desalento e do sofrimento. E por meio dessas “profundezas de Deus”, a Ciência Cristã cura.

A prática da cura pela Ciência Cristã requer que não façamos nem muito nem pouco caso da doença. Não devemos subestimá-la nem supervalorizála. Não devemos permitir que se firme; mas também não devemos negligenciá-la nem deixar de tomá-la em consideração. Provamos que a doença é nada a partir do ponto de vista de que Deus, o bem, é Tudo; mas, como passo nessa direção, precisamos avaliar corretamente as pretensões da doença.

Toda doença é mental, materialmente mental; é um conceito mental entretido numa suposta consciência material que se opõe à Mente divina, ou Deus. Essa suposta consciência pode ter a pretensão de agir por meio do pensamento, quer individual quer geral; mas todos os seus estados são ilusórios, não são substanciais nem permanentes.

As assim chamadas doenças físicas são tão mentais — projeções do pensamento — como aquelas usualmente classificadas de doenças mentais. São todas elas fenômenos de uma suposta consciência finita e mortal. O poder que cura a doença, seja ela chamada mental ou física, não é o exercício do pensamento humano, por mais positivo ou esclarecido que ele seja. O poder curativo provém da Mente divina, que revela os fatos espiritualmente científicos de sua própria criação inteiramente espiritual e boa.

Não basta chamar de fantasia a doença. Para contra-atacar a doença é preciso algo bem mais forte do que fantasias opostas. A Sr.a Eddy é explícita nesse ponto. Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras ela escreve: “A doença é mais do que fantasia; é firme convicção. Por isso, é preciso lidar com ela pela percepção correta da verdade acerca do ser.”Ciência e Saúde, p. 460; Para curar a doença precisamos de fatos espirituais bem dirigidos, compreendidos e apresentados com compaixão.

A convicção sólida do que constitui a doença, apesar de ilusória, está muitas vezes bem enraizada no pensamento humano. É sustentada ali pelo que esse pensamento erroneamente aceita como lógica sadia e evidência digna de confiança, evidência essa que vem dos sentidos físicos. Para desfazer essa convicção profunda e as falsidades materiais em que está baseada, são necessárias verdades ainda mais convincentes e mais profundas. Não basta o pensamento humano. Precisamos penetrar num nível de consciência inteiramente diferente. Precisamos sentir a ação da Mente divina, apoiada pela lógica divina dessa Mente e por sua evidência inteiramente espiritual.

No decorrer de várias décadas do presente século, o homem de Piltdown, que supostamente marcava um passo na evolução humana, estava solidamente alicerçado na antropologia. Quadros recompostos, baseados em fragmentos ósseos, constavam de dicionários e livros-textos escolares. Sua face era conhecida pelas pessoas instruídas de todo o mundo. Poucos duvidavam de sua antenticidade. No entanto, há vinte anos, conhecimentos mais avançados e métodos mais aprimorados de fazer testes mostraram que o homem de Piltdown não passava de embuste. Os fragmentos haviam sido implantados ali e o homem de Piltdown jamais existira. Foi ele eliminado dos registros antropológicos com a máxima rapidez possível. A doença, embora profundamente alicerçada no pensamento, embora vividamente retratada, é ainda mais inexistente. É inteira e completamente irreal.

A Sr.a Eddy expõe o fundamento inseguro da doença nestas palavras: “Aceita a existência da matéria, e estarás aceitando que a mortalidade (e, portanto, a moléstia) tem fundamento na realidade. Nega a existência da matéria, e poderás destruir a crença em condições materiais.”ibid., p. 368; Negando a matéria, solapamos e destruímos toda convicção na doença.

Cristo Jesus, cuja capacidade de curar é ainda hoje inigualada, fazia seu pensamento repousar inteiramente em bases espirituais, na lógica divina e na evidência espiritual. Seu mandado: “Sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste,” Mateus 5:48; é uma diretriz espiritual e moral potente. Ela sustenta o ideal máximo que é, no entanto, atingível. Mas é ainda mais. É uma proposição de lógica divina. Declara ela: Pai perfeito, portanto, filho perfeito; causa perfeita, portanto, resultado perfeito.

Na base da lógica divina e sua demonstração está o reconhecimento da totalidade do Espírito, do Espírito como a única substância de todo o ser real, do Espírito como a causa única, com todos os seus efeitos espirituais. A Sr.a Eddy escreve: “A doença é mais do que imaginação; é um erro humano, uma parte componente daquilo que compreende o todo da existência mortal, — ou seja, sensação material e ilusão mental. Porém um sentido errôneo da existência, ou o erro da crença, chamado doença, nunca fez da enfermidade uma realidade obstinada.”Não e Sim, p. 4; Assim a doença, a “firme convicção” que é mais do que fantasia ou imaginação, é apenas uma crença errônea, muito mais ilusória, muito mais plenamente inexistente e irreal, do que o homem de Piltdown. Essa crença irreal, errônea, juntamente com sua base insegura, a matéria, é exterminada na proporção em que se reconhece a realidade do Espírito infinito.

Idéias da Mente divina são o oposto exato de conceitos materiais. Todas as idéias da Mente divina refletem a inteligência perfeita da Mente que as concebe. Todas as criações do Espírito infinito refletem a substância perfeita do Espírito que as cria. O Espírito infinito e sua criação não podem ser, e não são, afetados pela matéria ou por condições materiais. A convicção cuja base é a matéria, não tem fundamento. Não pode atar-nos ou deter-nos quando reconhecemos que o Espírito é nossa única substância e origem.

“Das profundezas clamo a ti, Senhor”, diz o Salmista. E mais adiante: “No Senhor há misericórdia, nele, copiosa redenção.” Salmos 130:1, 7. Seja qual for a profundeza em que nos encontremos, os fatos portentosos do Espírito já estão ali para deles lançarmos mão. Podem eles nos levar para cima e para fora dela, e podem curar-nos.

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