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Mais de setenta anos

Da edição de janeiro de 1977 dO Arauto da Ciência Cristã


A Bíblia menciona setenta anos como uma idade razoável para atingir-se. Ainda agora algumas pessoas não se animam a colocar mais longe as suas perspectivas de vida, por temerem decrepitude e tristeza. Embora muitos patriarcas tivessem tido uma vida útil — até triunfal — por tempo bem mais longo, o Salmista disse: “Os dias da nossa vida sobem a setenta anos, ou, em havendo vigor, a oitenta: neste caso o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós voamos.” Salmo 90:10;

Todavia, a idade-limite de setenta anos é uma falácia. Já na época em que o Salmista emitiu sua melancólica opinião, podia-se citar muita gente que executou sua obra de maior destaque quando era de idade bem mais avançada. Haverá, na verdade, qualquer lei pré-firmada, ou algum precedente, que justifique coloquemos limites à nossa força, atividade, utilidade e alegria em qualquer idade? Ao contrário. A Vida é Deus, é infinita e eterna, e o homem é a eterna semelhança espiritual de Deus. Como Seu reflexo, o homem, no seu ser verdadeiro, jamais pode estar separado de Deus, a Vida eterna. Desse modo, jamais pode morrer, nem perder sua força, utilidade, atividade e alegria. A crença em idade não o toca.

Cristo Jesus sabia-o e disse, referindo-se a seus discípulos: “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, eternamente.” João 10:28;

Sem dúvida, hoje em dia é muito comum se alcançar idades bem mais provectas do que setenta anos. E as pessoas fazem bastante mais do que meramente existir. Vivem de modo feliz, ativo, proveitoso e, às vezes, contribuem eficazmente para a sociedade ainda quando transcorreram décadas após os seus setenta anos. Mas não podemos dar-nos por satisfeitos em simplesmente encompridar a nossa expectativa de vida e atividade humanas. A Sr.a Eddy escreve: “A Vida é eterna. Devemos certificar-nos disso, e começar a demonstrá-lo.”Ciência e Saúde, p. 246; E, ao termos o objetivo de viver para sempre, não precisaremos temer as conseqüências, se nos esforçarmos em expressar melhor as qualidades de Deus, a Vida divina, como Jesus o ensinou.

A longevidade já aumentou e muitos pensadores acreditam que essa tendência continuará. Generaliza-se a crença de que as pessoas viverão cada vez mais tempo. Diz-se que em breve será tão comum viver mais de cem anos, que logo nos veremos frente a um desafio: o de nos ajustarmos ao fenômeno comum de ter uma família composta de cinco gerações. No caso de que isso pareça ser uma ameaça mais do que uma bênção, podemos saber que Deus não nos castiga por estarmos aprendendo melhor qual é Sua natureza e criação. Todo passo de progresso na compreensão de Deus, o bem, tem de aumentar a nossa constatação da presença do bem. Por certo, todos os fardos que supersticiosamente possamos visualizar como acompanhantes da longevidade dissolver-se-ão na proporção em que aceitarmos o ensinamento cristão de Jesus de que a vida eterna é o dom de Deus. Deus é Vida, e Seus dons não nos afligem. Somente abençoam. E nós gozamos agora dessas bênçãos, em abundância, quando a compreensão altera a noção secular de que a existência é material, mortal, limitada, separada da Vida e do Amor eternos, e a de que cada pessoa tem de, alguma vez, degenerar e morrer.

Jesus não ensinava que os mortais são eternos. Longe disso. A vida é imortal e o homem é espiritual, o descendente de Deus. Este homem espiritual, o nosso eu imortal, é o que não morre. O Mestre provou-o na sua ressurreição e ascensão acima da mortalidade. Quando se começa a entender a natureza do ser verdadeiro como este é explicado pela Ciência Cristã e se vislumbram as imensas possibilidades da Vida divina e eterna, sente-se o efeito primeiramente em nossa existência humana. As pretensões do sentido material tornam-se menos agressivas. Os horizontes se alargam. As limitações e os sofrimentos mortais — a “canseira” e o “enfado” a que se refere o Salmista — esboroam-se, deixando-nos livres para obter vistas mais claras do vigor e das bênçãos do Espírito infinito e para desfrutá-las mais amplamente. E finalmente, então, à medida que nos tornarmos mais conscientes de que o ser verdadeiro é puramente espiritual, intocado pelas crenças mortais, por pecado e morte, e que vivermos em conformidade com essa revelação cristã, ascenderemos, tal como Jesus o fez, nos elevaremos acima do sentido de mortalidade e ao céu da Alma.

A morte é sempre um erro. É sempre uma inimiga, jamais uma amiga — até para quem já está com idade bem avançada. A oração, quando se baseia na compreensão da união indissolúvel que há entre o homem e a Vida eterna e divina, não prolonga o sofrimento, mas o destrói e eleva-nos ainda mais alto na demonstração do ser harmonioso e verdadeiro. A Sr.a Eddy escreve: “O sentido doce e sagrado de permanência da união entre o homem e seu Criador pode iluminar o nosso ser atual com uma presença e um poder contínuos do bem, abrindo amplamente o portal que leva da morte para a Vida; e quando esta Vida aparecer, «seremos semelhantes a Ele» e iremos ao Pai, não pela morte, mas pela Vida; não pelo erro, mas pela Verdade.”Unity of Good, p. 41.

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Mais nesta edição / janeiro de 1977

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