A Ciência CristãChristian Science (kris'tiann sai'ennss), ao revelar que o estado completo da Vida, Deus, e Sua criação é uma presença genuína — que a Vida é infinita, nunca embriônica — encaminha a humanidade a um novo modo de viver.
Os seres humanos necessitam chegar à maturidade. Lucas nos conta: “E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens.” Lucas 2:52; Sobre que base podemos nós melhor levar a efeito nosso amadurecimento? Sobre a da percepção espiritual, o conhecimento de que a realidade não está crescendo a uma dimensão maior do que já tem agora. O homem, a Igreja, a consciência, os negócios, o lar, na sua essência espiritual nunca são embriônicos. Nunca contêm elemento algum de degenerescência ou de estiolamento.
Cristo Jesus via a Vida infinita e a maturidade do ser como fatos presentes. Não especulava quanto a possibilidades e potencialidades mas apegava-se às verdades subjacentes ao ser e as vivia. “Jesus não precisava de ciclos de tempo nem de ciclos de pensamento para levar à maturidade a aptidão à perfeição e suas possibilidades”, explica Mary Baker Eddy. “Ele disse que o reino do céu está aqui, e está incluído na Mente; que enquanto dizeis: Ainda há quatro meses até à ceifa, eu digo: Erguei os vossos olhos e não os baixeis, porque vossos campos já branquejam para a ceifa; e juntai a colheita por processos mentais e não materiais.” Unity of Good, pp. 11–12;
Ao cuidar do desenvolvimento de crianças não há nada que seja mais útil do que a convicção científica de que o ser está no seu estado de maturidade — vendo a maturidade espiritual em lugar da imaturidade humana; vendo essa maturidade em si mesmo, como um genitor; conscientizando-se de que o nascimento, o crescimento, a maturidade pessoal, o declínio, nunca se relacionam à idéia imortal do Espírito divino. O potencial do homem real já foi obtido. Ao sentido científico, o homem já é aquilo que ele há de ser, a plena manifestação do Espírito. O homem não está sujeito a passar pela nutrição, pela educação, pelo crescimento resultante do método de tentativas, ou por uma carreira incerta.
Compreendendo a maturidade presente de todo verdadeiro ser, o Cientista Cristão sincero, quer seja mais novo quer mais velho, gozará de um bom sentido, tanto de idealismo como de realismo. Reconhecerá a realidade que diz respeito à Igreja, ao homem, ao ambiente, em sua plena perfeição, mas terá suficiente percepção para aceitar o teste de coerentemente provar isso, disposto a cultivar a autodisciplina e a paciência que as reformas exigem. Levará isso a efeito, não por ver a si mesmo como um mortal que insiste em querer endireitar o mundo e a igreja da noite para o dia (e por suspirar ou rosnar se isso não acontece) mas por ver a si mesmo como a expressão do Espírito infinito, que já goza da perfeição do ser.
Alguém que esteja estudando a Ciência Cristã com um professor, seja na Escola Dominical ou em classe de instrução primária, aprenderá melhor quando reconhecer que sua maturidade espiritual é um fato atual. A compreensão não amadurece mas já está presente em sua plenitude.
Em outras palavras, o reconhecimento da inteireza presente do ser produz alunos melhores — e, incidentalmente, produz professores com conhecimentos maiores a ministrar um ensino cheio de inspiração. A essência da instrução metafísica cristã não consiste na transferência de ensinamentos religiosos de uma pessoa para outra, mas na constatação de que o homem e o universo existem sempre no pináculo da maturidade. O aluno que se satisfaz com um ponto de vista menos que científico talvez ache a instrução espiritual desnecessariamente difícil. Talvez receie também perder, depois que terminar o curso, a clareza e a inspiração nele obtidas.
É uma tremenda ajuda reconhecer que o homem, a própria idéia da Verdade, não está ficando esclarecido, nem transmitindo esclarecimento, ou perdendo esclarecimento, mas está sempre envolto na luz da Verdade. Ele é sempre inseparável da natureza e da essência da própria Verdade divina. Na proporção em que admitimos isso, diminuímos a aflição do crescimento lento e da maturidade incerta — e perdemos a preocupação de que, qualquer que seja a compreensão que tenhamos adquirido, esteja essa compreensão sujeita à decadência ou à perda.
O sentido material ou pessoal — inclusive o agrumento de que o homem e o ser possam passar pelo crescimento, pela maturidade e pela morte — é por si só menos que embriônico. Nunca teve nem sequer uma semente de verdade. O quadro material que apresenta do homem (e seu acompanhamento de doença e carência) nunca se tornará mais do que a nulidade que ele agora é, nunca se tornará menos que a contradição, a não-entidade, que ele agora é.
A Sr.a Eddy, ao expor a permanente imaturidade e carência de poder da crença da matéria, escreve em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Quanto mais destruidora se tornar a matéria, tanto mais evidente se tornará a sua nulidade, até que a matéria atinja seu zênite mortal na ilusão, e desapareça para sempre.” Ciência e Saúde, p. 97 ;
Se olharmos para o homem somente segundo o sentido mortal, o bem terá sempre de parecer coberto, pelo menos em parte, pelas sombras daquilo que não é o bem. Mas exercitando o sentido espiritual podemos ver por trás da máscara da personalidade mortal que vai passando pelos estágios de nascimento-crescimento-decadência. Podemos manter nossa visão do verdadeiro homem, em quem o bem está eternamente desenvolvido, pois esse bem nunca foi menos que desenvolvido.
No Gênesis, a narrativa da criação faz a seguinte afirmação: que Deus fez “toda planta do campo antes que estivesse na terra, e toda erva do campo antes que brotasse” Gênesis 2:5 (Conforme a Bíblia inglesa);. E Ciência e Saúde dá-nos a seguinte base prática para comprovar na vida diária a eterna perfeição e maturidade da auto-expressão de Deus: “Se a Vida tem algum ponto de partida, seja ele qual for, então o grande Eu Sou não passa de um mito. Se a Vida é Deus, como o dão a entender as Escrituras, então a Vida não é embrionária, ela é infinita.” Ciência e Saúde, p. 550.