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CONSOLAÇÃO

Da edição de agosto de 1977 dO Arauto da Ciência Cristã


Não é preciso desespero ou tristeza
Se um ente querido de nossa vista se foi.
Não há cadeira vazia junto à mesa,
Nem trevas na luz do universo de Deus.

Não precisamos ficar parados na praia,
Chorando as alegrias que nunca podem voltar.
Nosso Pai-Mãe tem reservas infindáveis
De bênçãos — que a angústia cega não pode enxergar.

O verdadeiro amor, extravasando, não falece,
Mas cresce, se desenvolve, e permanece a abençoar
A nós e a outros, quando em cada dia aprendemos
A repartir aquele amor que a todo infortúnio veio suavizar.

De fato só somos verdadeiros para aqueles que amamos
(E pensávamos haver perdido) quando nossa afeição
Cresce longe do pesar egoísta, e paira no alto,
Abrangendo o mundo e todas as suas dores.

O amado companheiro nos será ainda mais caro
Quando o vislumbrarmos como o querido da Alma,
E os laços humanos mergulharem, sem saudade,
Naquele puro Amor divino que completos nos faz.

Não há perda se com sinceridade tivermos amado:
O Cristo está conosco, nosso amigo para sempre.
Seguimos adiante até que o erro tenha sido refutado
E a morte se dissolva na Vida que não tem fim.

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