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Não tenha medo de seu cônjuge

Da edição de agosto de 1977 dO Arauto da Ciência Cristã


O matrimônio foi considerado um tema tão vital pela Sr.a Eddy que ela lhe devotou um capítulo todo em Ciência e Saúde. Ainda que a mensagem desse capítulo tenha uma significação de alcance muito mais amplo, independente do estado conjugal de uma pessoa, nele deu ela conselhos específicos aos partícipes de um acordo matrimonial — conselho tanto sábio como prático, visando dirigir ternamente o pensamento num rumo mais espiritual e mais puro. Ela lida ponderadamente com pontos que se relacionam em particular com os interesses e as necessidades de ambos, marido e mulher. Reconhecendo a individualidade dentro da união matrimonial, escreve ela: “No cumprir os diferentes deveres de suas esferas unidas, suas simpatias deveriam fundir-se em doce confiança e alegria, um cônjuge amparando o outro — santificando assim a união de interesses e de afetos, na qual o coração acha a paz e o lar.” Ciência e Saúde, p. 59; Meta ideal por certo.

Podem surgir problemas quando nos permitimos ficar à deriva, dependendo do outro cônjuge para obter realização, segurança, receita, ou consolo em nossa vida.

Notar num marido qualidades tais como coragem, força, vitalidade, ou ver numa esposa o amor, a pureza, a beleza, é uma atividade prazerosa. Mas crer que tais qualidades inerentes ao Cristo se originem numa personalidade humana faz com que se as limite ou se as perca de vista. Procurar obter de um mortal aquilo que verdadeiramente é dado pelo Amor imortal, pelo Princípio divino, obscurece os fatos espirituais e pode induzir ao medo — ao medo de que essas qualidades tão apreciadas possam declinar ou até mesmo desaparecer. O bem que flui de Deus nunca desvanece. É para sempre contínuo, constante e abundante.

O bem realmente nunca vem de pessoas. A realização que satisfaz e a inteireza procedem sempre de Deus. Um cônjuge pode alegrar-se e dar graças porque Deus deu a cada um de Seus filhos o estarem livres de toda fase do mal. Mesmo quando tentado a ter medo, um dos partícipes de determinado matrimônio pode recusar-se a ser arrasado ou deprimido por um sentido pessoal errado a respeito do indivíduo perfeito que Deus criou. Precisamos amar sinceramente o que é verdadeiro a respeito do filho de Deus.

Mas que fazer se um relacionamento conjugal chega ao ponto de incluir elementos de medo de parte de um dos partícipes em relação ao outro? Talvez uma esposa esteja se tornando o estereótipo tradicional que devido à sua timidez esconde seus pensamentos sobre religião e sua atitude para com esse assunto, ou que se sinta inadequada para participar da tomada de decisões. Ou um marido se sinta pressionado e com medo ao tentar produzir uma receita condizente. Numa situação crítica, um dos cônjuges talvez sinta medo das conseqüências que advirão do fato de que seu companheiro é dado ao vício de beber. Abuso físico ou negligência bem pode ser o resultado para a esposa. Negligência ou abuso mental para o marido.

Há uma resposta curativa ao dispor do cônjuge que está com medo. “Alto lá!” talvez você diga. “Meu cônjuge é que precisa de cura. A culpa é dele (dela). Além do mais, é por causa de meu cônjuge que eu estou com medo.” Tratar-se-ia na verdade de uma questão de culpa? Não seria mais uma questão de quem está disposto a exercer receptividade espiritual em grau suficiente — disposto a ouvir bem de perto Deus — a discernir Sua presença e Seu poder, para que o problema ceda?

O medo na verdade não provém do que o nosso cônjuge está fazendo ou pensando. Tal medo é a mera evidência da pressuposição sutil de que o bem origina num mortal e dele depende. É a preocupação de que o bem possa se ir embora. Podemos ser profundamente gratos porque ninguém jamais está num estado desesperador quando se encontra diante do que pode ser considerado uma falha de outrem, de outrem que falhou em viver de acordo com o seu mais alto potencial. O cônjuge que tem um conhecimento claro dos fatos espirituais volta-se de todo o coração para Deus e O vê como a verdadeira fonte de toda qualidade boa, pura e justa.

A Ciência Cristã diz ao marido ou à esposa que se acha numa situação dessas: Você nunca pode ser intimidado pelas ações de seu cônjuge. Antes veja seu partícipe como um ente querido de Deus. As qualidades espirituais que anteriormente você percebia em seu cônjuge ainda estão ali para serem apreciadas. E haverá alguém numa posição melhor de reconhecer e acalentar aquelas qualidades?!

A Bíblia revela que “no amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo” 1 João 4:18;. Aqui e agora, o Amor é o único poder — a única presença. O Amor é a companhia perfeita e total. Por ceder a essa verdade, o matrimônio é abençoado e enaltecido. Isso traz harmonia, respeito e paz ao relacionamento.

É claro que o certo é não haver medo no matrimônio e que este prospere sobre uma base sólida. Até mesmo o mais obscuro elemento de medo precisa ser eliminado — e pode sê-lo. A Sr.a Eddy proporciona alguns termos bem notáveis na sua definição de “medo”. Lê-se: “Calor; inflamação; ansiedade; ignorância; erro; desejo; cautela.” Ciência e Saúde, p. 586. À luz de tal definição, quantos de nós podemos dizer que estamos totalmente livres do medo? Será que nunca nos empenhamos numa acalorada discussão ou numa que inflame as emoções humanas? A compaixão e a compreensão aliviam tal medo. Será que nunca abrigamos forte desejo de que nosso marido ou nossa esposa se submeta à nossa vontade pessoal? O reconhecimento de que a vontade de Deus tem de ser inevitavelmente feita, lança fora tal desejo, com seus tons de dúvida e incerteza. Pois qualquer um dos esposos pode falar e agir com equilíbrio espiritualmente baseado e com a certeza que traz uma receptividade bem mais positiva do que a de uma atitude cautelosa e precavida.

É supremamente natural amar aquilo que Deus revela a Seu próprio respeito. Ser grato porque Ele Se revela permanentemente, em vez de temporariamente. Ternamente, em vez de asperamente. Puramente, em vez de toscamente. Mediante as qualidades espirituais individuais, em vez de através da personalidade humana. A revelação que Deus faz de Si espiritualmente prospera os integrantes do pacto matrimonial que amam o que estão começando a aprender não só a respeito de sua própria natureza verdadeira como sobre a do outro cônjuge.

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